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Conflito à Vista: Nunes Atrai a Direita Enquanto Boulos Desafia a Liderança na Corrida pela Prefeitura de São Paulo!

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Debate Quente entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos Abre Disputa pela Prefeitura de São Paulo

Na noite desta sexta-feira (25), Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) se enfrentaram em um debate considerado “morno” por muitos, a apenas dois dias da eleição que definirá o próximo prefeito de São Paulo. O evento, promovido pela TV Globo, proporcionou uma oportunidade para os candidatos apresentarem suas visões e confrontarem suas propostas diante do público.

A Presença do Prefeito

Ricardo Nunes, atual prefeito, começou o debate exaltando sua gestão e se posicionando como um candidato liberal. Durante sua fala, ressaltou sua parceria com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e usou a ausência de Boulos em uma importante votação na Câmara dos Deputados, que discutia o aumento de pena para criminosos, para criticar seu rival.

Nunes também atacou Boulos, afirmando que o deputado é a favor da descriminalização de drogas, do aborto e da desmilitarização da Polícia Militar, sugerindo que o candidato mudou de posição por conveniência eleitoral. Em um movimento estratégico, o prefeito defendeu parcerias público-privadas e a redução de impostos sobre serviços de streaming. Ele citou ainda um acordo histórico com Bolsonaro para sanear a dívida da prefeitura com a União.

O Candidato da Mudança

Por outro lado, Guilherme Boulos se posicionou como o candidato da mudança e fez questão de salientar as falhas na gestão de Nunes. “Faltou firmeza em momentos críticos para a população, como na questão da Enel e com a privatização da Sabesp”, disse Boulos. Ele ainda mencionou o aumento dos custos para velórios e enterros, o que, segundo ele, é um reflexo das más decisões administrativas do atual prefeito.

Boulos se apresentou como um defensor da responsabilidade fiscal e esclareceu sua postura sobre a descriminalização da maconha, enfatizando que, embora defenda os usuários, os traficantes precisam ser combatidos com vigor. O candidato chegou a questionar Nunes sobre a gestão de Jair Bolsonaro durante a pandemia, provocando o prefeito a se posicionar sobre aquele período conturbado.

Nunes, em sua resposta, defendeu sua gestão e minimizou as críticas: “São Paulo se tornou a capital mundial da vacina. A vacina que você tomou foi o Bolsonaro que mandou para cá. Não sou julgador do presidente,” declarou, sugerindo que as críticas eram infundadas.

Dinâmica do Debate

O debate também teve sua dose de ironia. Nunes fez piadas sobre a presença de Boulos no estúdio, ressaltando que o deputado frequentemente invadia seu espaço. Em resposta, Boulos apontou que Nunes parecia nervoso, um elemento que trouxe um ar de leveza e descontração ao confronto.

Além disso, a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) foi citada quando Boulos questionou Nunes sobre sua opinião sobre o governo petista em São Paulo. Nunes, com sarcasmo, sugeriu que Boulos perguntasse a Suplicy sobre seu papel no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, gerando um momento de tensão e risadas entre os dois.

Polêmicas e Acusações

O clima azedou na parte final do debate, que girou em torno das questões judiciais que envolvem os candidatos. Boulos trouxe à tona o famoso escândalo da “máfia das creches”, afirmando que Nunes recebeu cheques de uma entidade envolvida no esquema de desvio de recursos públicos.

“Por que esses cheques foram depositados em sua conta pessoal e não na da empresa?”, questionou Boulos, buscando desestabilizar Nunes. O prefeito reagiu com firmeza, afirmando que seu sigilo fiscal foi quebrado e não encontrou qualquer irregularidade que pudesse comprometer sua honra ou sua administração. "Não devo nada, minha vida sempre foi limpa”, defendeu.

Nunes também aproveitou a oportunidade para fazer referência a um episódio do passado de Boulos, citando uma denúncia onde o deputado teria fugido da Justiça por seis anos. O tom acusatório continuou, com ambas as partes expostas a questionamentos sobre a integridade de suas gestões.

Convergências e Divergências

Apesar das divergências acirradas, ao final do debate, ambos os candidatos chegaram a um entendimento em algumas questões sociais, como a manutenção do subsídio do transporte público. No entanto, divergem sobre a quantidade de pessoas em situação de rua na cidade. Enquanto um estudo da UFMG aponta que existem cerca de 80 mil pessoas nessa condição, Nunes acredita que o número é menor.

Ambos concordaram que o programa “Pode Entrar”, focado na habitação, é uma boa iniciativa, mas as visões sobre muitos outros tópicos permanecem opostas.

A Reta Final da Eleição

Com a eleição se aproximando, o debate serviu como um termômetro para as propostas e estilos de ambos os candidatos. Enquanto Nunes defende a continuidade de suas políticas e práticas liberais na gestão da cidade, Boulos promete um novo caminho, mais voltado às necessidades sociais e à justiça.

A disputa entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos agora se intensificará, e os eleitores de São Paulo terão a responsabilidade de decidir qual das visões se alinha mais com suas expectativas e necessidades para o futuro da cidade. A oportunidade de manifestar sua escolha chega rapidamente, e as próximas horas serão decisivas.

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