Início Internacional Dólar em Queda: Como a Redução da Tensão Comercial Impacta Seu Bolso

Dólar em Queda: Como a Redução da Tensão Comercial Impacta Seu Bolso

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Dólar em Queda: O Que Está Acontecendo?

O mercado financeiro teve mais uma sexta-feira agitada com o dólar apresentando queda pela sexta vez consecutiva em relação ao real. Com isso, a moeda americana, que começou o dia com uma cotação máxima de R$ 5,7074 e mínima de R$ 5,6647, fechou o pregão a R$ 5,6878, uma leve desvalorização de 0,06%. Ao longo da semana, a moeda acumulou uma perda de 2%.

O Cenário Atual do Mercado

Durante abril, o dólar registrou uma desvalorização acumulada de 0,31%, e no cartão de pontos do ano, a moeda americana recuou 7,97%. A variação ao longo do período foi motivada por um panorama em que os investidores estão mais cautelosos, especialmente devido à falta de sinais claros nas negociações entre Estados Unidos e China para a redução das tarifas de importação.

Influência das Relações EUA-China

Nos últimos dias, a tensão entre as duas maiores economias do mundo parece ter dado uma trégua. Embora Donald Trump tenha adotado um tom mais firme em suas declarações, analistas observam um arrefecimento na guerra comercial. Esse clima de alívio é refletido em ativos de risco que apresentaram bom desempenho, como as bolsas de valores e as divisas emergentes, especialmente na América Latina, beneficiadas por anúncios de estímulos econômicos por parte do governo chinês.

O Que Dizem os Especialistas?

Gustavo Menezes, gestor da AZ Quest, comenta essa nova abordagem de Trump, mencionando que a mudança de tom do secretário do Tesouro, Scott Bessent, que qualificou as tarifas atuais como “insustentáveis”, contribuiu para um clima mais leve no mercado. Segundo Menezes:

"O mercado deu uma acalmada com essa ideia de que será preciso desescalar a guerra comercial. Antes, parecia uma briga sem fim."

Por outro lado, a incerteza ainda predomina, principalmente pela natureza errática do presidente americano. Recentemente, Trump declarou que não vai reduzir tarifas contra a China a menos que haja um retorno em forma de concessões.

O Impacto Local no Mercado Cambial

Além das influências externas, há fatores internos que também têm contribuído para a valorização do real. A perspectiva de um aperto monetário mais acentuado sempre atrai o olhar dos investidores. O economista André Galhardo, consultor da plataforma Remessa Online, declarou que declarações do Banco Central ainda indicam preocupação com a inflação e, consequentemente, podem influenciar uma possível elevação na taxa Selic:

  • Fatores que sustentam a valorização do real:
    • Expectativa de aumento da taxa de juros.
    • Dados econômicos mais positivos que indicam uma recuperação.
    • maior interesse de investidores internacionais por ativos brasileiros.

O que Esperar para os Próximos Dias

De acordo com Menezes, atualmente há uma migração de investimentos que antes estavam concentrados nos EUA para outros mercados, o que beneficia o Brasil. Esse movimento é reflexo de um enfraquecimento do "excepcionalismo americano" e tem permitido ao país atrair mais atenção.

"Estamos vendo uma diversificação de capitais que beneficiou nossos ativos. O Brasil está sendo considerado menos afetado pela guerra comercial", complementou o gestor.

O Papel da Economia Brasileira

Em meio a esse cenário, o desempenho da economia brasileira também possui um papel significativo. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) apresentou uma desaceleração de 0,64% em março para 0,43% em abril, mas acumulou uma alta de 2,43% no ano. Essa informação gera preocupação sobre como o Banco Central pode agir em resposta a esses indicadores.

Galhardo acredita que, mesmo com a desaceleração, o Banco Central não deve baixar a guarda e deve manter sua postura cautelosa:

"Essas declarações e os dados do IPCA-15 devem levar o BC a um aumento da Selic em maio, o que sustenta uma taxa de câmbio menor no Brasil."

Reflexão Final

A dinâmica entre o real e o dólar está intrinsecamente ligada a fatores tanto locais quanto internacionais. Enquanto os investidores se mostram mais otimistas frente a um possível assentamento da guerra comercial, a economia brasileira ainda possui suas peculiaridades que precisam ser observadas atentamente.

Com as futuras decisões do Banco Central e os desdobramentos das relações entre EUA e China, é essencial que todos estejam atualizados sobre essas movimentações. O que resta agora é acompanhar como esses fatores influenciarão o real e o dólar nas próximas semanas. Se você tem alguma opinião ou previsão sobre esse cenário econômico, compartilhe conosco!

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