domingo, dezembro 7, 2025

Geração Z: Como o Desemprego e a Vida com os Pais Criam um Buraco de US$ 12 Bi no Consumo!


A Geração Z enfrenta desafios significativos, e uma análise da Oxford Economics destaca as dificuldades que este grupo enfrenta no cenário econômico atual. O mercado de trabalho estagnado, caracterizado pela falta de novas contratações e demissões, aliado ao alto custo de moradia e ao crescimento salarial abaixo do ideal, sugere que os jovens trabalhadores podem enfrentar “cicatrizes econômicas” que perdurarão por anos.

Esses desafios não afetam apenas os jovens diretamente, mas têm um impacto mais amplo na economia. Um relatório recente da Oxford Economics traça um panorama preocupante: a dificuldade da Geração Z em entrar no mercado de trabalho resulta em uma perda significativa de atividade econômica, além de reduzir o consumo devido ao fato de muitos deles ainda viverem com os pais.

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O Impacto Econômico da Geração Z

Intitulado “As coisas não vão bem com os jovens”, o relatório revela que a ausência da Geração Z no mercado de trabalho causa uma perda estimada de US$ 12 bilhões por ano. Esses jovens, ao continuarem vivendo em casa, acabam consumindo menos em áreas essenciais como moradia, transporte e alimentação.

Um dos fatores-chave que moldam o futuro da Geração Z é o estado do mercado de trabalho. Desde 2022, a taxa de contratação caiu para 3,2%, um número alarmantemente baixo se comparado aos padrões históricos, e semelhante aos níveis observados durante a pandemia de COVID-19. A economista associada Grace Zwemmer observa que “o estado do mercado de trabalho é essencial para entender a saúde econômica dos jovens, que ainda não tiveram a chance de acumular riquezas.”

Essa vulnerabilidade aumenta em tempos de recessão, pois um mercado de trabalho desfavorável pode ter efeitos duradouros no crescimento salarial e nas perspectivas de ganhos futuros.

Desemprego entre os Jovens: Uma Realidade Alarmante

Os candidatos da Geração Z, atualmente entre 13 e 28 anos, enfrentam inúmeros obstáculos ao buscarem emprego. Com uma desaceleração nas contratações, o desemprego tem crescido rapidamente entre os menos experientes. Atualmente, enquanto a taxa de desemprego geral nos EUA gira em torno de 4%, os jovens de 16 a 19 anos enfrentam índices alarmantes de 14%, e aqueles entre 19 e 24 anos ficam em torno de 9%, segundo dados da Oxford.

  • A Geração Z enfrenta três principais categorias de desemprego:
    • Recém-formados tentando acessar o mercado de trabalho.
    • Jovens que perderam empregos temporários.
    • Aqueles que foram demitidos.

“Quando o mercado de trabalho piora, os jovens são geralmente os primeiros a serem dispensados”, acrescenta Zwemmer. Além disso, em um ambiente de trabalho saturado, mesmo os que conseguem emprego têm dificuldades para mudar de empresa, o que limita o aumento de renda e a aquisição de experiência.

Normalmente, no início da carreira, jovens trabalhadores poderiam se beneficiar de salários crescentes à medida que desenvolvem novas habilidades e trocam de emprego para obter aumentos significativos. No entanto, “isso não está acontecendo neste ciclo. Ao contrário, a mobilidade profissional estagnou e o crescimento salarial caiu ainda mais para aqueles que têm entre 16 e 24 anos”, observa a economista.

Desafios para a Autonomia Financeira

A dificuldade em entrar ou avançar no mercado de trabalho faz com que a Geração Z se comporte de maneira diferente de gerações anteriores. Sem a estabilidade de um emprego, muitos jovens não conseguem se manter financeiramente, o que os leva a adiar a saída da casa dos pais e a independência financeira.

“Estimamos que atualmente há 1 milhão a mais de jovens adultos entre 22 e 28 anos morando com os pais em comparação com antes da pandemia”, afirma Zwemmer. Dados do Federal Reserve de Nova York indicam que essa situação representa uma redução significativa nos índices de consumo, equivalendo a uma perda de US$ 12 bilhões.

A Esperança em Meio à Tempestade

Embora a situação pareça sombria, há um ponto de esperança: as comparações com a geração anterior, os millennials, mostram que esses também enfrentaram um cenário semelhante. Durante a Grande Recessão, a taxa de jovens de 22 a 28 anos que viviam com os pais subiu de 27% para 32%. Essa situação permaneceu por anos, refletindo os efeitos duradouros de salários baixos nas primeiras etapas da carreira e dificuldades de crédito.

Entretanto, à medida que o tempo passou, em 2025, 55% dos millennials já possuíam casa própria, mesmo sob altos preços e taxas de juros elevadas. Isso mostra que, mesmo diante de dificuldades, é possível alcançar a independência financeira.

A Perspectiva do Futuro

Contudo, até que solução para as condições do mercado de trabalho se torne uma realidade, a preocupação da Geração Z é compreensível. “Uma percepção negativa das condições de trabalho, que é o principal factor que influencia o bem-estar financeiro dos jovens adultos, torna esta geração mais pessimista e cautelosa em relação ao consumo”, conclui Zwemmer.

Essa situação pede reflexão sobre o que está por vir. O que podemos fazer para ajudar a Geração Z a navegar por esse cenário desafiador? A inclusão de políticas que estimulem contratações e o crescimento econômico é fundamental. É hora de todos nós pensarmos em maneiras de apoiar os jovens trabalhadores e ajudá-los a estabelecer a base para um futuro mais promissor.

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