Copel: Uma Oportunidade Imperdível para Investidores Estrangeiros
Com a aproximação da divulgação dos resultados referentes ao primeiro trimestre de 2025 e a expectativa em torno da nova política de estrutura de capital da Copel, a hora é agora! O Bradesco BBI sinaliza que esse é o momento ideal para que investidores estrangeiros considerem adquirir ações da empresa, cujo código na bolsa é CPLE6.
Preço-alvo atrativo: A recomendação traz um preço-alvo de R$ 14, o que representa um potencial de valorização de cerca de 30%, considerando uma taxa de desconto real de 9,2%. No fechamento das negociações nesta terça-feira (22), a ação da Copel estava cotada a R$ 11,13, apresentando uma leve alta de 1%.
Potencial de Crescimento e Valorização
A análise do Bradesco BBI afirma que o potencial de valorização das ações da Copel é um dos mais elevados entre as empresas monitoradas pelo banco. Os papéis da empresa atualmente refletem uma taxa interna de retorno (TIR) real implícita de aproximadamente 12%, 450 pontos-base acima da NTN-B. No entanto, a expectativa é que as ações comecem a ser negociadas mais próximas das NTN-B de longo prazo, o que poderia desencadear uma reprecificação significativa.
Além disso, o BBI observa que ações que rendem altos dividendos, como CPFL, Taesa e CTEEP, costumam ser negociadas em níveis similares às NTN-B. Essa tendência sugere que, sob uma nova política voltada para o pagamento de dividendos, a ação da Copel pode ter uma valorização de até 50%.
Gatilhos que Podem Impulsionar a Copel
A nova política de dividendos da Copel será revelada em 8 de maio e promete oferecer um dividend yield superior a 10% já para o ano de 2026. Essa mudança é um sinal claro de que a empresa está se preparando para oferecer retornos atraentes aos acionistas.
Outro fator que pode aumentar a liquidez das ações será a migração para o Novo Mercado da B3, prevista para o segundo semestre de 2025. Nesse novo formato, as ações ON e PN serão unificadas em uma única classe, o que deve elevar o volume médio de negociações para aproximadamente US$ 35 milhões por dia.
O Bradesco BBI também menciona que até o final de 2025, o Brasil realizará seu segundo leilão de capacidade. A Copel possui um dos projetos hidrelétricos mais competitivos, a expansão da FDA com 860MW, o que pode trazer melhorias significativas para sua geração de receita. Além disso, a distribuidora da Copel, que representa 50% do Ebitda consolidado, passará por uma revisão tarifária periódica em junho de 2026, atualizando sua base de ativos regulatórios, o que deve resultar em retornos expressivos para a empresa.
Perspectivas de Crescimento e Saúde Financeira
O Bradesco BBI estima que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Copel crescerá 27% em 2026 e 13% em 2027. Esse crescimento deve ser impulsionado pela revisão tarifária da distribuidora e uma redução planejada nos custos operacionais de 20% em comparação aos níveis anteriores à privatização. Essa meta é considerada bastante alcançável até 2027.
Com o aumento do Ebitda projetado, o nível de alavancagem da Copel deverá melhorar significativamente. Mantendo um payout de 55%, a relação entre dívida líquida e Ebitda deve cair de 2,9 vezes em 2025 para 2,4 vezes em 2026 e 2,1 vezes em 2027. Essa redução coloca pressão sobre a estrutura de capital da empresa, o que justifica a necessidade de uma nova política focada em dividendos.
O Bradesco BBI antecipa que a nova política poderá estabelecer uma faixa-alvo de alavancagem (Dívida/Ebitda) entre 2,5 vezes e 3,0 vezes, com o ponto médio em 2,7 vezes. Esse ajuste exigirá que a Copel ajuste seu payout de dividendos para adequá-lo a esse novo horizonte a partir de 2026.
Expectativas de Distribuição de Dividendos
Caso as projeções do BBI se concretizem, a Copel precisará distribuir aproximadamente 180% do lucro líquido em 2026 para atingir a meta de alavancagem. Essa estratégia resultaria em um dividend yield de 13%. Já em 2027, o payout deveria ser de 155%, com um yield de 14%, tornando-se um dos mais altos entre as empresas cobertas pelo banco.
Uma questão importante que a administração da Copel terá que esclarecer durante a chamada de resultados do 1T25, marcada para 9 de maio, é se a empresa poderá alocar parte dos R$ 9,0 bilhões em lucros acumulados para complementar os dividendos. Essa possibilidade tornaria viável um payout superior a 100% do lucro líquido, algo permitido pela legislação brasileira. O Bradesco BBI acredita que a resposta deverá ser afirmativa, já que limitar a distribuição de dividendos a 100% contraria a essência da nova política de capital.
O banco acredita que a Copel buscará um modelo híbrido, priorizando dividendos elevados, ao mesmo tempo em que explorará oportunidades de fusões e aquisições que sejam claramente benéficas em termos de geração de valor. Em consequência, o payout mínimo pode aumentar de 55% para algo entre 65% e 75%.
Movimentos Positivos e Expectativas Futuras
A gestão da Copel já demonstrou competência na condução de aquisições e vendas pós-privatização, com dois movimentos claramente positivos: a venda da participação cruzada com a Eletrobras, que teve uma TIR real de 16%, e o desinvestimento de 30% na usina Baixo Iguaçu para a Energo-Pro, com uma TIR real de 6%. Esses exemplos evidenciam a capacidade da administração de realizar transações vantajosas, que podem contribuir para a saúde financeira da companhia e a valorização de suas ações no mercado.
Com tantas mudanças e perspectivas empolgantes à vista, é um ótimo momento para se atentar aos passos da Copel no cenário financeiro. Não apenas para os investidores estrangeiros, mas para qualquer pessoa interessada em acompanhar uma das empresas que podem se destacar no mercado nos próximos anos.
Agora, resta saber como a estratégia da empresa se desdobrará. Você está preparado para aproveitar essa oportunidade?