Suzano (SUZB3) Registra Resultado Impressionante no 1T25, Mas Enfrenta Desafios

A Suzano (SUZB3), uma das principais empresas do setor de papel e celulose do Brasil, divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2025. Apesar de ter alcançado a maior receita líquida da sua história para um primeiro trimestre, a companhia enfrenta alguns desafios que impactaram suas margens. Vamos entender melhor esses números, o contexto e as análises dos especialistas.

Receitas e Desempenho Financeiro

Nos primeiros três meses de 2025, a Suzano registrou uma receita líquida impressionante de R$ 9,5 bilhões. Este valor representa um marco significativo para a empresa, destacando seu desempenho no mercado. No entanto, o EBITDA ajustado caiu para R$ 4,9 bilhões, o que representa uma queda de 13% em comparação com as expectativas da XP e 9% abaixo do consenso de mercado.

Fatores que Influenciaram o Desempenho

Vários fatores impactaram esses resultados:

• Fatores Sazonais: O primeiro trimestre é geralmente um período mais fraco para o setor.
• Paradas para Manutenção: A empresa enfrentou paradas para manutenção que reduziram sua capacidade produtiva.
• Reestocagem: A normalização dos estoques após um forte quarto trimestre de 2024 também contribuiu para o desempenho abaixo do esperado.

Vendas e Preços de Celulose

Nas vendas de celulose, a Suzano alcançou a marca de 2,651 milhões de toneladas, apresentando um crescimento de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior. A venda de papel foi ainda mais significativa, com um aumento de 25%, atingindo 390 mil toneladas.

A Dinâmica dos Preços

O preço médio líquido da celulose no mercado externo foi de US$ 556 por tonelada, o que representa uma queda de 11% se comparado ao primeiro trimestre de 2024. Isso reflete um cenário desafiador para as margens de lucro, com o EBITDA por tonelada de celulose caindo para R$ 1.605/t e o de papel reduzido para R$ 1.568/t, uma diminuição de 25%.

Geração de Caixa e Dívida

Neste trimestre, a geração de caixa operacional da Suzano somou R$ 2,6 bilhões, uma redução de 46% em relação ao quarto trimestre de 2024. Contudo, quando comparado ao ano anterior, a geração de caixa cresceu 5%. A relação entre dívida líquida e EBITDA caiu para 3,1x, evidenciando uma leve melhora na posição financeira da empresa.

Análise dos Especialistas

Os analistas da XP, Lucas Laghi, Guilherme Nippes e Fernanda Urbano, afirmaram que a performance abaixo do esperado da Suzano é resultado de condições conjunturais. Eles destacam que os volumes de vendas foram impactados pela sazonalidade e operações de manutenção, mas prevêem uma recuperação a partir do segundo trimestre de 2025.

Expectativas para o Futuro

• Recuperação de Volumes: A XP propõe que a Suzano pode recuperar entre 300 a 450 mil toneladas nos próximos trimestres, especialmente se não houver mais paradas para manutenção.
• Desempenho em Papel: O aumento nos custos e a diminuição das vendas internas de papel também foram fatores adversos, mas a empresa observou um crescimento de 12% nos preços líquidos médios, principalmente nas operações nos Estados Unidos, o que é um ponto positivo.

A recomendação dos analistas para as ações da Suzano permanece em "compra", mas com um alerta sobre os riscos associados às flutuações de preços no setor de celulose.

Reflexões Finais

Os resultados do primeiro trimestre de 2025 da Suzano mostram uma empresa sólida, que, apesar de enfrentar desafios, mantém um forte potencial de crescimento. A combinação de uma receita líquida recorde com a necessidade de ajustar sua operação em um contexto de mercado desafiador revela um caminho complexo, mas promissor.

E você, o que pensa sobre o desempenho da Suzano? Acredita que a recuperação está próxima ou as incertezas do mercado podem impactar sua trajetória a longo prazo? Deixe seus comentários e compartilhe suas opiniões!