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Por que os Mercados Estão em Queda Mesmo com Lucros Estrondosos em 2024?

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A Queda das Ações da Marcopolo e as Perspectivas Futuras

Em uma terça-feira que começou promissora, as ações da Marcopolo (POMO4) enfrentaram um revés significativo, apresentando uma queda de 4,85%, cotadas a R$ 7,65 às 13h08. Este movimento ocorre mesmo após a empresa reportar resultados históricos em 2024, o que levanta algumas questões sobre o desempenho e as expectativas futuras.

O Que Está Influenciando essa Queda?

De acordo com uma análise do Bradesco BBI, essa desvalorização das ações está diretamente relacionada à queda de 0,4 ponto percentual na margem EBITDA ajustada da empresa em comparação ao trimestre anterior. A Margem EBITDA é um parâmetro crucial que indica a eficiência operacional e a rentabilidade da empresa. Mesmo com uma mudança significativa no mix de receitas, onde as operações no mercado externo passaram a representar 31% do total — um aumento de 5 pontos percentuais em relação ao terceiro trimestre de 2024 — a margem sofreu impacto negativo.

O Impacto do Mix de Receitas

O Bradesco BBI observa que as margens das operações externas da Marcopolo estão atualmente nas piores condições entre os três segmentos que a empresa atua: o mercado interno, as exportações e as operações externas. Essa alteração no mix de receitas é um dos principais fatores que explicam a redução da margem.

Perspectivas para o Futuro: Poder de Recuperação da Marcopolo

Por outro lado, há motivos para otimismo. O Bradesco BBI identifica várias alavancas que podem melhorar as margens da Marcopolo em todos os segmentos:

  1. Aumento da Produtividade: Incrementar a eficiência da força de trabalho nas fábricas localizadas no Brasil.
  2. Expansão das Exportações: O cenário atual com um real mais depreciado favorece as exportações.
  3. Recuperação dos Volumes do Mercado Externo: Uma possibilidade de aumentar as margens com a recuperação das vendas no exterior.

Outras Análises de Mercado

Na mesma linha, o Itaú BBA também aponta para a retração da margem e um lucro líquido que ficou abaixo das expectativas do mercado como fatores de pressão sobre as cotações das ações da Marcopolo. O banco explica que a lucratividade da companhia foi impactada por um aumento nas despesas financeiras relacionadas à sua política de hedge cambial.

Mesmo diante desse cenário desafiador, o Itaú BBA manteve sua recomendação de compra com um preço-alvo de R$ 10,50, reafirmando a visão positiva sobre a ação.

A Teleconferência e os Destaques de 2024

Hoje, a Marcopolo realizou uma teleconferência onde destacou seu desempenho excepcional em 2024. Durante essa apresentação, a empresa revelou que, embora o volume de vendas de ônibus deva continuar crescendo, o ritmo será mais lento em comparação ao ano anterior.

Entretanto, há a expectativa de que a Marcopolo se beneficie de uma melhora na eficiência operacional e na alavancagem de suas operações.

O Que Esperar do Setor Rodoviário?

O JPMorgan também emitiu suas considerações, destacando que a Marcopolo mantém uma carteira de pedidos robusta no setor rodoviário. As expectativas para o segmento urbano são positivas, especialmente com o aumento das oportunidades em ônibus elétricos e veículos pesados. A performance inicial do segmento de micro-ônibus no início do ano também foi considerada positiva, conforme reportado pelo banco.

Assim como o Itaú BBA, o JPMorgan reiterou sua recomendação de compra, com um preço-alvo de R$ 12.

Perspectivas de Concorrência e Ambiente de Preços

Após a teleconferência, o Itaú BBA ressaltou a mensagem da empresa sobre a demanda robusta que se deve manter tanto nas operações nacionais quanto nas internacionais. Além disso, a direção da Marcopolo deixou claro que a concorrência no setor permanece estável, pois tanto a Marcopolo quanto seus concorrentes não estão planejando expandir a capacidade de produção. Isso, segundo os analistas, sugere um ambiente de preços saudável e sustentado.

Desafios a Superar

Apesar dos sinais positivos, a empresa enfrenta um mix de produtos que não favorece suas margens no trimestre. As análises indicam que, embora haja uma perspectiva otimista, a alta exposição dos investidores à ação e a margem EBITDA abaixo do esperado podem colocar pressão no curto prazo.

A Visão do BBI e a Potencial Margem de EBITDA

Conforme mencionado anteriormente, o Bradesco BBI considera a queda das ações como excessiva e reafirmou sua recomendação de compra, com um preço-alvo de R$ 10,00. O banco projeta que, ao longo de 2025, a Marcopolo pode alcançar uma margem EBITDA de 19,4%, desde que utilize as alavancas disponíveis e gerencie adequadamente a inflação que está por vir.

Considerações Finais

A trajetória da Marcopolo nas bolsas de valores reflete uma complexidade de fatores que vão além dos números. As ações da empresa estão sob pressão, mas as estratégias delineadas e a adaptação ao contexto atual podem oferecer caminhos de recuperação. É importante que os investidores se mantenham informados e analisem as tendências do mercado de ônibus, bem como as decisões de gestão da companhia.

Convidamos você a acompanhar essa jornada da Marcopolo e a compartilhar suas opiniões sobre as perspectivas futuras da empresa. O que você acha que pode impactar as ações da Marcopolo nos próximos meses?

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