Início Américas COP30: A Luta pela Terra dos Povos Indígenas do Pará e o...

COP30: A Luta pela Terra dos Povos Indígenas do Pará e o Legado que Todos Precisam Conhecer

0


A Importância da Participação Indígena na COP30 no Pará

A Assembleia dos Povos Indígenas e o Contexto da COP30

O estado do Pará, que receberá a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, a COP30, em novembro, é um lugar rico em diversidade cultural. Abriga 55 diferentes povos indígenas, cujas vozes são cruciais no debate sobre mudanças climáticas. Para assegurar que essa diversidade seja amplamente representada no evento, Puyr Tembé, atual secretária de Povos Indígenas do Pará, iniciou um ciclo de consultas e caravanas pelo estado, visitando diversas aldeias. O objetivo? Garantir uma participação genuína e significativa dos indígenas nas discussões.

Luta por Representação e Acesso a Recursos

Durante uma entrevista à ONU News no Fórum Permanente da ONU sobre Questões Indígenas, Tembé destacou o potencial da COP30 para amplificar as vozes dos povos originários. Ela enfatizou que a presença indígena em eventos como este é um legado positivo, garantindo que suas perspectivas sejam incluídas nas mesas de negociações.

Os Desafios do Financiamento

Um dos principais obstáculos mencionados por Tembé é o acesso a investimentos anunciados em eventos internacionais. “Muitos acordos e financiamentos são anunciados, mas frequentemente não conseguimos acessar esses recursos,” afirmou. Essa realidade limita a capacidade dos povos indígenas de implementar soluções que podem contribuir para a conservação ambiental e a mitigação das mudanças climáticas.

A Questão da Demarcação de Terras

A demarcação de terras é uma demanda central entre os povos indígenas, tanto no Pará quanto em todo o Brasil. Essa ação é vista como essencial para garantir direitos básicos, como saúde, educação e moradia. Além disso, as terras demarcadas têm um papel vital na preservação ambiental, já que esses povos são responsáveis pela proteção de cerca de 80% da biodiversidade global.

Atrações e Desafios Climáticos em Tempo Real

Puyr relatou a frequência crescente de desastres climáticos enfrentados no Pará, fazendo referência a anos recentes repletos de secas, queimadas e enchentes. “Costumamos ver a Amazônia como uma vasta floresta, rica em água e recursos. Mas a realidade é que estamos enfrentando uma Amazônia seca e em chamas,” destacou ela, refletindo a dualidade da beleza e da devastação.

Combate a Atividades Ilegais

Outra importante atuação de Tembé tem sido na luta contra atividades ilegais nos territórios indígenas, como mineração e desmatamento. Embora reconheça avanços na remoção de invasores, considera que a situação ainda é uma “hemorragia que não acaba”. “É necessário mais apoio financeiro e humano para estancar definitivamente essa situação,” lembrou.

O Processo de Desintrusão

Um passo significativo é o processo de desintrusão que o Governo Federal está implementando em diversas terras indígenas, como em Alto Rio Mar e Apyterewa. Essas ações são vitais para restaurar a integridade dos territórios e proporcionar um futuro mais seguro para as comunidades locais.

Iniciativas de Recuperação e Sustentabilidade

Puyr Tembé também abordou as iniciativas de recuperação de terras degradadas, esperando que a COP30 sirva para valorizar esses esforços. Vários povos indígenas já estão envolvidos em ações de reflorestamento, buscando restaurar áreas afetadas por queimadas e desmatamento.

Um Olhar para o Futuro

“Estamos desenvolvendo soluções que não apenas ajudam a proteger o nosso meio ambiente, mas que também são sustentáveis economicamente,” afirmou. Ela acredita que a COP30 é uma oportunidade de abraçar esses projetos e anseios, com um enfoque especial na demarcação das terras indígenas.

Considerações Finais

A participação dos povos indígenas no cenário climático global é mais do que uma questão de justiça social; é uma questão de sobrevivência para o planeta. Com a COP30 se aproximando, as expectativas são altas não apenas para a inclusão desses grupos nas discussões, mas para a construção de um compromisso sólido com o futuro ambiental.

Em um mundo onde a mudança climática é um dos maiores desafios enfrentados pela humanidade, as vozes indígenas têm muito a ensinar. Que a COP30 possa ser uma plataforma de respeito, aprendizado e, principalmente, de ação concreta para a proteção do meio ambiente e dos direitos das populações que o habitam.

Como você acredita que a voz indígena pode impactar o futuro do nosso planeta? Compartilhe sua opinião e ajude a disseminar essa importante mensagem!

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Sair da versão mobile