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JBS Faz História com a Entrada na NYSE: O Que Isso Significa?

Na manhã desta sexta-feira (13), Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS, fez uma declaração que ecoou na esfera empresarial: “A entrada na NYSE é um reconhecimento da nossa trajetória empreendedora, construída com resiliência, solidez financeira e visão de futuro.” A JBS não é apenas mais uma companhia; é a primeira empresa brasileira de proteína a se listar na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). Essa conquista marca um novo capítulo na história da empresa, que visa fortalecer sua presença global e otimizar sua estratégia corporativa.

Por Que a NYSE é Tão Importante?

Ser listado na NYSE coloca a JBS no centro do mundo dos investimentos, facilitando o acesso a recursos financeiros e ampliando sua visibilidade diante de investidores globais. Com isso, a companhia está se preparando para se tornar uma “global food company”, focando na redução do custo de capital e no fortalecimento de sua estratégia de crescimento.

Outras empresas brasileiras no setor agro, como a Cosan e a Brasil Agro, já estavam presentes na NYSE, mas a JBS inaugura um novo caminho ao ser a primeira a listar suas ações como uma gigante de proteínas. Isso demonstra a confiança do mercado na sustentabilidade e no potencial de crescimento da JBS.

Detalhes da Listagem

As ações da JBS começam a ser negociadas sob o código JBS, em dupla listagem: no mercado americano e na B3, a bolsa brasileira. Recentemente, os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) da companhia foram lançados sob o código JBSS32. Essa estratégia visa não apenas diversificar a base de investidores, mas também garantir uma estrutura de capital mais adequada ao perfil global da empresa.

Guilherme Cavalcanti, CFO da JBS, complementa: “A NYSE representa um passo fundamental para otimizar nossa estrutura e ampliar a competitividade global.” Com essa nova fase, a empresa não só se posiciona de maneira mais robusta no mercado internacional, mas garante que os investidores brasileiros também possam acompanhar seu crescimento por meio dos BDRs.

• Para cada duas ações ordinárias da JBS S.A., acionistas recebem um BDR correspondente a uma ação Class A da holding JBS N.V.
• Os detentores de ADRs passam pela conversão na proporção de 1:1.

Uma Gigante Global de Alimentos

Tomazoni ressalta a força da empresa: “Somos uma plataforma global de alimentos com forte presença em proteínas e geografias.” Com um portfólio diversificado de marcas, a JBS possui produtos de alto valor agregado e uma cultura organizacional que valoriza a dedicação da equipe. Com sede no Brasil, a empresa conta com cerca de 250 unidades operacionais em 17 países, além de uma força de trabalho global de aproximadamente 280 mil colaboradores. Isso reflete a capacidade da JBS em se adaptar e prosperar em diversos mercados.

A Trajetória da JBS: De Pequeno Açougue a Gigante Global

A história da JBS é um exemplo de como uma empresa pode evoluir e superar desafios ao longo do tempo. Vamos explorar alguns marcos dessa trajetória:

1. Início Modesto: 1953-1980

• Em 1953, o fundador José Batista Sobrinho, conhecido como “Zé Mineiro”, criou o açougue Casa de Carnes Mineira em Anápolis (GO).
• O negócio começou como uma pequena operação familiar focada no abate e na venda de carne bovina local.

2. Crescimento Rápido: 1980-2005

• No final dos anos 80 e 90, a Friboi começou a adquirir frigoríficos regionais, expandindo seus negócios em Goiás, Mato Grosso e São Paulo.
• Adotou o nome Friboi e se posicionou como um importante grupo nacional no setor de processamento de carnes.
• Apoiada pelo BNDES, a JBS iniciou um intenso ciclo de aquisições e expansão internacional em 2005.

3. Internacionalização: 2007-2015

• Em 2007, a JBS fez história ao se tornar a primeira empresa de alimentos brasileira a abrir capital na B3 e adquiriu a Swift Foods por US$ 1,5 bilhão.
• Entre 2008 e 2010, a empresa continuou a comprar empresas nos EUA e na Austrália, consolidando sua presença global.
• Em 2010, ao adquirir a Bertin, a JBS se firmou como a maior processadora de carne bovina do mundo, ampliando sua atuação também em outros segmentos como carne suína e aves.

4. Diversificação e Consolidação: 2015-2020

• A JBS diversificou ainda mais seu portfólio, integrando marcas fortes como Seara, Friboi e Swift, além de expandir para mercados na Europa, América do Norte e Oceania.
• Com operações em mais de 17 países e 250 unidades, a empresa tornou-se uma força poderosa no mercado internacional.

5. Enfrentando Desafios: 2018-2024

• Após lidar com crises relacionadas a compliance e governança, a JBS investiu na profissionalização de sua gestão e forte reestruturação.
• Com foco em sustentabilidade, a empresa também se lançou no desenvolvimento de proteínas alternativas e adquiriu novas startups no setor de alimentos.
• Mesmo durante a pandemia de Covid-19, a JBS se destacou como líder em resultados globais no setor de carnes, provando sua resiliência.

6. O Futuro: 2024-2025

• Em 2024, a JBS anuncia sua reestruturação societária, criando a holding JBS N.V., com sede na Holanda e com ações na NYSE.
• Após a aprovação das regulamentações necessárias, a empresa migra para a dupla listagem, estabelecendo um novo marco em sua trajetória.

Refletindo Sobre o Futuro

A entrada da JBS na NYSE não é apenas uma conquista financeira, mas também um testemunho da evolução de uma empresa que começou como um pequeno açougue. Esta nova fase promete não apenas diversificar suas oportunidades de crescimento, mas também solidificar ainda mais sua posição como líder global no setor alimentar.

Com uma base sólida e uma visão clara, a JBS está pronta para enfrentar os desafios do futuro, promovendo inovação e sustentabilidade. Qual é a sua opinião sobre a trajetória da JBS e sua recente listagem na NYSE? Compartilhe suas impressões e reflexões nos comentários! Siga o canal da Forbes Money no WhatsApp para ficar por dentro das principais notícias de economia e mercado financeiro.