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Inflação nos EUA Dispara: Como Aumentos de Tarifas Podem Abalar a Economia Global!

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Expectativas de Crescimento de Preços nos EUA: O Que Esperar em Junho?

Nos últimos meses, os consumidores americanos têm se beneficiado de uma inflação relativamente moderada. Porém, as notícias mais recentes indicam que a situação pode mudar. Em junho, os consumidores devem enfrentar um leve aumento nos preços, à medida que empresas começam a repassar os custos mais altos de mercadorias importadas devido às tarifas.

O Que Dizem os Números?

De acordo com uma pesquisa realizada pela Bloomberg com economistas, os preços de bens e serviços, desconsiderando os voláteis custos de alimentos e energia, cresceram 0,3% em junho. Esse aumento é significativo, sendo a maior alta registrada nos últimos cinco meses. Em comparação, em maio, o índice de preços ao consumidor “core” teve um avanço muito mais discreto, de apenas 0,1%.

Este índice é frequentemente visto como um indicador mais confiável da inflação subjacente e, para a alegria de alguns, deve apresentar um crescimento anual de 2,9% pela primeira vez desde janeiro.

Repasse de Custos e Expectativas

Embora o relatório previsto para terça-feira indique um repasse modesto das tarifas de importação, muitos economistas alertam que a inflação pode aumentar gradualmente ao longo do ano.

Por outro lado, os varejistas estão hesitantes em repassar esses aumentos de preços aos consumidores. O motivo? Os consumidores estão demonstrando uma disciplina maior em seus gastos, especialmente com o mercado de trabalho se arrefecendo. Essa dinâmica cria um cenário desafiador para as empresas que tentam equilibrar suas margens de lucro com o poder de compra dos clientes.

Ainda nesta semana, os dados de vendas no varejo, que serão divulgados, devem mostrar um aumento modesto em junho, após dois meses seguidos de queda. Esse relatório, que reflete principalmente os gastos com mercadorias, será crucial para os economistas ajustarem suas estimativas sobre o crescimento econômico do segundo trimestre.

Federal Reserve e a Decisão de Juros

Com o cenário de inflação em evolução, o Federal Reserve se encontra em uma posição delicada. Apesar da demanda do consumidor parecer estar perdendo força, a instituição evitou cortar juros, uma vez que há preocupação de que tarifas mais altas possam rapidamente impulsionar a inflação. As reuniões de política monetária estão agendadas para os dias 29 e 30 de julho.

Um grupo de economistas da Bloomberg destaca que as composições de preços provavelmente seguirão a tendência observada no relatório anterior, com um impacto limitado das tarifas em produtos, compensado por fraquezas no setor de serviços. Eles notam um cenário misto: enquanto categorias como eletrodomésticos e móveis veem altas, tarifas de passagens aéreas e carros usados apresentam quedas.

Na próxima quarta-feira, o Livro Bege do Fed será publicado, compilando relatos sobre as economias regionais. Além disso, investidores aguardam palestras de membros importantes do banco central dos EUA, como Christopher Waller e Lisa Cook.

Olhando Para a Agenda Econômica Global

Canadá: O Que Esperar

No Canadá, um dos principais focos será o segundo relatório de inflação antes da decisão de juros do Banco do Canadá, marcada para 30 de julho. Os preços seguem um fluxo, com os indicadores de núcleo apresentando um leve recuo para 3% em maio.

Adicionalmente, a reunião dos ministros de Finanças do G-20 em solo sul-africano está no radar, ao lado de dados de inflação do Japão e do Reino Unido, que também merecem atenção.

O Olhar Voltado Para a Ásia

Na Ásia, uma série de dados do Japão e da China estão prestes a ser divulgados. Os números de comércio exterior da China, a serem anunciados na segunda-feira, trarão uma noção melhor do impacto das tarifas dos EUA.

  • China: Espera-se que os dados de vendas de imóveis novos e vendas no varejo em junho ofereçam um panorama do consumidor. Além disso, a previsão é de que o PIB do segundo trimestre desacelere para 5,3%.
  • Japão: Na segunda-feira, os pedidos de máquinas e os dados finais da produção industrial de maio deverão indicar uma desaceleração na atividade econômica.

Ainda, os números da inflação do Japão na sexta-feira poderão mostrar uma queda na taxa principal para 3,3%.

Principais Temas na Europa, Oriente Médio e África

Na região, um destaque da semana será o encontro do G-20, que promete ganhar atenção pela ausência do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e pelas tensões tarifárias em pauta.

  • Reino Unido: A atenção local se volta para as finanças públicas e o fraco crescimento recente. Na terça-feira, discursos importantes devem ser realizados, seguidos pela divulgação dos dados de inflação no dia seguinte.

Ao mesmo tempo, a produção industrial na zona do euro, juntamente com o índice ZEW de confiança dos investidores na Alemanha, estará sob os holofotes. As exportações da região também serão monitoradas, considerando os possíveis impactos das tarifas.

Desafios em Outros Países

Em Israel, os dados devem indicar que a inflação se manteve em 3,1% no mês passado, ainda acima da meta do país. Já na República Democrática do Congo, há a expectativa de um corte na taxa de juros pela primeira vez desde 2022.

América Latina e seus Desafios

No Brasil, a divulgação de dados de produção de maio na segunda-feira poderá mostrar uma nova desaceleração mensal, com taxas de juros elevadas pressionando a economia. A expectativa é de uma 16ª expansão trimestral consecutiva, embora novas tarifas possam gerar incertezas.

  • Outros países da região: A Colômbia e o Peru também divulgam relatórios econômicos, com o Peru minimamente afetado pelas tarifas americanas, dada sua relevância para o mercado global de cobre.

Por fim, a Argentina pode registrar uma desaceleração de inflação anual, alcançando possivelmente menos de 40%. Após a alta de 1,5% em maio, uma nova alta para junho pode vir, conforme as projeções.

Uma Oportunidade de Reflexão

Navegar pelo cenário econômico atual é um desafio, repleto de incertezas e oportunidades. Com a inflação e o crescimento econômico em foco, tanto para os EUA quanto para outros lugares, é importante que consumidores e investidores permaneçam informados. Como você acredita que essas tendências impactarão suas escolhas financeiras? Compartilhe sua opinião e fique de olho nas mudanças que estão por vir!

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