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Por Que a China Comunista Poderia Colocar Suas Tropas em Risco pela Conquista de Taiwan?

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A Tática Naval da China: Uma Nova Era de Desafios no Pacífico

Introdução

Entre os dias 7 e 10 de junho, o cenário marítimo no Pacífico tomou um novo rumo com a presença simultânea dos grupos de porta-aviões da China, o Liaoning e o Shandong, ultrapassando não apenas a Primeira Cadeia de Ilhas, mas também alcançando a Segunda. Essa manobra, longe de ser apenas uma demonstração de força, revela a nascente estratégia naval da China, que pode mudar o equilíbrio de poder na região.

A Emergência de uma Nova Estratégia Naval

A recente operação dos porta-aviões chineses indica não apenas uma ameaça para o Japão, mas também revela um plano deliberado de Pequim. A ideia é usar seus porta-aviões menos avançados como iscas, direcionando a atenção e a força dos EUA para longe de suas reais intenções. Ao considerar um possível conflito no Estreito de Taiwan, a China parece disposta a sacrificar esses ativos para atrasar e confundir a resposta americana e de seus aliados.

Oportunidade ou Sacrifício?

  • Em um cenário de conflito, os porta-aviões Liaoning e Shandong poderiam ser utilizados para desviar a atenção dos EUA, proporcionando tempo essencial para que o regime chinês realizasse um ataque anfíbio a Taiwan.
  • Essa abordagem não é apenas uma especulação; exercícios recentes da marinha chinesa indicam que essa tática já está sendo testada.

Essa estratégia tem seus paralelos em eventos históricos, especialmente durante a Segunda Guerra Mundial. Em outubro de 1944, quando os EUA lançaram sua campanha para retomar as Filipinas, o Japão utilizou suas embarcações restantes como iscas, o que embora tenha atraído a frota americana, resultou em uma derrota devastadora para o Império Japonês.

Porta-aviões em Foco: Liaoning e Shandong

Desafios de Capacidade

Com a introdução do terceiro porta-aviões da China, o Fujian, que se aproxima dos padrões e doutrinas operacionais dos EUA, os porta-aviões Liaoning e Shandong se tornaram, em grande parte, obsoletos. Embora ainda operacionais, eles não são mais considerados recursos indispensáveis. A China poderia usá-los como iscas.

Pontos-Chave:

  • Sacrifício Positivo: A utilização dos porta-aviões como isca permitiria que o regime ganhasse tempo e ainda desviasse a atenção dos EUA, indispensável para um ataque a Taiwan.
  • Risco Controlado: Pequim parece estar ciente dos riscos envolvidos, semelhante às hesitações de anta na era da Segunda Guerra Mundial, ao considerar um ataque a Taiwan e a intervenção americana.

Analisando os Movimentos

O Ministério da Defesa do Japão informou que, em maio, o Liaoning navegou pelo Estreito de Miyako, avançando para o Pacífico e, posteriormente, em direção às águas perto de Luzon, nas Filipinas. Com isso, buscava simular uma disputa com a Marinha dos EUA em áreas críticas. Em 7 de junho, o Shandong apareceu a aproximadamente 550 km ao sudeste de Okinawa, indicando uma estratégia coordenada para dividir as forças navais americanas e exigir uma resposta mais complexa.

Por que isso é Importante?

  • Dividir e Conquistar: As manobras coordenadas entre Shandong e Liaoning podem ser um pré-ensaio para um cenário real, onde as forças chinesas tentam confundir os porta-aviões dos EUA, forçando-os a se retratar em múltiplas direções na defesa.
  • Controvérsia Estratégica: A presença desses porta-aviões em áreas estratégicamente relevantes perturba as operações navais e aéreas dos EUA, mesmo sem uma enfrentamento direto.

O Foco na Defesa

A China declarou oficialmente que os exercícios feitos com os porta-aviões testaram “a defesa em alto mar e operações de combate conjunto”. Contudo, operar além da Primeira Cadeia de Ilhas não oferece verdadeira segurança para a Marinha do Exército Popular de Libertação (PLA). Em condições de guerra, a probabilidade de seus navios de combate retornarem ao porto é mínima, o que levanta a questão: seriam esses exercícios realmente defensivos ou uma preparação para um ataque sacrificial?

Mistério dos Caças J-15:

Os caças J-15 a bordo têm um desempenho limitado e não representam uma ameaça significativa. Porém, sua simples presença pode desorganizar as operações destinadas a apoiar Taiwan, criando um efeito mais interessante, mas duvidoso, sobre a capacidade de resposta dos EUA.

Um Olhar no Futuro

Com os desafios crescentes e a natureza complexa das relações de poder no Pacífico, a China pode estar reconhecendo a necessidade de uma postura mais agressiva. Esse é um momento decisivo, sem dúvida, e a história recente pode ser um guia de precauções.

Reflexões Finais

A situação atual envolvendo os porta-aviões da China e suas manobras estratégicas abriu um debate sobre o futuro das operações navais no Pacífico. A possibilidade de um confronto em torno de Taiwan é mais real do que nunca, e isso exige uma reflexão sobre as capacidades e limitações das forças envolvidas.

E você, o que pensa sobre a crescente presença militar da China no Pacífico? Você acredita que sua estratégia de utilizar porta-aviões como iscas pode ser eficaz? Compartilhe suas impressões e vamos explorar esse tema juntos!

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