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Resultados Fracos nos EUA: Por Que a Subsidiária Não Deu o Impacto Esperado e Ações Despencam?

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Resultados do 4T24 da Pilgrim’s Pride: Expectativas e Desafios

Na última quarta-feira, 12 de dezembro de 2024, a Pilgrim’s Pride Corporation (PPC), uma subsidiária da JBS (código de ações JBSS3), divulgou seus resultados financeiros do quarto trimestre de 2024 (4T24). O relatório apresentou números que ficaram abaixo das expectativas de analistas do mercado, embora alguns escritórios de análise tenham oferecido previsões que foram superadas. Vale a pena explorar o que esses números significam e como isso pode impactar a visão de futuro da companhia.

Análise do Desempenho Financeiro

A receita da Pilgrim’s Pride totalizou US$ 4,372 bilhões no 4T24, apresentando uma queda de 3,5% em comparação aos US$ 4,528 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior (4T23). Esse resultado surpreendeu negativamente, especialmente quando se considera que a previsão do JPMorgan era de US$ 4,755 bilhões e o consenso do mercado indicava um valor de US$ 4,654 bilhões.

Por outro lado, o EBITDA (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) mostrou uma melhora significativa. Com um total de US$ 526 milhões, o EBITDA cresceu 69,9% em relação aos US$ 309,5 milhões do 4T23. Embora esse número tenha superado levemente o consenso (US$ 519 milhões), ficou aquém das expectativas do JPMorgan, que projetou um EBITDA de US$ 571 milhões. A margem EBITDA atingiu 12,0%, um salto expressivo se comparado aos 6,8% do ano anterior, atingindo a previsão do banco mas passando acima do consenso de 11,1%.

Lucro por Ação e Impactos do Calendário

O lucro por ação ajustado (EPS) foi de US$ 1,35 no 4T24, um desempenho melhor do que o consenso, que esperava US$ 1,163. Essa performance positiva no lucro pode ser um alívio em meio a um cenário misto de resultados. Porém, não deixa de ser intrigante que a receita não tenha atingido as expectativas. Analistas do JPMorgan sugeriram que essa discrepância se deveu a um efeito de calendário: o 4T23 teve 14 semanas, enquanto o 4T24 seguiu o padrão típico de 13 semanas. Esta semana extra no ano anterior pode ter proporcionado mais tempo para vendas e geração de receita.

Impacto na Avaliação da JBS

Do ponto de vista do JPMorgan, a performance da PPC no 4T24 apresenta um pequeno risco de queda nas projeções de EBITDA da JBS para o quarto trimestre, que é estimado em R$ 9,8 bilhões. No entanto, surgem indícios de que, apesar das flutuações, a PPC também pode oferecer algumas boas surpresas. As receitas e o EBITDA ajustado da PPC estão acima da projeção feita pela XP Investimentos, que destacaram os resultados como uma representação da sazonalidade mais fraca nos Estados Unidos, além de uma concorrência intensa no mercado europeu.

Desempenho Regional e Expectativas Futuras

O desempenho da PPC varia por região, e isso reflete na análise. No México, por exemplo, a margem EBITDA ajustada subiu para 11,8%, destacando a força nos mercados de commodities e um aumento na distribuição para varejistas e setores de serviços de alimentação. Isso demonstra um apelo positivo, já que as operações mexicanas estão se mostrando robustas em um ambiente desafiador.

Após os resultados do 4T24, a XP Investimentos revisou suas expectativas, elevando a projeção de EBITDA ajustado em 1,6%, para R$ 10,3 bilhões, e aumentando a estimativa para o fluxo de caixa livre em 0,6%, totalizando R$ 9,7 bilhões. Essa visão otimista, baseada na recuperação do mercado mexicano, é um sinal de que a PPC pode ainda ter espaço de crescimento.

O Que Esperar da JBS?

Na perspectiva do Itaú BBA, o desempenho do PPC reflete um fortalecimento da sua projeção de EBITDA de R$ 9,7 bilhões para a JBS no 4T24, mantendo assim suas expectativas de crescimento sem qualquer revisão prevista. Contudo, no horizonte, surgem questionamentos sobre a sustentabilidade desse crescimento, especialmente se a PPC não conseguir apoiar revisões positivas nos lucros em termos de dólares.

  • A PPC teve um 4T24 misto, com algumas métricas que superaram expectativas enquanto outras deixaram a desejar.
  • Resultados regionais divergentes, sendo o México um destaque positivo.
  • O desempenho pode influenciar as previsões de EBITDA da JBS, mas ainda existe um forte apelo pela diversificação da empresa.

Visão de Mercado e Recomendação

Diante desse cenário, o Itaú BBA manteve sua recomendação “Compra” para as ações da JBS, fixando um preço-alvo de R$ 51. A avaliação da JBS como uma escolha sólida no mercado se dá pela sua diversificação, que oferece mitigação de riscos em um ambiente macroeconômico incerto no Brasil. Essa abordagem diversificada ajuda a companhia a se posicionar melhor diante de potenciais flutuações de mercado.

À medida que avançamos, é crucial que investidores e analistas considerem os desdobramentos dos resultados do 4T24 da PPC, como esses dados poderão influenciar as expectativas futuras da JBS e o potencial da empresa em sustentar e expandir seus lucros. Fiquem atentos às novidades e não hesitem em compartilhar suas opiniões e reflexões sobre o desempenho da Pilgrim’s Pride e o futuro da JBS no mercado! O diálogo construtivo é sempre bem-vindo.

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