O Futuro dos Pagamentos: A Revolução da Biometria

Transformando a Forma de Pagar

Nos últimos anos, os smartphones têm revolucionado nosso dia a dia, especialmente quando se trata de pagamentos. Imagine sair de casa apenas com seu celular e, em poucos cliques, realizar compras usando Pix, cartões de crédito ou débito. Mas e se, no futuro próximo, você nem precisasse do celular para isso? O avanço da biometria promete um cenário inovador para os pagamentos no Brasil até 2030.

De acordo com o Global Payments Report 2025, da Worldpay, o volume transacionado por meio de smartphones em lojas físicas cresceu de US$ 1,2 trilhão em 2014 para impressionantes US$ 14,2 trilhões em 2024 — um crescimento de mais de 11 vezes. E até 2030, a previsão é que esse valor salte para US$ 25 trilhões, um aumento de 76%. Os pagamentos digitais estão cada vez mais dominando o cenário financeiro, desbancando o uso tradicional de dinheiro e cartões.

A biometria surge como uma alternativa promissora para o futuro, competindo com a tecnologia dos smartphones. O objetivo das empresas de pagamento é proporcionar aos consumidores soluções que garantam mais rapidez e segurança. Tecnologias de escaneamento, como reconhecimento facial, de íris e de impressão digital, têm se mostrado eficazes nesse contexto.

A Biometria como Aliada dos Pagamentos

“A biometria é fundamental para nossa visão do futuro de pagamentos”, afirma Leonardo Linares, vice-presidente de produtos e serviços da Mastercard Brasil. Para ele, essa tecnologia não é apenas uma tendência, mas uma solução que aborda três necessidades cruciais: segurança, simplicidade e agilidade. Leonardo Chaves, general manager Latam da Okto, também reforça essa ideia, destacando a importância da biometria na próxima década.

Biometria: Realidade ao Nosso Alcance

Se você pensa que a biometria é algo distante, a C&A está aqui para provar o contrário. Em 2024, a varejista já havia emitido sete milhões de cartões digitais através do C&A Pay. Com esses cartões, os clientes conseguem pagar suas compras apenas sorrindo, por meio do reconhecimento facial. Essa funcionalidade tem sido amplamente utilizada e se alinha perfeitamente à busca por uma jornada de compra mais fluida, conforme explica Fernando Brossi, vice-presidente de operações da empresa.

Além disso, a C&A fez uma parceria com a Meta para viabilizar o pagamento de faturas via Pix no WhatsApp, um canal que teve um desempenho excelente, reduzindo a inadimplência em 0,6 ponto percentual durante o período de testes.

O Futuro Sem Senhas

A meta da Mastercard é eliminar as senhas dos pagamentos online até 2030. Essa ambição é sustentada pela biometria, que promete tornar as transações tão simples quanto um pagamento físico. Linares enfatiza o investimento em biometria comportamental, que autentica usuários baseado em características únicas, como a forma de olhar para a câmera.

Nos pontos de venda físicos, a empresa já está testando tecnologias de reconhecimento facial. Imagina não precisar mais sair de casa com cartões ou celulares! As transações seriam rápidas e tão convenientes quanto o pagamento por aproximação.

A Importância da Regulamentação e Tecnologia

Um dos aspectos que favorece o avanço da biometria é a estrutura regulatória e tecnológica do sistema financeiro brasileiro. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) oferece segurança jurídica, enquanto tecnologias como o Pix e o Open Finance estão moldando um ambiente propício para inovações.

O Pix, por exemplo, quebrou barreiras de tempo e custo, ajudando a criar uma cultura de pagamentos instantâneos. Já o Open Finance permite que os clientes compartilhem seus dados, criando soluções personalizadas e práticas, segundo João Santos, CEO da Treeal.

Reconhecimento Facial e a Sua Aceitação

Os tipos mais promissores de biometria no Brasil são o reconhecimento facial e a impressão digital, que são não apenas acessíveis, como também mais fáceis de serem integrados aos smartphones modernos. A familiaridade dos usuários com esses sistemas aumenta a probabilidade de aceitação.

Outras tecnologias, como leitura de íris ou palma da mão, ainda enfrentam obstáculos como custo e infraestrutura, embora tenham grande potencial. A recente discussão sobre segurança digital após a leitura da íris de meio milhão de brasileiros pela Tools for Humanity evidencia a importância de garantir proteção de dados ao adotar essas inovações.

Desafios e a Necessidade de Infraestrutura

Embora a segurança não seja vista como um obstáculo, o verdadeiro desafio reside em escalar a tecnologia. Fernando Brossi lembra que é crucial investir em infraestrutura para que todos os pontos de venda estejam prontos para suportar a biometria. A confiança do consumidor também é essencial.

Leonardo Linares, da Mastercard, destaca que o investimento não deve vir apenas dos usuários, mas também dos comerciantes, que precisam implantar a tecnologia e garantir um ambiente seguro para as transações.

O Caminho à Frente

A Worldpay antecipa um futuro onde os smartphones permanecem centrais, mas a biometria pode reduzir cada vez mais a necessidade de dispositivos. Linares conclui que, com a autenticação biométrica, conseguimos unir segurança e conveniência de maneira prática e eficiente.

No horizonte, o futuro dos pagamentos parece promissor, com a biometria moldando um novo panorama. À medida que essa tecnologia avança e conquista a confiança dos brasileiros, quem sabe até onde ela pode nos levar? É hora de refletir sobre como essas inovações podem transformar ainda mais nosso cotidiano. Você está pronto para essa revolução?

Essa discussão também nos leva a pensar em como o uso responsável e seguro da tecnologia é crucial para que possamos aproveitar ao máximo suas vantagens. O que você acha dessa evolução? O que espera ver na sua experiência de pagamentos nos próximos anos? Deixe suas opiniões nos comentários!