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Pressão Chinesa Aumenta: EUA Reagem com Leis para Combater Influência de Pequim

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Vigilância Chinesa: Impactos e Reações nos EUA

Um episódio marcante na política americana ocorreu há 17 anos, quando Chuck DeVore, na época um parlamentar da Califórnia, recebeu uma visita inesperada do FBI. Eles o alertaram que ele estava sob vigilância do governo chinês devido à sua proposta de uma resolução em apoio ao Dia da Conscientização sobre o Tibete. A pressão do governo chinês para barrar essa iniciativa foi intensa e coordenada, algo que DeVore jamais esperava.

A Pressão Chinesa em Ação

Naquela época, o governo chinês não hesitou em fazer lobby junto aos parlamentares da Califórnia, buscando convencê-los a se opor à resolução de DeVore. Embora ele nunca tenha sido abordado diretamente pela equipe do Ministério das Relações Exteriores da China — possivelmente por causa de seu livro, "China Attacks", que discute a anexação de Taiwan —, a vigilância e a pressão estavam mais do que claras.

DeVore compartilha que, segundo o FBI, a situação era sem precedentes e eles nunca haviam visto algo semelhante em um nível estadual. Desde então, a agressividade do Partido Comunista Chinês (PCCh) só aumentou, com campanhas de intimidação direcionadas a parlamentares que buscam proteger seus estados contra espionagem e sabotagem.

A Mobilização dos Estados

Michael Lucci, CEO da State Armor, destaca que diversos estados americanos estão agindo para se proteger contra a influência chinesa. Aprovando leis para restringir a compra de terras agrícolas por adversários estrangeiros, 19 estados conseguiram implementar proteções importantes. Alguns vão além, introduzindo legislações que visam fortalecer setores críticos como segurança cibernética e saúde pública em caso de um conflito no Pacífico.

No âmbito nacional, um memorando assinado pelo ex-presidente Donald Trump buscou limitar investimentos chineses em áreas sensíveis, como tecnologia e infraestrutura crucial. O objetivo é, claramente, proteger os interesses americanos e reduzir a vulnerabilidade frente a possíveis ameaças.

A Luta pela Segurança no Texas

Durante uma recente cúpula em Austin, a senadora do Texas, Lois Kolkhorst, revelou sua experiência ao tentar legislar contra a compra de terras por cidadãos e empresas chinesas. Ela foi alertada por eleitores sobre as aquisições feitas por estrangeiros, levantando questões sérias sobre a segurança local. Um caso específico que a impactou foi a compra de uma antiga fábrica em Sealy, Texas, que, segundo informações, estaria operando à noite sem que ninguém soubesse ao certo quem a adquirira.

Kolkhorst apresentou o Projeto de Lei do Senado 147, que buscava proibir a compra de terras no Texas por cidadãos de países considerados hostis, como China, Rússia e Irã. No entanto, a proposta encontrou resistência feroz, resultando em uma grande campanha de desinformação por parte do PCCh, incluindo protestos organizados e ataques a sua reputação.

O Clamor e a Intimidação

A senadora contou sobre a hostilidade que enfrentou: "Fui chamada de racista diariamente, e havia um grupo muito agressivo tentando me pressionar". A pressão política é intensa, com grupos atuando de forma orquestrada para barrar projetos que visam reforçar a segurança local.

Outro testemunho destacado foi do diretor do Centro de Políticas de Segurança, Christopher Holton, que relatou uma audiência tensa onde cidadãos de origem chinesa estavam organizados para protestar contra um projeto de lei na Louisiana que visava restringir compras de terras por adversários estrangeiros.

Contraataques e Novas Propostas

Kolkhorst, no entanto, não desistiu. Para a sessão legislativa de 2025, ela está propondo o SB 17, que visa renascer os esforços de restrições às compras de terras, mantendo o foco em proteger os interesses do Texas. Além disso, outras leis estão sendo apresentadas com o intuito de reduzir a influência do PCCh, como a introdução de comitês destinados a desenvolver políticas de segurança frente a potenciais conflitos.

A ação não é exclusiva do Texas. Estados como Nebraska também estão se mobilizando, com iniciativas lideradas pelo senador Eliot Bostar, que geraram a Lei de Teste de Estresse de Conflitos do Pacífico, abordando a segurança em um contexto mais amplo, desde tecnologia até questões agrícolas.

O Que Está em Jogo?

A situação é clara: a segurança nacional dos Estados Unidos está em jogo. A infraestrutura crítica, como transformadores elétricos, apresenta riscos significativos, especialmente considerando que muitos são fabricados na China. Embora um esforço tenha sido feito durante a administração Trump para restringir a importação de equipamentos chineses, essa iniciativa foi revertida sob o governo Biden, levantando novas preocupações sobre a dependência e a vulnerabilidade americana.

Os avanços em tecnologia e comunicação proporcionam à China uma vantagem que os líderes americanos estão cada vez mais reconhecendo. Nesse cenário, o desafio de proteger a soberania nacional evolui, exigindo uma vigilância constante e táticas novas e inovadoras.

A Longa Duração da Influência Chinesa

Chuck DeVore observa que muitos americanos não entendem o "jogo a longo prazo" que o PCCh está jogando. A manipulação da opinião pública e a construção de relações com legisladores estão entre suas estratégias. A situação se agrava quando se considera a falta de transparência da China durante a pandemia de COVID-19, que teve consequências globais.

A visão apresentada por Holton é alarmante, ao enfatizar que a falta de clareza e a manipulação de informações sobre a COVID-19 exemplificam a capacidade do regime de causar estragos não apenas por meio de conflitos diretos, mas também por métodos mais insidiosos.

Reflexão Final

Quando analisamos o complexo jogo entre o PCCh e os Estados Unidos, é evidente que o futuro necessitará de um comprometimento para proteger interesses locais e nacionais. A mobilização de estados como Texas, Florida e Nebraska demonstra que a resistência à influência estrangeira é, de fato, uma questão de segurança coletiva que transcende fronteiras políticas.

Convidamos os leitores a refletirem sobre a importância de apoiar legislações que visem proteger a integridade de seus estados e, consequentemente, do país. O tempo de vigilância e ação é agora. O que você acha sobre essa crescente vigilância e influência estrangeira? Quais ações você acredita que devem ser priorizadas para proteger nossos interesses? Compartilhe suas opiniões!

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