sexta-feira, novembro 14, 2025

Google Investe em Reflorestamento da Amazônia: Descubra Como uma Startup Brasileira Lidera o Caminho dos Créditos de Carbono


A Revolução Verde: Google e Mombak em Prol da Floresta Amazônica

Restauração da Floresta Amazônica
Imagens Getty

Investindo na Restauração do Planeta

Recentemente, o Google anunciou um grande passo na luta contra as mudanças climáticas: um acordo histórico com a startup brasileira Mombak. Essa parceria visa financiar a restauração da Floresta Amazônica, um pulmão essencial para o nosso planeta, enquanto as gigantes da tecnologia buscam créditos de carbono de alta qualidade para mitigar suas emissões provenientes dos data centers, que consomem uma quantidade massiva de energia.

De acordo com declarações feitas à Reuters, esse acordo permitirá a compensação de impressionantes 200 mil toneladas métricas de emissões de carbono. Para se ter uma ideia da magnitude disso, esse número representa quatro vezes mais do que o volume de um acordo piloto a ser realizado em setembro de 2024 com a Mombak, que é o único fornecedor de créditos de carbono florestal ligado ao Google.

Por Que Importa?

Essa iniciativa se destaca em um cenário onde as empresas de tecnologia procuram atenuar os impactos ambientais de suas operações. O Google, por exemplo, enfrenta um crescimento constante em suas emissões, especialmente por conta do aumento dos data centers, que são custos operacionais significativos na era da inteligência artificial.

No ano passado, o Google, que faz parte da Alphabet, se comprometeu a investir mais de US$ 100 milhões em várias tecnologias de captura de carbono. Isso inclui desde métodos naturais, como a deterioração das rochas, até tecnologias mais modernas, como a captura direta do ar.

A Eficiência do Reflorestamento

Mas ao buscar ampliar seu investimento, a empresa encontrou no reflorestamento uma opção mais atraente. Como bem destacou Randy Spock, chefe de créditos e remoção de carbono do Google: “A tecnologia de menor risco que temos para reduzir o carbono na atmosfera é a fotossíntese”. Não é à toa que o reflorestamento se tornou uma parte integral da estratégia do Google.

Enquanto isso, o Brasil se prepara para sediar a cúpula climática da COP30 em Belém, conhecida como a “COP das Florestas”. Este evento reforçará as negociações em torno da conservação das florestas e a criação de um novo fundo para as florestas tropicais.

A Pressão por Compensações Eficazes

Os data centers e escritórios do Google geram uma porção significativa de emissões de gases de efeito estufa, com emissões de escopo 2 aumentando mais do que triplicaram desde 2020, alcançando 3,1 milhões de toneladas de CO2 equivalente no último ano.

Spock mencionou que a empresa tem evitado créditos do programa REDD, que proporciona incentivos para preservar florestas danificadas. O mercado de REDD, embora tenha seus benefícios, enfrentou alegações de fraudes e relações com madeireiros ilegais, o que gerou desconfiança.

“Quadruplicamos nosso investimento na Mombak porque eles têm uma abordagem muito confiável”, enfatiza Spock. A Mombak, que transforma pastagens degradadas em florestas pela recuperação ecológica, está assumindo um papel central neste processo.

A Revolução dos Créditos de Carbono

A Mombak tem se beneficiado de uma “fuga para a qualidade” no mercado de créditos de carbono. Anteriormente, muitos compradores não tinham clareza sobre os créditos que estavam adquirindo, muitas vezes se envolvendo em projetos de baixa qualidade ou até fraudulentos. Agora, com a Mombak, a transparência se tornou um diferencial.

O Google, em parceria com empresas como Meta, Salesforce, McKinsey e Microsoft, criou a Coalizão Simbiose, com o objetivo de elevar rigorosamente os padrões para projetos que buscam remover carbono da atmosfera. Recentemente, a coalizão anunciou a inclusão de Bain & Company e REI Co-op, com um compromisso de adquirir 20 milhões de toneladas de compensações de carbono baseadas na natureza até 2030.

Altos Padrões e Desafios no Setor

Para garantir a eficácia das iniciativas, a coalizão está exigindo que os projetos atendam a padrões rigidamente científicos. Isso inclui:

  • Transparência nas contabilidades de carbono
  • Preservação de longo prazo das florestas
  • Benefícios tangíveis para a biodiversidade e comunidades locais

Um dos resultados significativos é que, entre os 185 projetos analisados até agora, o da Mombak é o primeiro a atender a esses critérios rigorosos.

O Brasil, com o maior número de projetos buscando o endosse da coalizão, apresenta uma ótima perspectiva para o futuro da restauração ambiental. Contudo, a oferta de créditos de carbono que atende a altos padrões ainda é escassa, o que tem elevado os preços. Enquanto os créditos de REDD custam menos de US$ 10 por tonelada de CO2, as startups brasileiras estão na faixa de US$ 50 a US$ 100 por tonelada.

O Futuro das Iniciativas de Restauração

Na visão de Gabriel Silva, cofundador e CEO da Mombak, a eficiência na produção de créditos de carbono de qualidade será crucial para o futuro. “As empresas estão se tornando mais eficientes e buscando reduzir os custos. É um caminho que estamos trilhando”, disse ele. “Porém, a demanda ainda supera a oferta”.

Isso se traduz em uma oportunidade, mas também em um desafio. Com o crescimento do interesse em investimentos voltados para a sustentabilidade, projetos bem-sucedidos no setor de reflorestamento podem se tornar vitais para o futuro econômico e ambiental do Brasil.

Cenário Atual e Expectativas Futuras

À medida que a preocupação com as mudanças climáticas continua a crescer, é imperativo que empresas como Google e Mombak liderem o caminho para práticas mais sustentáveis. Afinal, a restauração de ecossistemas pode não apenas ajudar a mitigar os efeitos das mudanças climáticas, mas também beneficiar comunidades locais e a biodiversidade.

Diante desse panorama, é importante que o público e as empresas continuem a apoiar e participar de iniciativas que promovam a saúde do nosso planeta.

Pensamentos Finais

Com a crescente pressão para que as grandes empresas assumam um papel mais ativo na luta contra as mudanças climáticas, a parceria do Google com a Mombak simboliza um passo importante nessa direção. Foi um sinal claro de que investir na proteção do meio ambiente é não apenas uma responsabilidade, mas uma oportunidade de renovação e crescimento sustentável para o futuro.

A restauração da Amazônia e a implementação de práticas de compensações de carbono efetivas nos convidam a refletir sobre nosso papel individuais e coletivos. O que você acha dessas iniciativas? Como podemos, juntos, contribuir para um mundo mais sustentável? Compartilhe suas experiências e ideias.

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