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Natura em Queda Livre: O Que Levou à Maior Derrota da História?

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Natura & Co: Resultados do 4º Trimestre Desapontam e Desencadeiam Queda Aversa nas Ações

Na noite de quinta-feira, 13 de janeiro, a Natura & Co (código NTCO3) divulgou seus resultados do quarto trimestre, e as notícias não foram boas. As expectativas do mercado foram gravemente superadas, especialmente quando analisamos o desempenho operacional da empresa. As reações não tardaram a aparecer: as ações da companhia sofreram uma queda impressionante de 29,94%, fechando a R$ 9,50. Com isso, a Natura perdeu R$ 5,6 bilhões em valor de mercado em um único dia, um episódio histórico para a empresa, especialmente considerando que, no mesmo período, o Ibovespa, principal índice da B3, subiu 2,64%.

Expectativas e Realidade: O que Aconteceu?

Os números revelados trouxeram surpresas negativas em várias frentes:

  • Ebitda Abaixo do Esperado: O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado ficou até 35% aquém das previsões do mercado.
  • Aumento nas Despesas: Mesmo com promessas de uma receita líquida positiva, o aumento das despesas foi um fator crucial que prejudicou a performance da empresa, mesmo após ajustar os investimentos em tecnologia da informação que foram contabilizados anteriormente.

Além disso, a Natura apresentou um lucro por ação ajustado de R$ 0,17, que reverteu as perdas do ano passado de R$ 0,37. Contudo, isso ficou muito abaixo da expectativa de consenso de R$ 0,24, mas superou a previsão do JPMorgan, que era de R$ 0,11.

Implicações da Reincorporação da Avon

Um fator que tem gerado complexidade nos resultados da Natura é a reincorporação da Avon International. Os desafios em integrar as operações na América Latina têm limitado a capacidade da Natura de avaliar adequadamente sua geração de fluxo de caixa. O consumo de caixa da empresa no 4T24 foi de R$ 41 milhões, e a dívida líquida gira em torno de R$ 3 bilhões, com uma relação dívida líquida/Ebitda de aproximadamente 2 vezes. Essa situação sugere que há pouco espaço para dividendos adicionais, dado o objetivo de capital da empresa que é de 1,5 vezes.

O Olhar dos Analistas

Apesar do quadro desfavorável, o JPMorgan manteve uma recomendação de compra para as ações da Natura, estabelecendo um preço-alvo de R$ 21. A instituição acredita que, embora o desempenho operacional tenha sido decepcionante, a empresa ainda tem potencial de valorização.

O Bradesco BBI também fez sua análise e esperava uma reação negativa após a divulgação dos resultados. Um dos pontos altos destacados foi o bom desempenho das vendas na Natura Brasil, mas a margem bruta ficou abaixo das expectativas, junto com um aumento nas despesas gerais e administrativas que prejudicaram a performance da empresa.

Expectativas Futuras

O BBI ressaltou que será crucial observar a lucratividade em 2025, pois a persistência de margens brutas fracas e custos operacionais altos podem levar a revisões significativas nas estimativas de curto prazo. O preço-alvo mantido é de R$ 17.

O Cenário Geral

O BTG Pactual também notou que os resultados do 4T24 foram impactados pela reconsolidação da Avon International. Ao isolar a Avon, os números ficaram aquém das expectativas do banco, devido aos custos operacionais elevados. No entanto, o BTG destacou o forte desempenho da marca Natura na América Latina e a melhora na eficiência das despesas comerciais.

Resumo dos Números:

  • Queda nas Ações: 29,94% em um único dia
  • Ebitda: até 35% abaixo das previsões
  • Lucro por Ação: R$ 0,17, abaixo de R$ 0,24 esperado
  • Dívida Líquida: aproximadamente R$ 3 bilhões

Observação: Os analistas permanecem cautelosos, mas com uma visão de longo prazo, mantendo recomendações de compra ou neutra nas ações da empresa.

O Que Esperar?

À medida que a Natura luta para ajustar sua estratégia e se adaptar às novas condições do mercado, muitos investidores se perguntam sobre o futuro da empresa. A incerteza em torno da reincorporação da Avon e os desafios relacionados à integração de operações na América Latina vão, sem dúvida, influenciar as expectativas de crescimento e o preço das ações nos próximos meses.

Como será que os investidores reagirão a essa nova fase da Natura? A preocupação com a exploração sincera e a análise de pontos fracos pode abrir portas para um renascimento ou, ao contrário, para mais um período de turbulência.

Reflexões Finais

A história recente da Natura traz lições valiosas para investidores e analistas. É vital acompanhar de perto as evoluções financeiras e operacionais da empresa e entender que, mesmo os maiores players do mercado, como a Natura & Co, enfrentam desafios e oscilações em suas jornadas. Um investimento consciente envolve fluxo constante de informação e análise crítica, ingredients essenciais para navegar em quaisquer incertezas que o futuro possa trazer.

A realidade é que os detalhes financeiros tão externos nos comunicam algo profundo sobre a própria essência das empresas — e a Natura não é exceção. Estar atento às nuances do mercado pode significar a diferença entre o sucesso e o insucesso. Você está pronto para acompanhar essa jornada? Compartilhe sua opinião e fique de olho nas próximas movimentações desse gigante do setor de cosméticos!

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