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Etanol em Alta: Por que o Preço Disparou 24,5% e o Açúcar Perde Terreo no Centro-Sul?

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Etanol em Alta e Açúcar em Queda: Análise da Safra no Centro-Sul do Brasil

Imagens Getty
Colheita de cana-de-açúcar

O Crescimento da Produção de Etanol

A produção de etanol no centro-sul do Brasil registrou um crescimento robusto de 24,45% na primeira quinzena de novembro, alcançando 1,35 bilhão de litros. Este aumento é impulsionado pela decisão das usinas de direcionar mais cana para a produção de biocombustível, substituindo, assim, a fabricação de açúcar, que, por sua vez, ficou abaixo das previsões do mercado. De acordo com dados da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), essa mudança é reveladora das dinâmicas de mercado que afetam tanto a indústria quanto o consumidor final.

O interessante é observar como a proporção da cana direcionada para o etanol aumentou de 56,86% no ano passado para 61,39% neste período. Para o açúcar, houve uma diminuição de 7,4 pontos percentuais, resultando em 38,61% da cana sendo usada para a produção do adoçante.

Queda Contínua e Menor Atratividade do Açúcar

“Ainda estamos observando uma queda contínua nessa proporção que favorece o açúcar. Este é o sexto período consecutivo em que isso ocorre. Essa tendência se deve à menor atratividade do açúcar e à deterioração da qualidade da cana na reta final da safra”, explica Luciano Rodrigues, diretor de Inteligência Setorial da Unica.

Com a desvalorização global dos preços do açúcar, as usinas estão optando pela produção de etanol, especialmente nesta fase final da safra 2025/26.

Uma Quinzena de Surpresas na Produção de Açúcar

Na mesma quinzena, a produção de açúcar do centro-sul atingiu 983 mil toneladas, resultado abaixo das expectativas do mercado, que esperava cerca de 1,08 milhão de toneladas, conforme pesquisa da S&P Global Commodity Insights. Apesar disso, a produção apresentou um aumento de 8,7% em comparação ao mesmo período do ano passado, refletindo um avanço de 14,34% na moagem de cana, que somou 18,76 milhões de toneladas.

Entretanto, é importante destacar que, desde o início da safra até 16 de novembro, a moagem totalizou 576,25 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 1,26% em relação ao ciclo anterior.

Desafios das Usinas: Moagem em Declínio

No início de novembro, 42 unidades encerraram suas atividades de moagem. No total, 120 usinas já haviam finalizado o processamento desde o início da safra, um aumento significativo em comparação às 70 usinas que haviam finalizado no mesmo período do ano passado, segundo informações da Unica.

O Cenário do Mercado de Etanol

A fabricação de açúcar no atual ciclo agrícola variou, totalizando 39,18 milhões de toneladas, um incremento de 2,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, embora com um “mix” mais açucareiro nas primeiras fases da safra.

No que tange à produção de etanol, o total acumulado até agora soma 28,35 bilhões de litros, refletindo uma redução de 5,60% em comparação ao ano passado – uma diminuição que foi atenuada pelo aumento na produção de etanol de milho, que ganhou espaço nesse mercado.

Dados de Comércio Significativos

Até agora, as unidades do centro-sul comercializaram 22 bilhões de litros de etanol, registrando uma diminuição de quase 2%. O volume de etanol hidratado foi de 13,75 bilhões de litros, mostrando uma queda de 5,34%, enquanto o de etanol anidro subiu para 8,26 bilhões de litros, com um aumento de 4,49%. Isso demonstra uma demanda crescente pela mistura do biocombustível na gasolina consumida nos postos.

Reflexões Finais sobre o Futuro

É claro que o cenário atual do setor sucroalcooleiro no Brasil reflete a complexidade dos mercados e as tensões entre etanol e açúcar. A produção de etanol, com seu crescimento impressionante, aponta para um futuro em que o biocombustível pode ganhar cada vez mais espaço, especialmente diante da crescente demanda por energias renováveis e sustentáveis.

À medida que avançamos, é crucial que os produtores e a indústria como um todo se adaptem a essas mudanças, buscando formas de otimizar suas operações e continuar a atender às demandas do mercado. O que você pensa sobre essa transição? Como isso pode afetar o seu consumo diário, seja de energia ou de produtos alimentícios? Compartilhe suas opiniões!

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