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Conheça Ana Lucia Viana: A Trajetória Surpreendente da Chefe do Dipoa ao Coração do Poder em Washington

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De Chefe do Dipoa a Adida em Washington: A Trajetória Inspiradora de Ana Lúcia Pereira

Quem é Ana Lúcia Pereira? A médica veterinária que saiu do Dipoa para se tornar a adida agrícola do Brasil em Washington traz uma história repleta de superações e conquistas. Neste artigo, conheça os passos dessa mulher admirável que, em 2023, assumiu um dos cargos mais importantes do Ministério da Agricultura nos EUA.

Ana Lúcia Viana

Arq.Pessoal

Ana Lúcia Viana, a médica veterinária que se tornou adida em Washington

Uma Jornada de Desafios e Conquistas

A trajetória de Ana Lúcia começou de forma inusitada. Ao ser questionada por um pecuarista paranaense sobre suas habilidades em manejo animal, ela respondeu de forma sagaz: “Não preciso derrubar boi para fazer meu trabalho, mas se precisar, tem gente que derruba por mim.” Essa resposta quebra estereótipos e revela a forte presença e a determinação de Ana Lúcia, que sempre teve que lidar com um mercado predominante masculino e, muitas vezes, machista.

A experiência acumulada ao longo dos anos a transformou em uma líder respeitada. “No início, eram homens que me desconfiavam, mas logo me procuravam para liderar reuniões”, conta. E essa mudança ocorreu principalmente em um cenário onde se respirava tradição e resistência à inovação. Sua ascensão culminou na primeira adidância agrícola do Brasil nos EUA, um cargo de grande prestígio e responsabilidade.

Do Dipoa para o Mundo

Ana Lúcia não é apenas uma adida agrícola; ela foi a primeira mulher a liderar o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) em 105 anos. Durante sua gestão, foi responsável por garantir que produtos brasileiros seguissem padrões de qualidade e segurança, algo fundamental para a imagem do Brasil no exterior.

Desde sua formatura em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, em 2002, Ana Lúcia tem se dedicado a diversas áreas, incluindo defesa sanitária e controle de raiva. Seu trabalho no campo começou em uma pequena cidade do Paraná, onde lidou com as dificuldades da agricultura familiar. Essa experiência a moldou, ensinando-lhe sobre resiliência e a importância do trabalho em equipe.

A Chave para a Liderança

Para Ana Lúcia, a construção de uma liderança sólida vem de dois pilares essenciais: dedicação e a habilidade de ouvir. “É imprescindível se dedicar ao estudo e estar disposto a escutar o que as pessoas têm a dizer”, defende ela. Essa filosofia não só ajudou no seu crescimento pessoal, mas também a consolidou como uma referência em seu setor.

Desafios Durante a Pandemia

O período em que ocupou a direção do Dipoa coincidiu com a pandemia de Covid-19, um dos maiores desafios da sua carreira. “Enquanto outros países não conseguiam operar seus frigoríficos, o Brasil manteve a produção”, lembra. O trabalho árduo envolvia auditar 5 mil estabelecimentos e gerenciar uma equipe de mais de 2 mil servidores, tudo isso em um contexto de pressão extrema.

Pontes para o Futuro

A missão de Ana Lúcia em Washington é mais do que uma simples representação; trata-se de criar relações diplomáticas e comerciais que possam beneficiar o Brasil. Com uma agenda carregada, ela recebe constantemente missões diplomáticas e empresariais, sendo parte vital de um dos maiores mercados agrícolas do mundo.

Além de executar sua missão, Ana Lúcia acredita firmemente na importância de compreender e se conectar com diferentes culturas. Com fluência em inglês, espanhol e francês, ela vê na educação e na viagem uma forma poderosa de expandir horizontes. Já visitou 25 países e afirma que cada nova experiência a prepara para os desafios da diplomacia.

Sustentabilidade e Inovação

Ana Lúcia identifica, entre suas prioridades, questões como sustentabilidade, inovação e barreiras sanitárias. A sua atuação na interlocução entre setores público e privado é crucial para o fortalecimento do agronegócio brasileiro no exterior.

Uma Voz para as Futuras Gerações

Nascida de uma família que sempre valorizou a chance de quebrar barreiras, Ana Lúcia carrega com ela o objetivo de servir de exemplo para as novas gerações, especialmente para meninas e mulheres negras. “É fundamental que elas vejam que qualquer espaço é acessível”, destaca.

Ela reconhece a importância de sua representatividade em um setor que ainda conta com um número reduzido de mulheres em posições de liderança. “Nunca fui preterida por ser negra, mas sei que o racismo estrutural é uma realidade. Nos lugares onde estou, faço questão de abrir espaço para outros”, afirma, com uma determinação inspiradora.

A Caminho do Futuro

A nova adida agrícola não vê seu trabalho como um destino final, mas sim como uma etapa em uma longa jornada. O seu posto em Washington é cíclico, e ela pretende voltar ao Brasil a partir de 2027 para novos desafios. “Quero que o Brasil continue a fortalecer sua posição no mercado global. O futuro é nosso para moldar”, reflete Ana Lúcia.

Ao finalizar esta trajetória, fica um aprendizado claro: é necessário construir uma liderança baseada em respeito e competência. A história de Ana Lúcia Pereira nos lembra que, por meio do esforço e da dedicação, é possível transformar desafios em oportunidades e inspirar mudanças reais. Assim, nos convidamos a refletir sobre o impacto que todos podemos ter em nosso ambiente e como cada um de nós pode contribuir para um futuro mais igualitário e justo, independentemente do setor que atuamos.

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