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Magalu em Alta: O Que Está por Trás da Recuperação das Ações e a Surpresa do Mundo Online?

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### Magazine Luiza: O Retorno das Marcas e a Recuperação das Operações Online no 3T24

O cenário é animador para o Magazine Luiza (MGLU3) após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2024 (3T24). Com tendências de margens positivas, o foco está voltado para uma recuperação sólida das operações digitais. Mesmo diante de um mercado cauteloso, o desempenho da empresa surpreendeu positivamente, resultando em um fechamento de suas ações com ganho de 2,35%, estabelecendo o valor de R$ 9,60.

#### Avanços nos Lucros que Impressionam

Analistas do Bradesco BBI destacam que os resultados desse trimestre evidenciam o avanço do Magazine Luiza em direção a um lucro sustentável. A empresa demonstrou uma melhora significativa em sua margem EBITDA, que mede o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações. Esse resultado se deve, em parte, à redução das despesas financeiras. Contudo, como os números estão dentro das expectativas do mercado, não se prevê grandes alterações nas previsões para a companhia.

O Bradesco BBI mantêm uma classificação neutra para as ações do Magazine Luiza, com um preço-alvo projetado de R$ 15 para o final de 2025. Segundo os analistas, essa avaliação reflete uma expectativa de crescimento sólido, embora o preço das ações ainda esteja elevado, sendo negociado a 17,5 vezes o múltiplo preço-lucro (P/E) esperado para 2025. Essa realidade justifica uma posição cautelosa por parte dos investidores.

#### Contribuições e Desafios das Vendas Digitais

Por outro lado, a XP também sinaliza que, embora o desempenho da receita seja moderado, ele segue em um caminho de recuperação. A companhia está conseguindo melhorar sua rentabilidade através de ajustes de preços e uma melhor alavancagem operacional. O volume bruto de mercadorias (GMV) cresceu 4,5% ano a ano, impulsionado por um expressivo desempenho nas lojas físicas, que teve um crescimento de 15,2% nas vendas em mesmas lojas (SSS). Já o canal online apresentou uma leve aceleração, com crescimento de 1,3%, superando os 0,9% registrados no primeiro trimestre.

A rentabilidade continua sendo um destaque, com a margem bruta aumentando 1,1 pontos percentuais (p.p.) anualmente, alcançando 31,5%, o maior nível em sete anos. Esse resultado é atribuído à capacidade da empresa de repassar o Difal (Diferença de Alíquota), contribuindo para a solidificação de suas margens. A margem EBITDA ajustada também registrou uma ascensão de 2,3 p.p. anualmente, resultado da alavancagem operacional e melhorias na LuizaCred, que apresentou um lucro líquido de R$ 66 milhões, em contrapartida a um prejuízo de R$ 15 milhões no 3T23.

#### Lucratividade Aumenta e Expectativas se Mantêm

O lucro líquido ajustado consolidado chegou a R$ 70 milhões, superando a projeção da XP, que esperava um dado positivo de apenas R$ 20 milhões. Esse desempenho foi impulsionado por impostos menos onerosos, enquanto a geração de caixa apresentou valor positivo de R$ 120 milhões, refletindo melhores resultados operacionais. Contudo, a alavancagem aumentou levemente, passando de 1,0 para 1,1 na relação entre dívida líquida e EBITDA.

### Desempenho das Vendas Online: Uma Perspectiva Modesta

O Itaú BBA observa que os resultados do 3T24 estavam alinhados com suas expectativas. O destaque, mais uma vez, foram as lojas físicas, que alcançaram um crescimento significativo nas vendas. Entretanto, o crescimento nas operações online manteve-se modesto, subindo apenas 1% ano a ano. No que diz respeito à lucratividade, a expansão consistente da margem bruta, a diluição das despesas gerais e administrativas, além dos resultados robustos da divisão LuizaCred, resultaram em uma elevação da margem EBITDA (ex-IFRS) de 230 pontos-base ano a ano, alcançando 5,6%.

O desempenho nas lojas físicas foi favorecido por uma combinação de preços mais competitivos e uma lenta recuperação do consumo. No entanto, a fraqueza nas vendas online ainda gerou preocupações entre os investidores sobre o desenvolvimento digital da empresa. Para contornar esse desafio e fortalecer sua presença no e-commerce, a Magalu intensificou investimentos em centros de distribuição, firmou parcerias com plataformas como a Aliexpress e lançou a CDC Digital. Contudo, a verdadeira conversão dessas iniciativas em vendas ainda não se concretizou, levando o BBA a recomendar cautela. Com a Magalu sendo negociada a 12 vezes o múltiplo P/L esperado para 2025, que está em linha com o setor, a recomendação é manter a distância por enquanto.

### Otimismo no Horizonte com Oportunidades no E-commerce

Por outro lado, a Genial Investimentos adota uma perspectiva mais otimista. Em seu relatório, os analistas ressaltam que as expectativas para os próximos trimestres continuam positivas, especialmente com o impulso do canal digital e a colaboração com o AliExpress, que terá um impacto significativo na lógica do marketplace. Este movimento pode ser o diferencial para a companhia.

Com os resultados apresentados, a Genial manteve a recomendação de compra para as ações do Magazine Luiza, ajustando seu preço-alvo para R$ 17. Este novo valor considera o impacto da alta nas taxas de juros e nas despesas financeiras projetadas para os próximos anos. Os analistas indicam que essa nova meta sugere um potencial de valorização de 81% em relação ao preço atual, reafirmando a posição do Magazine Luiza como uma das principais apostas do setor no Brasil.

### Reflexões sobre o Cenário Atual

Diante do exposto, fica evidente que o Magazine Luiza é um ponto focal no debate sobre a recuperação do varejo brasileiro, especialmente em um contexto onde a euforia pela digitalização ainda esbarra em desafios concretos. A combinação de esforços em canais físicos e digitais, além das estratégias de investimento, poderá ser a chave para solidificar sua liderança de mercado.

A história da Magalu serve como um lembrete de que no varejo, o caminho para o sucesso muitas vezes está repleto de obstáculos, mas com a estratégia certa e alineamento de ações, o futuro pode ser promissor.

E você, o que pensa sobre a recuperação do Magazine Luiza no cenário atual? Acredita que a empresa conseguirá plenas convicções nos seus canais digitais? Deixe suas opiniões nos comentários!

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