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O Potencial da Energia Solar Flutuante no Brasil

O Brasil apresenta uma oportunidade incrível para o aproveitamento da energia solar flutuante. Um estudo recente da consultoria PSR revelou que o país tem a capacidade de instalar até 24 GW de usinas solares flutuantes em reservatórios de hidrelétricas. Essa combinação poderia não apenas aumentar a eficiência da geração de energia nacional, mas também otimizar sua infraestrutura elétrica.

Um Potencial Além do Imaginável

Embora o potencial prático de instalação de energia solar flutuante esteja estimado em 24 GW, o potencial teórico é impressionante: até 3.800 GW. Essa quantidade se deve à ampla superfície das represas, que cobrem milhares de quilômetros quadrados e são essenciais para a geração de energia no Brasil.

Contudo, vários fatores limitam esse potencial, entre eles:

• Radiação Solar: A disponibilidade da radiação solar varia ao longo do ano e do território brasileiro, afetando a eficiência das usinas.
• Infraestrutura: Subestações elétricas precisam estar preparadas para receber e distribuir essa nova forma de energia, o que pode ser um desafio em algumas regiões.

Projeções Realistas para o Futuro

Considerando as limitações e as condições econômicas, a PSR calcula que o Brasil poderia integrar entre 17 GW e 24 GW de energia solar flutuante nessa nova configuração. Atualmente, algumas empresas, como Eletrobras, Cemig, Emae e Auren, já estão investindo em projetos de menor escala nessas usinas, com capacidades de até 10 MW.

Essa tecnologia não se limita às grandes usinas. Ela também abre espaço para a geração distribuída, possibilitando que sistemas menores atendam diretamente residências e pequenos consumidores, especialmente os de baixa tensão.

Benefícios Adicionais das Usinas Flutuantes

Os empreendimentos híbridos representam uma grande oportunidade para o Brasil. Além de ampliar a capacidade de geração renovável, oferecem benefícios diretos, como:

• Conservação de Água: Usinas flutuantes podem reduzir a evaporação de água em até 50%, ajudando a preservar os recursos hídricos que são vitais para a geração elétrica.
• Impacto Ambiental: A instalação dessas usinas tem o potencial de trazer benefícios ambientais significativos, contribuindo para a redução das emissões de carbono.

O Custo da Energia e a Viabilidade Econômica

Segundo o estudo, o custo nivelado de energia (LCOE) para uma usina solar flutuante é de R$374 por megawatt-hora (MWh), um pouco superior aos R$343 por MWh das usinas solares terrestres. Essa diferença se deve principalmente ao maior custo inicial da instalação. No entanto, há fatores que podem equilibrar essa balança, principalmente em regiões com restrições de uso do solo, onde a energia solar flutuante pode ser uma alternativa viável.

Uma Decisão Estratégica para o Futuro Energético

A integração de hidrelétricas com usinas solares flutuantes representa uma estratégia não apenas viável, mas essencial para o Brasil na sua transição para um futuro energético mais sustentável e eficiente.

“Essa abordagem permite ao Brasil avançar significativamente na utilização de energias renováveis, utilizando a infraestrutura elétrica já existente de maneira otimizada,” afirmou Rafael Kelman, diretor executivo da PSR.

Conectando-se ao Futuro

O Brasil está diante de uma oportunidade singular. A energia solar flutuante não é apenas uma alternativa; é uma necessidade para garantir um futuro energético sustentável e diversificado. Com a colaboração entre o setor privado e o governo, podemos transformar essas projeções em realidade e liderar a transição energética na América Latina.

Como você vê o papel da energia solar flutuante no futuro do Brasil? Compartilhe suas opiniões e como acredita que essa estratégia pode evoluir. Vamos juntos promover a discussão em torno de um futuro mais verde e sustentável!