
O divórcio se tornou uma realidade para 440.827 casais no Brasil em 2023, conforme os dados mais recentes do IBGE. Este estudo foi divulgado em 16 de maio de 2025 e mostra um aumento de 4,9% em relação a 2022. Além disso, o tempo médio entre o casamento e a separação caiu para 13,8 anos, uma redução significativa em comparação aos 16 anos registrados em 2010.

Com a alta na taxa de divórcios, a maneira como os casais dividem seus bens se tornou um aspecto de extrema importância. Infelizmente, muitos cometem erros que podem resultar em grandes prejuízos financeiros, como aponta a advogada Ana Carolina Oliveira (OAB/SP 410.123), especialista em Direito de Família.
Em 2023, o divórcio afetou 440.827 casais brasileiros, um crescimento considerável em comparação aos 420.039 do ano anterior. No que diz respeito à duração dos casamentos, a média entre casar e se separar agora é de apenas 13,8 anos, refletindo uma mudança de comportamento na sociedade.
Com essa mudança, é crucial entender como resguardar seu patrimônio e evitar prejuízos durante a partilha. A advogada alerta sobre cinco erros financeiros comuns que podem custar caro durante um divórcio.
Divórcio e finanças: Aprenda a evitar armadilhas
- Desconhecer o regime de bens: Muitas vezes, os casais não têm clareza sobre o regime de bens que escolheram. No Brasil, o regime padrão é a comunhão parcial, que engloba todos os bens adquiridos após o casamento, independentemente de quem pagou. Essa falta de conhecimento pode levar à perda de patrimônio.
- Esquecer investimentos e dívidas: Ao pensar na partilha, muitos se concentram apenas em bens visíveis, como imóveis e veículos, esquecendo-se de incluir investimentos, previdência privada e dívidas, tanto pessoais quanto familiares. É essencial fazer um levantamento completo de todos os ativos e passivos para garantir uma partilha justa.
- Abrir mão de direitos impulsivamente: O desgaste emocional pode fazer com que uma das partes ceda rapidamente em seus direitos, resultando em prejuízos significativos. Algumas pessoas desistem de bens valiosos por querer encerrar rapidamente a situação, o que pode afetar sua segurança financeira futura.
- Ignorar os custos tributários: Muitas pessoas não percebem que a transferência de bens e contas conjuntas após o divórcio pode gerar custos adicionais, como taxas cartorárias e impostos. Essas despesas podem surpresas financeiras indesejadas se não forem consideradas previamente.
- Delegar as finanças a um só cônjuge: É comum que apenas um dos parceiros acompanhe a movimentação financeira do casal, o que pode criar uma falta de equilíbrio no momento da separação. Compartilhar informação financeira é essencial para evitar desvantagens na partilha.
A advogada destaca que, em última análise, o divórcio é regido pela lei e não por emoções. “A divisão de bens é uma questão jurídica e matemática, independentemente das circunstâncias pessoais”, diz Ana Carolina. Mesmo em casamentos onde um parceiro contribuiu financeiramente, o outro pode ter feito contribuições igualmente valiosas, como cuidado e apoio. A Justiça reconhece essas nuances, tornando fundamental a proteção do patrimônio durante a separação.
Se você está passando por um divórcio ou planejando um, é vital buscar informações e orientação profissional. Cuidado, conhecimento e planejamento são seus melhores aliados nesse processo.
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