Oportunidades de Investimentos Globais para 2025
Nos dias de hoje, com a conectividade global em alta, investir fora do Brasil deixou de ser um privilégio de grandes investidores. As opções se multiplicaram, com ETFs disponíveis na B3, fundos globais e contas internacionais que facilitam o acesso a mercados e empresas ao redor do mundo. Em um cenário marcado por juros altos, tensões geopolíticas e inovações tecnológicas, onde estão as melhores oportunidades de investimentos globais para 2025?
Explorando o Mercado Internacional
Conversamos com especialistas do setor, como Danilo Moreno da Investo, Martin Iglesias do Itaú Unibanco e Flávio Vegas da Global X ETFs, para discutir como montar uma carteira internacional equilibrada e identificar os setores com maior potencial de crescimento a médio e longo prazo.
O que espera 2025? Setores em Alta
Para Iglesias, o momento é propício para ações de países emergentes, renda fixa internacional e ações ligadas ao S&P 500. Ele destaca que:
- Os mercados emergentes podem se valorizar em um cenário de dólar mais fraco.
- Nos EUA, setores como tecnologia, saúde e inovação continuam oferecendo boas oportunidades.
- Juros elevados tornam a renda fixa internacional atraente, tanto em Treasuries quanto em títulos corporativos.
Na mesma linha, Danilo Moreno aponta três tendências importantes:
- Inteligência Artificial
- Infraestrutura Digital
- Energia Nuclear
Ele menciona que, embora os EUA se mantenham como um polo de inovação, países asiáticos como Índia e Indonésia estão se destacando, impulsionados pelo consumo interno e pela relocação industrial.
Flávio Vegas aposta em temas disruptivos, como:
- Robótica
- Blockchain
- Criptomoedas
- Defesa
- Data Centers
Ele também observa que mercados como a Argentina estão atraindo atenção devido a mudanças políticas e sinais de abertura econômica.
Construindo sua Carteira Internacional
Montar uma carteira de investimentos internacionais pode parecer desafiador, mas não precisa ser um bicho de sete cabeças. Segundo Iglesias, o primeiro passo é destinar uma parte do seu patrimônio para a exposição global.
Dicas para configurar sua carteira:
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Reservar um percentual do patrimônio: Para investidores conservadores, recomenda-se uma alocação mínima de 5% em ativos internacionais. Já investidores moderados e agressivos podem considerar uma alocação maior.
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Diversificação: Uma carteira equilibrada poderia alocar entre 60% e 70% de ativos consolidados, como ações globais e renda fixa em dólar, enquanto o restante poderia ser aplicado em estratégias temáticas, como inteligência artificial ou energia limpa.
Moreno enfatiza que cada parte da carteira tem seu papel, e a diversificação deve ser pensada estrategicamente, não somente geograficamente.
Riscos a Considerar
Embora existam oportunidades, os investimentos globais também carregam riscos. Um dos principais pontos a serem monitorados são os juros nos Estados Unidos.
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A trajetória dos juros nos EUA é um fator fundamental que influencia os mercados globais, afetando tanto a renda fixa quanto as ações de crescimento.
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Tensões geopolíticas em regiões como o Oriente Médio e Leste Europeu também requerem atenção, pois conflitos, sanções e mudanças nas cadeias de suprimento podem impactar setores estratégicos.
Além disso, o protecionismo global, exemplificado pela guerra comercial entre EUA e China, pode aumentar a volatilidade e exigir mais cuidado dos investidores.
Acessibilidade aos Produtos Internacionais
A boa notícia é que investir no exterior tornou-se muito mais acessível para os brasileiros. Você não precisa abrir uma conta fora para acessar esses mercados.
Opções de Investimento
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ETFs na B3: Produtos como WRLD11 e GPUS11 da Investo oferecem a chance de investir em ações globais, renda fixa e até ouro, com proteção cambial e liquidez local.
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Fundos internacionais: Disponíveis em várias plataformas, uma alternativa que permite diversificação.
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Corretoras nos EUA: Para quem busca autonomia, corretoras como Avenue e Nomad oferecem acesso direto a ações, ETFs, renda fixa, fundos e até criptomoedas.
O ecossistema do Itaú, que inclui a Avenue, também fornece acesso a investimentos globais com suporte e curadoria.
A Prática Recomendada
Investir de forma global deve ser visto como um recurso adicional que complementa sua estratégia. É fundamental não buscar o ativo da moda, mas sim construir uma carteira internacional com lógica e consistência.
Pensando em o Que Vem a Seguir
Com tantas opções disponíveis, o importante é usar as oportunidades de forma a enriquecer sua experiência de investimento. Portanto, não hesite em refletir sobre essas decisões e busque informações que façam sentido para você.
A gestão consciente é chave para o sucesso a longo prazo, e com as dicas e insights dos especialistas, você está mais preparado para proceder. Qual a sua opinião sobre o futuro dos investimentos globais? Compartilhe suas ideias e experiências nos comentários!