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Rede D’or em Queda: O que Esconde a Redução na Abertura de Leitos?

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Redução no Plano de Expansão da Rede D’Or: Impactos e Perspectivas

A Rede D’Or (RDOR) revisou significativamente seu plano de expansão para o período de 2025 a 2028, reduzindo a previsão de novos leitos de 4.000 para 3.200 — uma diminuição de 21%. Contudo, para 2025, o impacto foi ainda mais acentuado: a expectativa de novos leitos caiu 45%, ficando em apenas 500. Essa reavaliação foi impulsionada, principalmente, pelos projetos brownfield, cujos leitos previstos diminuíram em 45% (representando 2.600 leitos), enquanto os projetos greenfield registraram uma redução de 14% (640 leitos).

O Que Essa Revisão Significa?

Esse movimento levanta uma série de questões sobre o desempenho financeiro da empresa e o mercado em que está inserida. Em um dia em que a ação da RDOR caiu 3,1%, sendo cotada a R$ 36,28, a queda contrastou com uma leve alta de 0,36% do Ibovespa. O cenário é preocupante, principalmente levando em conta a revisão dos planos.

Revisão do Capex e Perspectivas Econômicas

O capital estimado por leito (capex) também sofreu uma leve atualização, diminuindo 3,6%, passando de R$ 1,45 milhão para R$ 1,4 milhão, considerando apenas as unidades que serão entregues em 2024. O Bradesco BBI considera essa revisão uma notícia negativa para a RDOR, especialmente face ao crescente número de beneficiários da SulAmérica e ao ambiente competitivo propício para seus hospitais, que têm uma exposição relativamente baixa a operadoras enfrentando dificuldades financeiras, como algumas Unimeds e entidades autogeridas.

Sinais de Alerta

O BBI salientou que a diminuição nos projetos brownfield, geralmente mais rentáveis e que não necessitam de credenciamento de pagadores, sugere que as perspectivas de crescimento nos mercados existentes estão diminuindo. Essa análise é preocupante e levanta a bandeira amarela para investidores.

Expectativas dos Analistas

Mesmo com a redução no plano de expansão, a orientação de 3.200 leitos ainda sugere um aumento robusto de 25% na capacidade, mantendo-se acima da previsão conservadora do BBI, que previa apenas 1.500 leitos a partir de 2026. A recomendação do Bradesco BBI permanece em “compra”, com um preço-alvo de R$ 34.

Por outro lado, o Morgan Stanley avaliou como negativa a notícia para o crescimento a longo prazo da RDOR, embora também reconheça que a decisão pode ser uma racionalização da alocação de capital. A equipe de análise citou a rescisão de relações da rede com dois grandes pagadores — Amil (3,1 milhões de vidas) e Unimed FERJ (452 mil vidas) — como uma estratégia para melhorar a geração de caixa, mas que poderá limitar a clientela em certas regiões.

Perguntas para Reflexão

  • Como a RDOR poderá se reposicionar frente a essa nova realidade?
  • As recientes descredenciais e a reavaliação dos planos realmente sinalizam um ambiente de dificuldades, ou há uma oportunidade nesse cenário?

Impactos no Mercado e Reações das Instituições Financeiras

O Itaú BBA também entrou na dança das análises, sugerindo que os descredenciamentos dos últimos doze meses podem ter motivado a revisão em projetos em áreas específicas. A nova capacidade de leitos está 21% abaixo do que a empresa tinha planejado para 2024 e 11% abaixo das projeções do próprio banco para o período de 2025 a 2029.

Ainda assim, os analistas do Itaú mantêm uma visão positiva sobre a parceria, indicando potencial de expansão em outras cidades, com base em três pilares:

  • A presença de uma significativa classe média alta nas regiões onde a RDOR opera.
  • A forte participação de mercado da Bradesco Saúde e da SulAmérica.
  • A falta de concorrentes locais com qualidade estabelecida.

Recomendações e Preços-Alvo

Apesar das incertezas, o Itaú manteve sua recomendação em "compra" e fixou um preço-alvo de R$ 46. Já o Citigroup percebeu que a redução no plano não é um bom sinal para a confiança na empresa a longo prazo, alertando que isso pode afetar a percepção dos investidores.

Perspectivas do JPMorgan: Oportunidade em Meio à Crise

Os analistas do JPMorgan também comentaram que a maior parte da revisão ocorreu nas inaugurações programadas para 2025 e 2026. A avaliação sugere um alinhamento com a rescisão de contratos que não eram rentáveis, indicando um movimento estratégico por parte da empresa para mantenha sua disciplina de capital.

A revisão das previsões para a RDOR estabeleceu um novo preço-alvo de R$ 42 por ação até dezembro de 2026, uma correção em relação ao valor de R$ 36 para 2025. O JPMorgan continua a favor da RDOR, considerando-a uma das melhores opções para investimento no setor de saúde.

Reflexões Finais

O cenário atual apresenta um quadro complexo para a Rede D’Or, com desafios que podem trazer implicações significativas para o futuro. Por um lado, as recentes revisões são um parâmetro claro de que a empresa está se adaptando a um ambiente econômico difícil, mas, por outro lado, isso pode sinalizar uma percepção de mercado mais conservadora.

As decisões tomadas agora moldarão não apenas a performance da RDOR, mas também a forma como a empresa será vista pelos investidores e pelo mercado. A questão que perdura é: como a RDOR navegará esses desafios e manterá sua posição de destaque no setor de saúde?

Acompanhe as movimentações dessa gigante do setor e compartilhe suas impressões! Quais decisões você acha que devem ser tomadas para contornar este cenário? Sua opinião é sempre bem-vinda!

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