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Petz e Cobasi: A Fusão que Vai Transformar o Mercado de Pets e Aquecer a Concorrência!

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A Fusão entre Petz e Cobasi: O Que Esperar?

Na última sexta-feira, dia 17, os representantes da Petz e da Cobasi se reuniram em uma audiência pública promovida pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para discutir a proposta de fusão entre as duas varejistas. Este encontro contou com a participação de diversas ONGs e entidades, algumas apoiando a junção e outras manifestando preocupações. Vamos entender melhor os argumentos apresentados e as implicações dessa união no mercado de petshops.

O Contexto da Fusional

O Cenário Atual das Varejistas de Pet

Paulo Nassar, cofundador e CEO da Cobasi, e Sérgio Zimerman, CEO da Petz, enfatizaram a pressão crescente que suas empresas enfrentam devido ao crescimento dos marketplaces, como Amazon e Mercado Livre. Esse fenômeno tem dificultado a competitividade das lojas tradicionais, afetando suas participações de mercado.

Nassar argumentou que a fusão entre a Petz e a Cobasi representaria apenas uma modesta fatia de 10% do mercado, desmentindo as alegações de monopolização. Segundo ele, o varejo de produtos para pets é fragmentado e a combinação das duas marcas visa não apenas a redução de custos, mas também o fortalecimento da competição no setor.

O Impacto nos Consumidores

  • Redução de Custos: Ambos os líderes argumentaram que a fusão pode resultar em preços mais baixos para os consumidores, uma vez que diminuiria os custos de produção.
  • Aumento da Capilaridade: Explorar tanto canais físicos quanto digitais, com um foco em e-commerce, se mostrou essencial na estratégia de ambas as empresas.

Zimerman também levantou questões sobre a rentabilidade da Petz, que sofreu uma significativa erosão nos últimos anos, passando de R$ 12 bilhões em 2021 para R$ 1,7 bilhão atualmente. Ele mencionou que o aumento da concorrência nos marketplaces afeta todos os setores do varejo, inclusive o de pets.

Desafios e Críticas à Fusão

Riscos ao Bem-Estar Animal

Uma das preocupações levantadas foi a possibilidade do aumento no abandono de animais, se a fusão resultar em menos competição e, consequentemente, em um aumento nos preços. O economista Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo argumentou que a nova gigante operaria de uma forma integrada, o que poderia criar barreiras à entrada para novos competidores e dificultar o acesso de famílias de baixa renda a produtos e serviços para pets.

  • Barreiras de Entrada: As dificuldades para novos players se estabelecerem no mercado aumentariam, já que Petz e Cobasi teriam uma forte presença, dificultando a competição saudável.
  • Impacto Social: Vitor Morais de Andrade, do Instituto de Pesquisas e Estudos da Sociedade e Consumo, destacou o risco social caso a fusão reduza a concorrência.

O Ponto de Vista da Petlove

A Petlove, uma concorrente direta de Petz e Cobasi, entrou na discussão destacando que a fusão tornaria as duas empresas ainda mais rivais no mercado, tanto físico quanto online. Segundo seu advogado, ninguém se compara em escala ou estratégia.

Vantagens Potenciais da Fusão

Apesar das preocupações, a operação também recebeu apoio de alguns protetores de animais e ONGs, que mencionaram projetos colaborativos entre as duas empresas.

  • Parcerias Protetivas: As iniciativas das empresas com ONGs poderiam garantir benefícios para a causa animal, aumentando os recursos e projetos em prol dos pets.

O Papel do Governo

A posição do governo, representada pela diretora do Departamento de Proteção, Defesa e Direitos Animais do Ministério do Meio Ambiente, Vanessa Negrini, foi de um meio-termo. Ela sugeriu a adoção de mecanismos de monitoramento de preços e conservação da diversidade de fornecedores caso a fusão fosse aprovada.

Conclusão: Um Futuro Incerteza

A discussão sobre a fusão entre Petz e Cobasi levanta questionamentos importantes não apenas sobre a competição no mercado de pets, mas também sobre o bem-estar animal e o acesso a produtos e serviços essenciais. As vozes a favor e contra refletem as complexidades desse setor em rápida mudança. Enquanto alguns veem na fusão uma oportunidade de inovação e redução de custos, outros alerta para os riscos de concentração de mercado e impacto social.

Neste cenário, é vital que os consumidores, stakeholders e órgãos reguladores acompanhem os desenvolvimentos de perto. Uma verdadeira união entre essas empresas pode trazer benefícios significativos, mas requer uma gestão responsiva e consciente, focada tanto nos lucros quanto no bem-estar dos animais e na saúde do mercado. Como você, leitor, imagina o futuro do mercado pet caso essa fusão se concretize? Compartilhe suas opiniões e reflexões!

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