Caros leitores, digníssimas leitoras: apesar do automóvel ser a preferência no sonho de consumo de boa parte dos consumidores brasileiros, essa não é a realidade para grande parte dos estados do Brasil.
Quando falamos em preferência na aquisição de veículo automotor, a motocicleta aparece como veículo preferido em 21 dos 27 estados brasileiros.
Sim, caro leitor… apesar do Volkswagen Polo ser o carro mais vendido do Brasil (até novembro), a “CGzinha” da Honda está dando show!
A razão atual é de: para cada Polo vendido da VW, vendem-se 4 CG da Honda.
O mercado de motocicletas se descolou completamente do mercado de autos. Se nos últimos três anos as vendas de carros vêm andando de lado (crescimento de apenas 6% em três anos), o setor de motocicleta registará alta de quase 75% em 3 anos. E (se tudo correr bem), o setor de motocicletas irá, em 2024, dobrar de tamanho sobre o ano de 2020.
Se a gente verificar um período maior (10 anos por exemplo), para o setor de motocicletas, o pessoal acabou se recuperando de toda turbulência dos últimos anos e deverá encerrar o ano de 2023 com alta de quase 5% sobre 2013. Já o pessoal de automóveis deverá vender em 2023, 44% a menos sobre o resultado de 2013. Tombo mais que feio!
O ponto é que o mercado brasileiro está caminhando para termos um mercado onde vendemos mais motocicletas do que automóveis.
Hoje, de todo veículo automotor vendido (automóvel + motocicleta), temos uma razão de 52:100 para autos e de 48:100 para motocicletas.
Mas essa é a média Brasil! E, como toda média, ela é burra!
Quando a gente faz uma inferência neste Brasil continental, a realidade é bem diferente. Em geral, nós que vivemos em grandes centros (tipo São Paulo) não percebemos a realidade deste Brasilzão!
Se a razão de motocicleta é de 48:100; na região Norte esse percentual salta para 76:100. No estado do Pará, por exemplo, de cada 100 veículos vendidos (auto + moto), 81 é de motocicletas e 19, carros. O Pará, terra do tacacá, é o estado onde proporcionalmente mais se vende motocicletas.