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Os Bastidores da Corrida pelo Senado: Conheça os Candidatos e Seus Poderosos Aliados!

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Neste sábado, 1.º de novembro, quatro senadores vão se enfrentar na eleição para a presidência do Senado, que se estenderá até o biênio 2025-2026. Os candidatos são Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Marcos Pontes (PL-SP), Marcos do Val (Podemos-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE).

O cenário está bastante movimentado, especialmente considerando que Davi Alcolumbre já é visto como o principal candidato para suceder Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Antes mesmo da votação, ele tem se comportado como o presidente em exercício, liderando negociações essenciais relacionadas ao pacote fiscal do governo Lula. O foco de Alcolumbre está em unir forças com o governo, que busca aprovar um plano que visa cortar gastos sob a supervisão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Davi Alcolumbre: O Favorito do Senado

Com um histórico de influência, Davi Alcolumbre foi presidente do Senado entre 2019 e 2021 e deseja repetir esse feito. Ele apresenta-se como um candidato forte na disputa, especialmente devido à sua relação política com Pacheco, que é seu afilhado político. No comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), uma das mais influentes da Casa, ele garantiu suporte nas tramitações de projetos fundamentais.

Alcolumbre iniciou sua carreira política como vereador em Macapá no ano 2000 e, rapidamente, se tornaria deputado federal antes de chegar ao Senado em 2014. Apesar de não ter um diploma de ensino superior, sua trajetória é marcada por uma sólida atuação no Legislativo e pelo controle de emendas, que fortalece seu poder de influência.

Entre seus aliados, destaca-se o apoio do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de contar com o respaldo da União Brasil, PL, PP, PSB, PDT e MDB. Recentemente, Alcolumbre assumiu o compromisso de acelerar a tramitação do chamado “pacote da democracia”, que inclui propostas relevantes, como a proibição de militares assumirem o ministério da Defesa.

Eduardo Girão: O Parceiro de Bolsonaro

Eduardo Girão, que se elegeu pelo PROS—agora parte do Solidariedade—com uma expressiva votação de 1.325.786 votos em 2018, se filiou ao Novo em 2023, tornando-se o único representante do partido no Senado. Ele tentou, sem sucesso, se eleger prefeito de Fortaleza no ano passado, obtendo apenas a quinta posição com 14.878 votos.

Empresário dos setores de hotelaria e segurança privada, Girão possui um patrimônio declarado de R$ 48,1 milhões. Ao longo de seus seis anos de mandato, apresentou 81 projetos de lei, dos quais dois se transformaram em leis. Uma dessas leis celebra o Dia Nacional do Espiritismo, em 18 de abril, e a outra institui linhas de crédito para profissionais liberais impactados pela pandemia de covid-19.

Marcos do Val: Da Aventura Política à Controvérsia

Marcos do Val, que chegou ao Senado em 2018 com 863.359 votos, é um exemplo fascinante de como a política pode ser cheia de reviravoltas. Ele se filiou ao Podemos após deixar o PPS (atualmente Cidadania) e, antes de sua carreira política, prestou serviço militar e ofereceu aulas de defesa pessoal para elite das forças policiais internacionais.

Seu nome já esteve no centro de polêmicas, especialmente ao alegar ter sofrido pressão por parte do ex-presidente Bolsonaro em uma tentativa de golpe, o que rendeu desentendimentos. Recentemente, sua conta bancária e passaporte foram bloqueados em uma investigação relacionada a ataques de blogueiros bolsonaristas a agentes da Polícia Federal.

Com 112 projetos de lei em tramitação, sua candidatura à presidência do Senado ainda carece do apoio formal de seu partido, o Podemos.

Marcos Pontes: O Astronauta na Política

O astronauta Marcos Pontes, que ganhou notoriedade ao ser o primeiro brasileiro a chegar ao espaço em 2006, também está na disputa pela presidência do Senado. Após ser nomeado ministro da Ciência e Tecnologia em 2019 por Jair Bolsonaro, ele agora busca uma nova frente na política. Em sua campanha ao Senado, conquistou 10.714.913 votos, assegurando a única vaga do Estado de São Paulo.

Apesar de oficializar sua candidatura, Pontes enfrenta a desvantagem de sentir que o PL, partido ao qual pertence, se volta em grande parte para apoiar Alcolumbre. Essa dinâmica destacou a frustração até mesmo de figuras como o ex-presidente Bolsonaro, que considerou lamentável essa manobra. Pontes reconhece a dificuldade de formar alianças e se descreve como um “vencedor improvável”.

Em seu tempo no Senado, ele apresentou 41 projetos, entre os quais está a proposta de revogação dos crimes de porte e posse ilegal de arma de fogo, refletindo seu interesse por questões de segurança e defesa.

Seja qual for o desfecho dessa eleição, o que podemos observar é que o Senado se encontra em uma encruzilhada de ideias e afinidades, refletindo os interesses variados de seus representantes. É um momento de expectativa e mudanças que pode moldar o futuro político do Brasil.

Está mais do que nunca em jogo a habilidade dos senadores de navegar por um diálogo produtivo e soluções eficazes para os desafios que o país enfrenta. O resultado dessa disputa poderá definir o rumo do Senado e, consequentemente, influenciar os desdobramentos no cenário político nacional. O que você pensa sobre essa corrida pela presidência do Senado? Deixe sua opinião e compartilhe suas ideias!

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