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Trump afirma que força militar não seria necessária se China bloquear Taiwan: Entenda as tarifas e suas implicações!

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Tensão entre EUA e China: A Visão de Donald Trump sobre Taiwan

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez declarações intrigantes recentemente sobre a situação entre a China e Taiwan. Em conversa com o conselho editorial do Jornal de Wall Street, Trump afirmou que, caso a China tentasse impor um bloqueio a Taiwan, não sentiria a necessidade de utilizar a força militar. Segundo ele, a relação que construiu com o presidente chinês, Xi Jinping, é baseada no respeito, ao ponto de afirmar que Jinping "sabe que sou maluco para [palavrão]".

Tarifa Elevada como Estrategia de Dissuasão

Trump sugeriu uma abordagem financeira para lidar com o possível bloqueio chinês, propondo um aumento das tarifas sobre produtos importados da China de 150% a 200%. Essa estratégia, segundo ele, teria o potencial de dissuadir Xi de adotar ações agressivas contra a ilha autônoma de Taiwan. No entanto, essa postura contrasta com a natureza mais militarizada da abordagem que muitos analistas sugerem. Um bloqueio marítimo poderia ser uma jogada arriscada do Partido Comunista Chinês (PCCh), afetando as rotas comerciais e criando uma situação de escassez para Taiwan.

Curiosamente, a opinião pública nos EUA parece mais próxima da ideia de Trump de evitar uma resposta militar. Pesquisas lideradas pelo Chicago Council on Global Affairs revelam uma queda significativa no apoio dos americanos em usar a Marinha para contrabalançar ações da China. Em 2022, mais de 60% estavam a favor; porém, este número despencou para cerca de 37% neste ano.

A Opinião Pública

Os dados mais recentes indicam que muitos cidadãos preferem que Taiwan mantenha seu status atual, sem buscar a independência ou a unificação com a China. Eles expressam apoio à participação de Taiwan em organizações internacionais, além da necessidade de fornecer auxílio militar, mas rejeitam o envio de tropas americanas para a ilha.

A Resposta do Governo Americano

O presidente Joe Biden insistiu em várias ocasiões que os EUA estariam prontos para defender Taiwan em caso de tentativa de anexação por parte da China. Entretanto, seus assessores têm moderado essas afirmações, deixando claro que a política dos EUA permanece deliberadamente ambígua sobre a natureza de uma possível intervenção.

A vice-presidente Kamala Harris também se manifestou a respeito, reiterando que os EUA se opõem a qualquer mudança unilateral no status quo e continuam a apoiar a autodefesa de Taiwan, conforme uma política já consolidada.

Essas declarações de Trump e Biden vêm em um momento de crescente tensão no estreito de Taiwan. A República Popular da China e a República da China, conhecida como Taiwan, celebraram seus dias nacionais em 1º e 10 de outubro, respectivamente. O presidente taiwanês, Lai Ching-te, fez uma declaração marcante, enfatizando a soberania de Taiwan e contestando o alegado papel de "pátria" que a China reivindica para a ilha.

O Exercício Militar da China

Após essas declarações, o governo de Pequim respondeu com um exercício militar significativo chamado “Joint Sword 2024-B”, que ocorreu poucos dias após as comemorações de Taiwan. Este exercício enfatizou pela primeira vez o bloqueio de portos e áreas-chave em torno de Taiwan, uma indicação clara das intenções da China.

O PCCh classifica seus exercícios militares como “punições” a quaisquer declarações de independência de Taiwan. Durante o "Joint Sword 2024-B", várias frotas da Guarda Costeira foram deslocadas para cercar Taiwan, uma movimentação que se mostrou mais intensa do que nas operações anteriores, especialmente em resposta à visita da ex-presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan.

Um ex-tenente-coronel da Marinha da China, Yao Cheng, revelou que o PCCh vem elaborando planos de bloqueio desde os anos 1980. Yao também observou que a possibilidade de uma invasão direta foi temporariamente descartada devido aos custos associados, tornando o bloqueio uma opção mais viável.

Análise das Estratégias Chinesas

Pelos relatórios do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), os especialistas delinearam diversos cenários de bloqueio focados em medidas de isolamento econômico e ações militares. O recente exercício militar da China, que durou 13 horas, foi caracterizado como um ensaio para deslocar rapidamente forças pela Marinha, Força Aérea e outros componentes das forças armadas, visando estabelecer um cerco a Taiwan.

O Pentágono demonstrou preocupação com os exercícios militares da China, os classificando como “irresponsáveis e desestabilizadores”. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, advertiu a China a não usar os discursos do governo de Taiwan como justificativa para ações provocativas.

Imposição de Sanções e Resposta Americana

Ainda assim, críticos como Craig Singleton, da Fundação para a Defesa das Democracias, afirmam que as respostas atuais dos EUA ainda não são suficientes. Ele sugeriu um retorno de grupos de ataque de porta-aviões ao Pacífico Ocidental e propôs novas sanções contra entidades chinesas que militarizam a Guarda Costeira.

O Papel de Xi Jinping

Em dias subsequentes, o presidente Xi visitou a província de Fujian, que está voltada para Taiwan, dando indicações de que as tensões estão sendo estrategicamente acompanhadas de perto. Em 17 de outubro, Xi acabou de visitar uma brigada de mísseis, enfatizando a necessidade de fortalecer a capacidade de combate e de dissuasão da China.

O contexto global de segurança permanece instável, especialmente após a recente realização de um teste de míssil balístico intercontinental pelo regime chinês, o primeiro em 44 anos na região do Pacífico Sul.

O Que Está em Jogo para Taiwan e os EUA

A situação em Taiwan é delicada e tem implicações que vão além da ilha. A evolução dos eventos entre os EUA e a China pode definir novos parâmetros de segurança e relações geopolíticas no mundo. O que se observa aqui é uma luta complexa que envolve não apenas a soberania de Taiwan, mas também o equilíbrio de poderes na região Ásia-Pacífico.

É vital que todas as partes envolvidas busquem uma resolução pacífica e negociada para evitar escaladas que somente trarão mais instabilidade. E você, o que pensa sobre a postura dos EUA em relação a Taiwan? Está na hora de intensificar a diplomacia ou a segurança militar? Vamos saber sua opinião!

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