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Desvendando Oportunidades: Como Lucrar com a Alta de Juros e a Inflação Atual

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Inflação e taxas de juros continuam a subir no Brasil, mas existem formas de minimizar seus efeitos no seu dia a dia. O segredo está em um bom planejamento financeiro.

A Influência da Inflação e dos Juros na Vida dos Brasileiros

A Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira, serve de parâmetro para diversas outras taxas no país. Recentemente, o Banco Central elevou a Selic, um movimento que impacta diretamente a vida dos brasileiros. Segundo Jeff Patzlaff, planejador financeiro e especialista em investimentos, “um aumento na Selic encarece empréstimos, financiamentos e o uso do cartão de crédito. Isso desestimula o consumo de produtos mais caros, como imóveis e veículos”.

Esse aumento na Selic é um mecanismo utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação. Patzlaff explica: “Quando o crédito fica mais caro, o consumo tende a reduzir, o que pode ajudar a conter a alta generalizada dos preços”.

Por outro lado, a inflação reflete o aumento contínuo dos preços. “Com uma inflação alta, como a de 5,1% observada até fevereiro deste ano, o poder de compra dos brasileiros diminui. Com o mesmo salário, as pessoas conseguem adquirir menos produtos e serviços, principalmente itens essenciais como alimentos, combustíveis, educação e saúde, o que torna o custo de vida ainda mais elevado”, afirma Patzlaff.

Transformando Inflação e Juros em Oportunidades

Para compor ou revisar sua carteira de investimentos, é crucial considerar as flutuações da inflação e das taxas de juros.

“Uma maneira eficaz de se proteger contra a inflação é investir em ativos vinculados ao índice, como IPCA. Estes produtos estão disponíveis tanto na renda fixa quanto no crédito privado e no tesouro, onde o investidor recebe uma remuneração que inclui a inflação mais uma taxa fixa. Se a inflação aumentar, você se beneficia desse ajuste”, explica Vinicius Góis, planejador financeiro da Planejar.

Algumas opções recomendadas incluem o Tesouro IPCA+ e debêntures incentivadas indexadas ao IPCA. “Investir em fundos imobiliários de recebíveis, que possuem Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) atrelados ao IPCA ou CDI, também é uma boa estratégia, já que esses fundos podem repassar a inflação para os rendimentos”, acrescenta Patzlaff.

O especialista também sugere que atualmente seja um bom momento para investir em ativos dolarizados ou fundos internacionais, que podem proteger seu patrimônio. “Em cenários de alta inflação no Brasil, moedas como o dólar costumam se valorizar”, completa.

Outra dica valiosa é vincular contratos de aluguel ou outras fontes de renda à inflação. “Essa abordagem garante que o poder de compra dos seus rendimentos se mantenha ao longo do tempo, ajustando-se às variações de preços”, ressalta Patzlaff.

Ajustes Diários para Manter a Saúde Financeira

Para lidar com os efeitos da inflação e das taxas de juros, não basta focar apenas nos investimentos; mudanças na rotina também são essenciais. Aqui estão algumas dicas apresentadas por Vinicius Góis para enfrentar a inflação:

  • Quitar Dívidas Que Acompanham o IPCA: “Se você possui financiamentos atrelados à inflação, antecipar as parcelas pode cortar custos e reduzir riscos”, sugere.
  • Renegociar Contratos: Para quem paga aluguel, negociar reajustes com base na realidade do mercado pode ser uma estratégia vantajosa.
  • Revisar o Orçamento: O foco aqui é eliminar despesas desnecessárias e priorizar compras à vista para evitar juros em parcelamentos.
  • Utilizar a Tecnologia a seu Favor: “Aplicativos de cashback, comparadores de preços e promoções podem ajudar a reduzir suas despesas diárias”, observa Góis.

Para uma gestão financeira mais eficiente, a Inteligência Financeira disponibiliza uma planilha de controle financeiro gratuita. Nela, você pode registrar sua rotina financeira, incluindo receitas, investimentos e gastos fixos e variáveis.

Oportunidades na Renda Fixa em Tempos de Juros Altos

Em um cenário de Selic em alta, a renda fixa se torna uma opção atraente, visto que a maioria dos investimentos desse setor remunera com base na taxa Selic ou no CDI, que está diretamente relacionado à taxa de juros.

Portanto, pode ser interessante programar investimentos regulares. “Os títulos prefixados de prazos mais longos se mostram promissores. No futuro, é provável que as taxas de juros voltem a cair. Se você não tem pressa para acessar o seu dinheiro, pode ser um bom momento para adquirir esses títulos que garantem juros prefixados”, recomenda Bruno Mori, economista e co-fundador da consultoria Sarfin. É importante destacar que instituições como o Itaú Unibanco projetam uma redução na Selic a partir de 2026.

Construindo uma Reserva de Emergência Sólida

Manter uma reserva de emergência utilizando produtos de alta liquidez é fundamental neste contexto. Com a Selic elevada, títulos pós-fixados são indicados, pois acompanham os índices de juros.

“Investir em CDBs, LCIs e LCAs atrelados a um indexador pós-fixado é uma boa estratégia. Assim como os títulos públicos do tipo Tesouro Selic e até mesmo os RDBs”, sugere Jayme Carvalho, planejador financeiro da Planejar.

Para Jeff Patzlaff, manter uma reserva de emergência é essencial para que o investidor esteja preparado para aproveitar boas oportunidades na renda variável, especialmente em períodos de volatilidade. “Se o mercado cair, a reserva de emergência funcionará como uma ‘salvação’ para o caso de emergências financeiras”, argumenta.

Adaptações Necessárias em Tempos de Juros Elevados

Assim como é essencial ajustar a carteira de investimentos em resposta ao aumento da Selic, o cotidiano do brasileiro também necessita de atenção. Vinicius Góis sugere algumas práticas que podem ajudar a mitigar os impactos das altas taxas de juros:

  • Evitar Dívidas Caras: “Sempre que possível, antecipe o pagamento de empréstimos vinculados ao CDI ou à poupança, pois esses custos aumentam com a alta dos juros”, ensina Góis.
  • Reavaliar Financiamentos e Créditos: Contraia novas dívidas apenas se realmente necessário. Busque condições mais vantajosas sempre que possível.
  • Consórcio como Alternativa: Para quem necessita de crédito, o consórcio pode ser uma boa alternativa. “Porém, é fundamental analisar o histórico do grupo e a média de lances para garantir que essa opção seja benéfica”, conclui o planejador financeiro.

Com um planejamento financeiro adequado, é possível enfrentar a inflação e as taxas de juros elevadas com mais tranquilidade e segurança. Como você está lidando com esses desafios em sua vida financeira? Compartilhe suas experiências e estratégias!

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