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Volta por Cima: Será que os IPOs Estão Prontos para Brilhar Novamente?

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Oportunidades no Mercado de Ações: O Que Esperar para o Final de 2023 e Começo de 2024

Nos últimos tempos, o Índice Bovespa tem mostrado recordes consecutivos, e as expectativas de uma redução dos juros básicos pelo Banco Central brasileiro criam um ambiente promissor para empresas que desejam emitir ações. O cenário atual sugere que, tanto no final de 2023 quanto no início de 2024, novas oportunidades de investimento podem surgir.

Um Panorama Sobre as Ofertas de Ações

As empresas estão cada vez mais atentas às suas estruturas de capital. Neste cenário, algumas estratégias se tornam evidentes:

  • Redução de Endividamento: Muitas companhias buscam diminuir suas dívidas, o que pode contemplar ofertas subsequentes, onde ações já existentes são colocadas à venda.

  • Fortalecimento de Caixa: A intenção de captar recursos pode ser impulsionada pela necessidade de garantir liquidez antes das eleições.

  • Venda de Participações: Acionistas significativos podem optar por vender parte de suas ações, enquanto algumas empresas anteveem a antecipação de dividendos.

Entretanto, é importante observar que as tão aguardadas aberturas de capital (IPOs), que não ocorrem no Brasil desde 2021, ainda podem demorar para voltar à cena. Especialistas acreditam que essa situação pode se prolongar até o final do próximo ano, devido à incerteza política que vem rondando as eleições presidenciais.

O Retorno das Ofertas Subsequentes

O Brasil ainda não viu novos IPOs desde 2021, mas as ofertas subsequentes estão em alta. Elas são vitais para o mercado ao aumentar o número de ações em circulação e introduzir novas empresas no cenário. Entre as emissões feitas, a maioria tem se concentrado em ações de empresas já estabelecidas. As ofertas subsequentes podem ser:

  • Primárias: Onde a empresa emite ações novas, captando recursos para reinvestir em seu negócio.
  • Secundárias: Quando grandes acionistas vendem parte de suas ações.

Apesar do número de ofertas públicas de ações ter se mantido em nove este ano, o que é o menor desde 2018, as iniciativas são um sinal de movimentação no mercado.

O Que Impulsiona os Investimentos?

Embora o Índice Bovespa esteja em sua máxima histórica, os ganhos ainda se concentram em setores específicos, como financeiro, telecomunicações e energia. Isso ocorre porque muitas dessas empresas não sentem a necessidade urgente de emitir novas ações. Contudo, a alta nesses setores pode criar um efeito dominó positivo nas ofertas de ações, uma vez que investidores menores, atentos a estes movimentos, podem se sentir mais confortáveis com alocações nesse segmento.

George Costa e Silva, especialista do Bradesco, observa que “o terreno está preparado” para um aumento das ofertas na bolsa, bastando que as condições de juros se consolidem. Com o mercado de renda fixa começando a saturar e com a redução nas taxas do crédito privado, muitos investidores podem acabar se voltando para a renda variável, o que seria um forte indicativo para novas emissões.

Um Olhar no Futuro: Captações e Dividendos

Captações ocorrerão não apenas por necessidade de abater dívidas, mas também devido à proatividade das empresas em se preparar para o futuro. Isso é especialmente verdadeiro para aqueles que atuam nos setores de energia e infraestrutura, que já se preparam para os leilões aguardados para o próximo ano.

Além disso, a nova tributação de dividendos aprovada no Congresso pode acelerar as ofertas enquanto as empresas buscam evitar a retenção de 10% dos lucros a partir de 2026. A expectativa é que empresas realizem algumas ofertas primárias com o objetivo de levantar capital para esse pagamento.

O Cenário dos IPOs

As aberturas de capital (IPOs) são esperadas para um momento mais estruturado e não apenas atreladas à queda dos juros. O sucesso desses lançamentos dependerá de fatores como a clareza nas políticas do próximo governo sobre equilíbrio fiscal e gastos públicos.

Castelo Branco enfatiza que se a situação política e econômica se estabilizar após as eleições, poderemos ter uma onda renovada de IPOs, possivelmente em 2027.

Uma Alternativa em Mercados Externos

Uma tendência que pode emergir é a busca por aberturas de capital no exterior. Setores com bom desempenho no Brasil, como bancos e fintechs, podem optar por fazer IPOs nos Estados Unidos, onde os múltiplos estão atrativos. Historicamente, essa “exportação” de ofertas já ocorreu com empresas brasileiras como XP e Nubank.

Expectativas para o Final de 2023

Este final de ano é crucial, e muitos no setor estão otimistas. É vital, no entanto, que as ofertas sejam organizadas antes do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. Isso porque a participação de investidores estrangeiros será fundamental para o sucesso dessas operações.

Reflexões Finais

A movimentação no mercado de ações brasileiro é um reflexo de um cenário dinâmico e em mudança. À medida que 2023 se aproxima do fim, e 2024 inicia um novo ciclo, as empresas parecem se preparar para tirar proveito das novas condições, seja através da redução de endividamento, captações para investimentos, ou até mesmo antecipando dividendos.

O momento é de atenção e expectativa. Você está pronto para explorar as oportunidades que surgirão? O mercado de ações sempre oferece novas possibilidades, e essa pode ser a sua chance de se engajar. Quais são suas previsões e esperanças para o futuro do mercado? Comente abaixo e compartilhe sua visão!

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