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TikTok: O Futuro da Plataforma em Jogo nos EUA
Desde a noite de um sábado, o dia 18 de dezembro, o TikTok se encontra fora do ar nos Estados Unidos. Essa medida drástica foi imposta após a decisão da Justiça americana que deu até o dia 19 de janeiro para que a famosa plataforma de vídeos encontrasse um novo proprietário no país. O CEO da empresa, Shou Zi Chew, em um recente vídeo, agradeceu ao presidente eleito, que tomou posse em 20 de janeiro, pela ajuda na tentativa de reverter essa difícil situação. É importante lembrar que, nos EUA, o TikTok já conta com mais de 170 milhões de usuários.
Possíveis Ações do Novo Presidente
Agora, quais caminhos podem ser trilhados? Trump, o novo presidente, tem algumas opções em mãos:
- Não aplicação de sanções: Ele poderia pedir ao procurador-geral que não processe empresas como Apple ou Google por não cumprirem as regras de desinvestimento.
- Reinterpretação das normas: Uma nova definição do que seria um “desinvestimento qualificado” poderia permitir que a ByteDance, atual dona do TikTok, mantivesse um controle sob novas condições.
- Negócios diplomáticos: Trump também poderia buscar uma solução junto ao governo chinês, abordando preocupações de segurança sem exigir um desinvestimento radical.
Impactos Econômicos e Criativos
O impacto de uma possível proibição do TikTok pode ser devastador. Segundo um estudo da consultoria eMarketer, pequenas empresas nos EUA poderiam perder mais de US$ 1 bilhão por mês em receitas. Além disso, muitos criadores de conteúdo que dependem da plataforma como principal fonte de renda enfrentam uma incerteza alarmante. Embora outras plataformas, como Instagram Reels e YouTube Shorts, ofereçam alternativas, muitos criadores afirmam que essas opções não oferecem o mesmo alcance e nível de engajamento que o TikTok.
Interesse no TikTok: Quem Está na Disputa?
Nos últimos tempos, diversos bilionários e investidores têm expressado interesse em adquirir o TikTok. Um nome de peso é o ex-secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, que, em março do ano passado, anunciou que pretendia formar um consórcio para comprar a plataforma, buscando parcerias com várias empresas de tecnologia.
Além dele, a plataforma de vídeos Rumble também manifestou seu desejo de compra, mencionando que estava disposta a se juntar a outros investidores, embora os detalhes ficassem obscuros. O bilionário Frank McCourt, juntamente com seu grupo de advocacy, o Project Liberty, fez uma proposta para adquirir os ativos do TikTok nos Estados Unidos, contando com o apoio do investidor Kevin O’Leary e da Guggenheim Securities. O’Leary, por sua vez, afirmou que já tinha US$ 20 bilhões reservados para essa aquisição.
Curiosamente, até mesmo autoridades chinesas demonstraram interesse em vender o TikTok para Elon Musk, visto sua conhecida relação próxima com Trump. E o influenciador MrBeast chegou a insinuar que poderia ser um potencial comprador da plataforma. Segundo Dan Ives, analista da Wedbush Securities, a avaliação da plataforma está entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões, o que equivale a uma faixa de R$ 240 bilhões a R$ 300 bilhões.
Expectativas Futuras
No atual cenário, o futuro do TikTok nos Estados Unidos parece incerto e cheio de desafios. As possíveis movimentações políticas, somadas à pressão econômica sobre pequenas empresas e criadores de conteúdo, desenham um panorama complexo. A influência e a popularidade do TikTok são inegáveis, e a maneira como essa situação se desenrolará poderá ter repercussões para o setor de tecnologia e para a economia digital como um todo.