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Descubra Como a Embrapa Está Transformando as Contribuições do Brasil para a COP29

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Ag.Brasil

A COP29 teve início no dia 11 de novembro e se estende até o dia 22, em Baku, no Azerbaijão.

Inovações Agropecuárias em Foco na COP29

A 29ª Conferência das Partes (COP29) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, que acontece em Baku, no Azerbaijão, desde 11 até 22 de novembro, está se revelando uma vitrine para as práticas e inovações do setor agropecuário brasileiro, especialmente sob a liderança da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). A participação da Embrapa não apenas destaca a ciência, mas também evidencia a relevância do Brasil no movimento em direção a uma economia de baixo carbono.

Abertura dos Debates com a Embrapa

As atividades oficiais da Embrapa dentro da COP29 começaram no dia 15, com a presença da presidente Silvia Massruhá no painel “Transformando Sistemas Agroalimentares: Inovações em Ação”, realizado no Pavilhão da Agricultura Sustentável das Américas. Este evento se concentrou na importância da ciência e da inovação para criar sistemas agroalimentares resilientes e sustentáveis. Questões críticas como tecnologias de baixo carbono e práticas regenerativas foram amplamente abordadas.

Massruhá enfatizou que a busca por inovações não é apenas uma tendência, mas uma necessidade. “Essas inovações são essenciais para garantir a segurança alimentar frente às turbulências das mudanças climáticas. Estamos desenvolvendo tecnologias que não apenas reduzem emissões, mas também promovem uma produção agrícola mais eficiente e sustentável”, destacou.

Foco na Mitigação das Mudanças Climáticas

Outro destaque da agenda brasileira foi o painel “Inovação Agroalimentar: Soluções Pioneiras para Ação Climática”, que também ocorreu no dia 15. Durante o painel, Massruhá debateu o uso de inteligência artificial no monitoramento de culturas e o avanço de proteínas alternativas e alimentos à base de plantas. A discussão contou com a participação de Bruce Friedrich, presidente do Good Food Institute (GFI), e abordou temas como bioeconomia circular e reaproveitamento de resíduos.

“Nossas iniciativas estão alinhadas com a necessidade urgente de inovação no setor agropecuário para enfrentar os desafios climáticos. É pela ciência que estamos construindo um futuro mais sustentável”, afirmaram ela e os demais participantes.

Negociações para um Futuro Sustentável

A Embrapa também está representada nas negociações do governo brasileiro, com Marcelo Morandi e Gustavo Mozzer, que atuam nas discussões sobre transparência e agricultura. Entre as pautas, está a criação de um portal multilíngue na plataforma UNFCCC, que facilitará o compartilhamento de projetos e políticas de adaptação e mitigação no setor agrícola.

“É fundamental que o Brasil desempenhe um papel ativo nas discussões globais. Nossas inovações podem contribuir significativamente para o cumprimento das metas climáticas”, ressaltou Morandi.

A Agricultura Tropical em Debate

No dia 16, a presidente da Embrapa participou de um painel intitulado “Produção Agrícola Sustentável e o Mercado Global”, onde as discussões se concentraram no impacto das diferenças climáticas regionais nas regulamentações agrícolas. “A ciência é essencial para a criação de soluções customizadas em diferentes contextos. A agricultura tropical pode trazer respostas innovadoras para os desafios climáticos atuais”, disse Massruhá.

Focando na Pecuária Sustentável

Ainda no dia 16, em um painel no Pavilhão do IICA (Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura), a presidente da Embrapa discutiu a sustentabilidade na pecuária do Cone Sul. O evento contou com a participação de representantes do Ministério da Agricultura do Brasil e de organismos internacionais, como o BID, para debater práticas que promovem a sustentabilidade na produção pecuária.

“Estamos desenvolvendo métricas robustas para avaliar o impacto ambiental da produção pecuária. Isso é crucial para fornecer ferramentas que ajudem na tomada de decisões políticas e empresariais”, detalhou Massruhá.

Transparência Climática como Estratégia de Investimentos

No dia 18, a Embrapa será parte do painel “Transparência Climática como Pilar para Investimentos Sustentáveis”, que ocorrerá na Blue Zone da COP29, onde será apresentado o Primeiro Relatório Bienal de Transparência (BTR) do Brasil, programado para 2024. “A transparência em dados de emissões é fundamental para atrair investimentos e assegurar que o setor agropecuário continue sendo um motor econômico sustentável”, ressaltou Massruhá.

Inovação e Bioeconomia em Ação

Uma das iniciativas mais interessantes que será apresentada é o “Sisteminha Embrapa”, uma tecnologia social projetada para fomentar a segurança alimentar em comunidades tradicionais, como indígenas e quilombolas. O pesquisador Luiz Carlos Guilherme, da Embrapa Cocais, detalhou o impacto do projeto, afirmando que “o Sisteminha é uma ferramenta versátil que responde a diferentes necessidades locais, contribuindo para o desenvolvimento sustentável dessas comunidades”.

Milena Martins, uma residente quilombola do Piauí, compartilhou sua experiência: “O Sisteminha trouxe autonomia à nossa comunidade. Conseguimos aumentar nossa produção de alimentos e garantir nossa subsistência, tudo isso respeitando o meio ambiente.” Isso exemplifica como inovações podem transformar comunidades e promover a inclusão social.

A Bioeconomia como Futuro Sustentável

Ana Euler, diretora de Inovação da Embrapa, liderará debates sobre a bioeconomia e práticas de baixo carbono na Amazônia Legal durante a COP29. No dia 19, ela apresentará tecnologias inovadoras para medir o carbono no solo e promover uma agricultura adaptada às questões climáticas. “A bioeconomia representa uma de nossas maiores apostas para transformar a Amazônia em um exemplo de desenvolvimento sustentável”, afirmou.

O painel também contará com a participação de representantes da Bayer e do IICA, que discutirão os desafios e oportunidades para expandir práticas agrícolas regenerativas, focando na saúde do solo e na biodiversidade. “A integração entre ciência e prática no campo é essencial para atingirmos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, concluiu Ana Euler.

Um Olhar para o Futuro

À medida que a COP29 avança, fica claro que as inovações no setor agropecuário são fundamentais para garantir um futuro sustentável diante das mudanças climáticas. A participação ativa da Embrapa e a colaboração com outras entidades nacionais e internacionais mostram que o Brasil está pronto para liderar essa transformação.

O que podemos aprender com essas iniciativas? Como podemos aplicar soluções similares em nossas comunidades? Ao refletir sobre essas questões, somos convidados a considerar o papel de cada um de nós na construção de um futuro mais sustentável.

Estamos apenas começando essa conversa vital. É essencial que continuemos explorando ideias, compartilhando experiências e colaborando para que as inovações verdadeiramente promovam um desenvolvimento agrícola sustentável. Deixe suas impressões nos comentários e compartilhe suas opiniões sobre como podemos juntos tornar o mundo mais verde e responsável.

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