Braskem: Otimizando Produção de Resinas com Etano
A Braskem, uma das principais petroquímicas do Brasil, está se adaptando a um novo cenário industrial para otimizar seus custos de produção de resinas. Em vez de depender predominantemente da nafta, um derivado do petróleo, a empresa está ampliando a utilização de etano, buscando reduzir custos e aumentar a eficiência. Mas como essa mudança está se desenrolando? Vamos explorar.
A Nova Estratégia da Braskem
Recentemente, durante uma visita a Coatzacoalcos, no México, Roberto Ramos, CEO da Braskem, comentou sobre a transformação que a empresa está passando. Com uma oferta global crescente de gás, a Braskem pretende importar etano dos Estados Unidos, modelo que já está sendo utilizado em suas operações mexicanas.
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Mistura de Gás: A meta é aumentar a mistura de gás no processo produtivo, utilizando fornos na Bahia e no Rio Grande do Sul. A intenção é consumir mais gás e menos nafta, uma estratégia que vai ao encontro da necessidade de competitividade.
- Importação de Etano: O terminal portuário inaugurado em Coatzacoalcos será crucial para a importação contínua de etano do Texas, além de garantir uma operação mais eficiente, uma vez que as dificuldades com a Pemex estavam prejudicando a produção.
O Contexto do Mercado
A lacuna no fornecimento de matéria-prima tem impactado a operação da Braskem, especialmente em sua unidade mexicana, que tem trabalhado abaixo da capacidade por anos. Enquanto isso, a competição no setor tem se intensificado:
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Sobretudo: Os EUA têm inundado o mercado com polietileno, enquanto a China está fazendo o mesmo com polipropileno. Isso resultou em preços competitivos, mas também em uma batalha difícil para as empresas brasileiras.
- Proteção Comercial: Roberto Ramos destacou a importância de obter um grau de proteção comercial. As tarifas de importação recentemente estabelecidas vão ajudar a companhia a lidar com a concorrência desleal, tanto dos EUA quanto da China.
O Futuro Sustentável
Ramos acredita que a transição para o etano é não apenas necessária, mas crítica para a sobrevivência e competitividade da Braskem no longo prazo. A expectativa é que a rotina de importação proporcione melhorias significativas:
- Mistura Ideia com 30% de Gás: A Braskem busca garantir que 30% da mistura produtiva seja composta por gás, o que não só aumenta a eficiência, mas também permite uma menor dependência de insumos voláteis.
O Cenário Mexicano
A recente inauguração do Terminal Química Puerto México (TQPM) é um marco importante nessa transição. A Braskem agora pode contar com um sistema mais integrado para receber etano dos EUA, diminuindo a dependência de fornecimentos irregulares da Pemex.
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Suprimento Estável: Antes da construção do TQPM, a Braskem dependia de transporte terrestre para trazer o etano, mas agora, com a nova infraestrutura, a matéria-prima poderá ser transportada através de dutos, economizando tempo e recursos.
- Expectativas da Pemex: Embora a Pemex continue a fornecer gás, a situação precisa de melhorias na produção e maior exploração de recursos. Isso pode determinar a sustentabilidade da parceria entre as duas empresas.
Conclusão
A Braskem está em um momento de transição crucial, buscando novas formas de otimizar sua produção e se adaptar a um mercado em constante mudança. Com a implementação dessas estratégias, a empresa não só visa melhorar sua eficiência laboral, mas também se fortalecer diante das adversidades do setor. Como as empresas brasileiras podem se preparar para o futuro? Sua opinião é bem-vinda. Compartilhe suas reflexões nos comentários!