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Ibovespa em Queda: O Que Esperar do Mercado Antes do Feriado?

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Ibovespa em Baixa: O Que Está Acontecendo no Mercado?

Nesta véspera do feriado da Consciência Negra, o Ibovespa continuou sua trajetória de correção. O principal índice da B3 apresentou mais uma queda, fechando com uma desvalorização de 0,73%, marcando 155.380,66 pontos. Essa movimentação reflete uma cautela tanto no cenário nacional quanto internacional, resultando em ajustes mais acentuados em comparação aos dias anteriores.

Correções Após o Estrondoso Crescimento

Após uma sequência impressionante de recordes, onde o índice atingiu 12 máximas nominais consecutivas até o dia 11, agora se observa uma correção. Somente em seis pregões recentes, o Ibovespa teve um dia positivo, com uma leve alta de 0,37% na última sexta-feira, dia 14. Vale lembrar que este recuo ainda é considerado moderado se levarmos em conta os números históricos, como o pico de 158.467,21 pontos e o recorde de fechamento de 157.748,60 pontos.

Na contagem semanal, o índice mostra uma queda de 1,49%, mas mantém uma valorização de 3,91% no mês e impressionantes 29,18% ao longo do ano.

Setores em Alta e em Baixa

A movimentação no pregão foi marcada por uma pressão maior nas small caps, com algumas ações se destacando negativamente:

  • MBRF3: -8,62%
  • Minerva: -4,12%
  • Cemig: -3,05%

Por outro lado, algumas ações conseguiram ganhar destaque positivo:

  • Pão de Açúcar: +4,76%
  • Smart Fit: +2,51%
  • Embraer: +2,37%

No segmento das blue chips, a tendência também foi de queda. A Vale viu uma diminuição de 0,11% no valor de suas ações, enquanto a Petrobras registrou perdas, com -0,26% na ON e -0,52% na PN. O setor financeiro, que possui um papel relevante no índice, também pressionou para baixo: Banco do Brasil caiu 1,37% e Bradesco teve um recuo de 0,74% (ON) e 1% (PN).

Motivos da Queda do Ibovespa

O dia foi marcado por um sentimento de aversão ao risco, reforçado pela expressiva queda do petróleo e a apreciação global do dólar. Esse movimento ganhou ênfase localmente devido à realização de lucros, especialmente após a fortaleza histórica do real.

Segundo Bruno Shahini, especialista da Nomad, “o dólar subiu contra o real, influenciado pelo aumento do DXY, que voltou a negociar acima dos 100 pontos, em um dia onde o petróleo sofreu quedas acentuadas, diminuindo o apetite por risco e pressionando moedas de países emergentes”.

Ele também pontua que o cenário internacional contribui para a cautela do mercado. “O cenário externo apresenta um tom mais defensivo em função da expectativa em relação à ata do Fed, enquanto no Brasil, a realização de lucros após a valorização recente do real e o aumento das remessas ao exterior no final do ano são fatores que intensificam essa pressão”.

Outro ponto importante que ele destaca é a estagnação do fluxo de capital estrangeiro para a bolsa, que ocorre desde o início da semana, gerando um impacto adicional na moeda brasileira e, consequentemente, no mercado de ações.

Movimentações em Bolsas Americanas

Por sua vez, as bolsas americanas mostram um cenário misto:

  • Dow Jones: leve alta
  • S&P 500: queda moderada, influenciada pela ata do Fed
  • Nasdaq: sob pressão devido a ajustes principalmente nas empresas de tecnologia

Comportamento do Dólar Hoje

O dólar teve uma subida em relação ao real, acompanhando a tendência global da moeda americana e a redução nos preços das commodities energéticas. O fluxo de investimentos para países emergentes, por sua vez, diminuiu, intensificando a pressão ao longo do dia.

Ao final do dia, o clima de cautela continuava a dominar o mercado local, com investidores reduzindo suas posições antes do feriado. O comportamento volátil no cenário externo também ditou os ritmos do Ibovespa, refletindo uma realidade complexa e dinâmica.

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