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Por Que Trump Deveria Reformular a Agência de Ajuda Externa em vez de Desmantelá-la

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O Impacto das Mudanças na Ajuda Externa dos EUA: O Que Isso Significa para o Mundo?

Recentemente, a administração Trump desencadeou uma grande controvérsia ao emitir uma ordem de suspensão para a maioria dos programas de ajuda externa dos Estados Unidos. Em uma decisão drástica, anunciou o fechamento permanente de 80 missões do USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), a principal agência de ajuda do governo americano. O objetivo declarado dessa suspensão é garantir que a ajuda externa seja "eficiente e consistente com a política externa dos EUA sob a bandeira da América Primeiro". Ao fazer isso, a administração se propôs a revisar todos os programas de ajuda para decidir quais deveriam ser cortados ou redesignados. Essa reviravolta pode marcar o fim da ajuda externa americana como a conhecemos.

As Consequências Imediatas

Com a ordem de suspensão, os programas de ajuda dos EUA ao redor do mundo foram paralisados. Essa medida está levando à falência grupos locais frágeis e pequenas empresas, colocando vidas em risco. Programas populares que gerenciam respostas a emergências e promovem a saúde global foram severamente afetados. Exemplos notáveis incluem:

  • Corpo da Paz: Dependente da assistência do USAID para projetos em agricultura, educação e abastecimento de água potável.
  • PEPFAR (Plano de Emergência do Presidente para Alívio da AIDS): Responsável por salvar milhões de vidas desde sua criação, agora enfrenta incertezas.
  • Pesquisa de Doenças: Investigações sobre malária e outras doenças foram interrompidas.

Essas mudanças exigem que o Secretário de Estado, Marco Rubio, trabalhe rapidamente para restaurar o financiamento vital de programas inteiramente dedicados a salvar vidas.

A Necessidade de Uma Nova Abordagem

Quando assumi a liderança do USAID em 2001, meu objetivo foi alinhar as prioridades da agência com a política externa do presidente George W. Bush. Assim como as administrações anteriores, é apropriado que a nova administração inicie uma revisão dos programas de ajuda. No entanto, parar todos os programas antes da revisão é uma decisão precipitada.

Os desafios do mundo atual são substancialmente diferentes do cenário geopolítico pós-Guerra Fria para o qual os EUA estruturaram suas estratégias de ajuda externa. A administração Trump tem a oportunidade de reformular a ajuda externa para atender a novas necessidades e exigências, sem comprometer vidas ou os interesses dos EUA.

A Ajuda como Instrumento de Política Externa

A ajuda americana deve evoluir juntamente com as prioridades da política externa. Desde 2007, cada dólar do orçamento do USAID é controlado pelo Departamento de Estado para garantir que o financiamento esteja alinhado com os objetivos de segurança nacional. O foco da agência se deslocou de abordar o terrorismo para se concentrar mais em necessidades humanitárias e no desempenho de desenvolvimento dos países que recebem ajuda.

Contudo, outros aspectos da alocação de ajuda podem ser ajustados. A atual era de competição entre grandes potências requer uma nova estratégia que considere:

  • Diversidade Geopolítica: Países sob pressão de potências como China e Rússia deveriam ser priorizados.
  • Interesses dos EUA: A ajuda deve ser uma extensão dos interesses americanos em áreas onde a influência externa é uma ameaça.

Prioridades Geográficas na Distribuição da Ajuda

Uma nova estratégia de ajuda pode ajudar os EUA a prosperar na competição global crescente. Essa abordagem deve estar alinhada com a seleção cuidadosa de países que merecem a assistência americana. Países em risco de influência externa, como:

  • Países do Sudeste Asiático
  • Ucrânia
  • Moldávia
  • Estados Bálcãs
  • Iraque

Esses lugares são cruciais para os interesses dos EUA e devem receber atenção significativa através de programas robustos do USAID.

Recursos Naturais e Economia Global

Além disso, a ajuda pode ser uma ferramenta para garantir o acesso a recursos naturais críticos. A China e a Rússia estão investindo em países ricos em gás, petróleo e minerais essenciais. O envolvimento do setor de ajuda pode facilitar processos transparentes de licitação, em vez de depender de acordos secretos que prejudicam as economias locais.

Em regiões como a América Central e o Caribe, onde a fragilidade estatal impulsiona a migração ilegal para os EUA, programas de ajuda focados em desenvolvimento econômico, saúde e educação podem diminuir as razões para o êxodo. Com uma abordagem proativa, pode-se abordar as causas profundas da migração.

A Proteção da Saúde Pública

A continuidade dos programas de saúde do USAID é vital. Esses programas são fundamentais para a detecção precoce de ameaças à saúde que podem se tornar pandemias. A experiência do USAID em monitorar surtos em áreas vulneráveis do mundo é inestimável. Parar esses esforços apenas abrindo espaço para que doenças não controladas se espalhem.

Reflexão sobre a Ajuda Internacional

Finalmente, é crucial que a alocação de ajuda dos EUA seja orientada pela geografia e pelos interesses estratégicos. Estudos recentes destacam pontos estratégicos marinhos, como o Canal do Panamá e o Estreito de Hormuz, onde a ajuda do USAID poderia fortalecer as capacidades dos países na defesa de interesses comuns.

Caminhando para o Futuro

Revitalizar a ajuda externa americana esta se tornando uma prioridade. Durante a Guerra Fria, o sucesso dos programas do USAID estava vinculado a interesses americanos evidentes. Hoje, essa abordagem deve ser restaurada e adaptada às novas realidades globais para garantir que, em vez de retirar apoio, os EUA consolidem sua posição no cenário internacional.

Se os Estados Unidos não permanecerem ativos na assistência internacional, é certo que outros players, como China e Rússia, preencherão o vazio. O futuro está em jogo e a administração atual deve reverter imediatamente essas decisões, se não quiser perder influência nas questões globais.

Desse modo, ao repensar a maneira como a ajuda externa é distribuída e aplicada, os Estados Unidos podem reafirmar seu papel como um parceiro respeitado e influente no desenvolvimento global. E isso é um passo necessário para navegar os desafios e oportunidades dos próximos anos.

O que você pensa sobre o impacto dessas mudanças na ajuda externa? Acredita que os EUA devem continuar a desempenhar um papel ativo na assistência global? Compartilhe suas ideias e reflexões!

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