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China em Crise: Moradores Enfrentam Superlotação de Crematórios Enquanto Bairros Ficam Vazios

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Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

Recentemente, moradores de diversas localidades da China têm usado as redes sociais para compartilhar uma realidade preocupante: hospitais e crematórios estão enfrentando uma superlotação alarmante, enquanto aldeias e cidades parecem estranhamente vazias. Essa situação tem gerado um clima de preocupação generalizada, especialmente com o aumento das infecções respiratórias que ocorrem quase anualmente desde o surto inicial de COVID-19 em Wuhan.

A falta de transparência do governo chinês em relação aos dados de saúde pública, incluindo um histórico de subnotificação de casos de COVID-19, leva muitos a confiar em relatos pessoais e anedóticos para entender a verdadeira extensão da crise de saúde.

A voz de quem vive a realidade

Chen, um caminhoneiro da província de Fujian, revelou que nos últimos dois anos muitos amigos e conhecidos faleceram, o que indica que a situação não é isolada. “Nos primeiros meses da pandemia, as funerárias estavam sobrecarregadas, e a demanda por cremações era tão alta que as autoridades precisaram expandir seus serviços para dar conta dos corpos”, contou Chen.

Ele fez uma comparação impactante sobre a sombria realidade que vive: “Houve tempos em que, quando um parente precisava ser cremado, a espera durava dias ou até semanas.” A constatação de que ele conhece cada vez mais pessoas que morreram recentemente é, para ele, um sinal preocupante de que algo está muito errado.

Outro morador, Li, que reside em Zhoukou, na província de Henan, relatou que as mortes frequentemente ocorrem entre indivíduos geralmente saudáveis, na faixa dos 30 a 40 anos, o que contrasta com a expectativa de vida dessas pessoas. “Nos últimos dias, o hospital estava cheio, e muitos não chegaram a ser atendidos a tempo”, afirmou, destacando que a situação é lamentavelmente comum.

Tan, de Tonghua, na província de Jilin, também compartilhou sua experiência. Sua filha foi ao hospital com seu neto doente, mas encontrou dificuldades devido à superlotação. Além disso, Tan mencionou que muitos falecem sem que suas famílias consigam arcar com os custos do funeral, fazendo com que as mortes sejam frequentemente ignoradas, especialmente entre os mais pobres.

O impacto da pandemia na população chinesa

Observadores da situação, como o Dr. Tang Jingyuan, um médico que mora nos EUA, apontam que a população da China pode estar em um sério declínio, uma consequência dos dados manipulados pelo Partido Comunista Chinês (PCCh). O subrelato das mortes por COVID-19 e das consequências das severas medidas de bloqueio são um indicativo dessa realidade.

  • Vários vídeos nas redes sociais estão gerando questionamentos como: “Para onde foram todas as pessoas?”
  • A preocupação com a verdadeira população da China tem aumentado à medida que cidades e vilarejos aparecem desprovidos de vida.

As imagens mostram ruas desertas em locais que outrora eram repletos de vida, levando muitos a indagar sobre a realidade demográfica do país nos próximos anos. Quando o PCCh afirma que a população é de 1,4 bilhão, muitos duvidam da veracidade desses números diante das evidências visíveis.

Dados e desconfianças

Os relatos de muitos cidadãos refletem uma realidade bem diferente da que as autoridades pregam. Em diversas regiões, há indícios preocupantes sobre o aumento das mortes durante os últimos meses. As observações de Tan sobre múltiplas fatalidades na vizinhança de sua irmã, abrangendo pessoas em suas quatro, cinco e até seis décadas, reforçam a ideia de um problema muito maior do que o governo admite.

As estatísticas oficiais de COVID-19, como a cifra de 83.150 mortes registradas até fevereiro de 2023, contrastam bruscamente com estimativas internacionais que falam em milhões. O governo indiano, por exemplo, registrou números muito mais altos, levantando suspeitas sobre a veracidade das informações chinesas.

Picos de infecção e encobrimentos

O Dr. Tang destaca que, desde o início da pandemia, a China não experimentou um alívio efetivo em relação ao vírus. “O SARS-CoV-2 nunca desapareceu e continua a causar mortes substanciais”, advertiu. Durante os rígidos bloqueios estabelecidos pelo PCCh entre 2020 e 2022, um elevado número de fatalidades já era esperado.

  • Estima-se que milhões de outras pessoas tenham falecido desde a suspensão das restrições.
  • Com mais de 65 milhões de novos infectados por semana durante determinados períodos, a magnitude da crise é indiscutível.

Em contrapartida, é necessário considerar que, à medida que a economia vai mal, e as oportunidades de emprego diminuem, a quantidade de trabalhadores migrantes que costumavam preencher as cidades está diminuindo, o que torna clara a queda populacional.

As circunstâncias do censo de 2020 também levantam suspeitas. Após um atraso considerável em divulgar os dados demográficos, o governo tentou garantir que a população ainda era de 1,4 bilhão, o que muitos cidadãos questionam fortemente.

A realidade visível e as perguntas não respondidas

Em relação a observações do passado, é notável que, na década de 2010, tanto vilarejos quanto cidades chinesas estavam mais densamente povoados. O que fez com que essa mudança se tornasse tão evidente nos últimos anos? A verdadeira razão para o enxugamento populacional agora estar chamando a atenção é um fenômeno que envolve a complexidade demográfica e a detecção tardia do problema.

À medida que a realidade se torna cada vez mais visível, muitos questionam a aparência de vitalidade nas cidades, que outrora eram um centro de atração para novos trabalhadores, mas que, hoje, parecem desfeitas e vazias.

O Dr. Tang analisa que essa percepção anteriormente distorcida se deve ao fluxo constante de migrantes que preenchiam as lacunas deixadas pelas mortes. No entanto, atualmente, com as oportunidades de emprego encolhendo, essa ilusão se desfaz e revela uma verdade que havia sido ignorada por muito tempo.

O cenário atual na China levanta questões importantes sobre o que realmente está acontecendo por trás das cortinas do governo, deixando muitos cidadãos temerosos e confusos diante das oscilações na saúde pública e suas repercussões na vida cotidiana.

É momento de refletirmos sobre os dados e o que está por trás dessas narrativas. Quais serão os próximos passos e as reais dimensões desta crise? A verdade, por mais desconfortável que seja, precisa ser exposta para que a sociedade possa avançar.

Colaboradores: Luo, Fang Xiao e Xinong Bin.

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