Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
Em meio ao cenário político dos EUA, o senador Marco Rubio (R-Fla.) e o deputado Mike Waltz (R-Fla.) se destacam como peças-chave na estratégia do presidente eleito Donald Trump para lidar com a China nos próximos quatro anos. Rubio foi escolhido como Secretário de Estado, enquanto Waltz assumiu o papel de assessor de segurança nacional, ambos conhecidos por suas posturas firmes contra o Partido Comunista Chinês (PCCh).
Rubio e Waltz: Os Falcões da China
A designação de Rubio e Waltz não é surpresa, considerando suas longas trajetórias como críticos do PCCh. Ambos têm se posicionado como “falcões” em relação à política chinesa, defendendo a adoção de medidas mais rigorosas contra as ações do regime. Vamos explorar as visões deles sobre a China e o que podemos esperar de suas futuras atuações.
Uma Estrutura Sólida para uma Oposição Eficaz
Rubio e Waltz acreditam que, apesar de parecer fácil adotar uma postura dura diante da China, a abordagem de Washington carece de uma estrutura bem definida para realmente conter a agressão de Pequim. Em seu discurso de março de 2023, Rubio destacou a necessidade de uma postura mais organizada e efetiva, dizendo: “Estamos em conflito com uma nação que deseja não apenas nos superar, mas reconfigurar o mundo como o conhecemos”.
Rubio, membro sênior do Comitê de Relações Exteriores do Senado, delineou que o confronto com a China abrange questões geopolíticas, sociais, tecnológicas e comerciais, além da competição militar. Para ele, é inadmissível que os EUA estejam sob a influência de um regime que busca promover valores autoritários em oposição à liberdade e à democracia.
- Melhoria dos direitos humanos na China;
- Proteção da capacidade industrial americana;
- Combate à espionagem e influência do PCCh nos EUA.
Após a nomeação de Rubio, o senador Todd Young (R-Ind.) elogiou sua sagacidade, afirmando que ele possui o discernimento necessário para enfrentar os desafios que se avizinham. O apoio à nominação também veio de outros senadores, indicando um consenso entre colegas de que Rubio é uma escolha forte.
Direitos Humanos em Foco
Um dos pontos centrais da atuação de Rubio é a luta por direitos humanos. Ao longo de sua carreira, ele se destacou em legislações que abordam questões como a perseguição aos uigures em Xinjiang e a erosão da democracia em Hong Kong, assim como a repressão ao Falun Gong, uma prática espiritual também alvo de perseguição pelo PCCh.
Rubio foi alvo de sanções retaliatórias da China em decorrência de sua atuação legislativa, sendo potencialmente o primeiro Secretário de Estado dos EUA sancionado pelo regime chinês durante seu mandato. Segundo especialistas, isso já é uma mensagem contundente para Pequim. Victoria Coates, ex-vice-conselheira de segurança nacional, acredita que a nomeação de Rubio reflete um comprometimento sério do presidente eleito em desafiar o PCCh de forma mais agressiva do que durante seu primeiro mandato.
Em junho, ele propôs novas iniciativas para reautorizar importantes leis relacionadas às violações de direitos humanos, tornando-se defensor ativo dos uigures e dos praticantes do Falun Gong, que por décadas foram alvo da brutalidade estatal.
Fortalecimento da Cadeia de Suprimentos dos EUA
Com o objetivo de preservar a segurança econômica e industrial dos EUA, Rubio também tem se oposto ao controle da China sobre setores cruciais, como a fabricação de baterias e a produção de minerais essenciais. Ele apresentou projetos de lei que visam restringir a parceria com empresas chinesas, além de garantir que os produtos importados do país não sejam elaborados com trabalho forçado.
- Reforço da produção doméstica de minerais essenciais;
- Proibição de empresas do PCCh de minerar recursos nos EUA;
- Suspensão de acordos que possam favorecer interesses chineses com subsídios americanos.
Em um caso notório, sua intervenção levou a Ford a pausar um ambicioso projeto de bateria quando questões sobre práticas de negócios da Contemporary Amperex Technology Co. (CATL) emergiram. A pressão de Rubio e de outros legisladores forçou mudanças significativas nos planos da montadora, demonstrando seu empenho em proteger a economia americana.
Combate à Espionagem e Agressão do PCCh
Os esforços de ambos os legisladores para proteger a segurança nacional também se estendem ao combate à espionagem chinesa. Como vice-presidente do Comitê Seleto de Inteligência do Senado, Rubio tem sido um defensor da alocação de recursos para a comunidade de inteligência com foco em atividades de espionagem do PCCh.
Para evitar que a China tenha acesso a informações sensíveis, ele propôs leis que restringem o uso de tecnologias e serviços chineses em setores críticos, assim como medidas para proteger pesquisas científicas de infiltração estrangeira. Estas ações visam garantir que os Estados Unidos mantenham uma vantagem estratégica e permaneçam protegidos de futuras ameaças.
Fortalecendo laços no Indo-Pacífico
A relação dos EUA com aliados no Indo-Pacífico é crucial para conter a influência da China na região. Tanto Rubio quanto Waltz têm enfatizado a importância de um comprometimento sólido com Taiwan e outras nações que enfrentam desafios da crescente assertividade chinesa.
O compromisso de Rubio com a venda de armamentos a Taiwan e sua atuação proativa na legislação de defesa revelam seu entendimento da geopolítica na região. Ele defende que os EUA adotem uma postura mais robusta para respaldar nações democráticas que buscam proteger suas soberanias.
Waltz, por sua vez, se destacou por seu trabalho na promoção de parcerias com a Índia, buscando formar alianças estratégicas que podem ajudar a equilibrar a influência de Pequim no sul da Ásia. Sua experiência anterior como diretor de política de defesa oferece uma perspectiva valiosa em discussões cruciais para a segurança regional.
A Caminho de Novos Desafios
O ambiente internacional atual é complexo, e os desafios que Rubio e Waltz enfrentarão são muitos. Entretanto, suas posturas claras em defesa da liberdade, dos direitos humanos e da segurança nacional apontam para um futuro onde os Estados Unidos podem enfrentar o PCCh com determinação e clareza. O mundo está assistindo a cada movimento dos dois senadores, na expectativa do impacto que sua liderança trará em um momento tão crítico. Como cidadãos, devemos nos perguntar: estamos prontos para apoiar uma política internacional que assegure nossos valores e interesses diante da crescente influência autoritária?
Com essas considerações, fica claro que a próxima fase da política externa americana em relação à China será marcada por um enfoque mais agressivo, com o objetivo de reafirmar o compromisso dos Estados Unidos com a liberdade e a justiça global. Vamos acompanhar de perto as ações de Marco Rubio e Mike Waltz, que têm a tarefa de moldar o futuro das relações EUA-China enquanto navegam em águas turbulentas.
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