sábado, dezembro 6, 2025

2026: A Revolução dos Uniformes no Futebol Brasileiro – Quem Fica e Quem Sai?


O Futuro do Mercado de Materiais Esportivos no Brasil

A movimentação no mercado de fornecedores de materiais esportivos está prestes a transformar o cenário no Brasil a partir de 2026. Clube tradicionais estão em busca de novas parcerias e contratos mais robustos, uma evolução significativa que reflete a mudança no terreno do futebol nacional. Contudo, apesar do crescimento, os valores continuam a ser inferiores aos praticados na Europa, onde esses contratos são uma das principais fontes de receita dos clubes.

A Nova Era das Parcerias

Os clubes brasileiros estão em um movimento de trocas e mudanças que promete agitar o mercado. O Fluminense, por exemplo, anunciou uma nova parceria com a Puma, encerrando seu vínculo com a Umbro. Essa mudança ocorreu após longas negociações, tendo a Nike como concorrente. Assim, a Puma consolida sua presença na elite do futebol brasileiro, onde já veste equipes como Palmeiras, Bahia e Red Bull Bragantino.

Mas o movimento não para por aí. O Vasco também fez mudanças significativas ao finalizar sua parceria com a Kappa, firmando um contrato de sete anos com a Nike. Essa negociação é uma das mais extensas no Brasil, refletindo a busca por acordos que reflitam o peso e a tradição dos clubes. O Atlético Mineiro segue a mesma tendência e, a partir da próxima temporada, deixará a Adidas para também se aliar à Nike, alinhando essa decisão à nova estratégia de gestão do clube.

Outro clube que está no caminho de mudanças é o Grêmio. Embora ainda não tenha feito um anúncio oficial, a expectativa é que, em janeiro de 2026, o time mude para a New Balance, buscando ampliar sua presença em mercados ainda inexplorados.

Trocas Que Movimentam o Mercado

Entre os clubes que subiram de divisão, destaca-se o Remo, que permanece com a Volt, uma fornecedora brasileira. A Volt, que também atende a outros dez clubes, renovou seu contrato com o time paraense, refletindo a boa fase vivida e o engajamento da torcida. O sócio diretor da Volt Sport, Fernando Kleimmann, enfatiza a importância dessa parceria e como a ascensão do Remo à elite pode impulsionar ainda mais as vendas.

Contratos Que Chamam Atenção

O aquecimento do mercado de materiais esportivos pode ser evidenciado pelos acordos firmados pelas equipes com maior torcida no Brasil. O Corinthians, por exemplo, renovou o contrato com a Nike até 2035, com cifras que podem alcançar até R$ 59 milhões anualmente. Entretanto, os valores ainda ficam aquém do que se vê no Flamengo, que tem um acordo com a Adidas de R$ 69 milhões por ano, enquanto o Palmeiras recebe R$ 45 milhões anuais da Puma.

Comparativo Internacional

Infelizmente, mesmo com essas movimentações, especialistas alertam que os valores brasileiros ainda estão muito distantes dos praticados na Europa. Bruno Brum, CMO da Agência End to End, destaca que a disparidade reflete o tamanho do mercado global de cada clube. Enquanto os times europeus vendem camisas mundialmente e têm uma produção diversificada, o futebol brasileiro ainda enfrenta dificuldades de distribuição e exploração do mercado interno.

Para se ter uma ideia, neste ano, o Barcelona assinou um dos maiores contratos da história do esporte, recebendo cerca de R$ 802 milhões por temporada da Nike. O Real Madrid também está em uma posição forte, com um acordo de R$ 758 milhões anuais com a Adidas. Outros gigantes como Manchester City e Manchester United estão acima da marca dos R$ 600 milhões.

O Cenário das Seleções

Nas seleções, o mesmo padrão se repete. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) renovou seu contrato com a Nike até 2038, com um valor fixo de R$ 608 milhões por ano. Com bonus e royalties, esse total pode chegar perto de R$ 900 milhões. Essa cifra está à altura de acordos renovados pelas seleções da Alemanha e da França.

A Evolução do Mercado

Para Fábio Wolff, sócio diretor da Wolff Sports, a transformação no Brasil não acontece por acaso. Ele observa que, ao longo das décadas, os contratos de fornecimento de materiais esportivos não refletiam a grandeza dos clubes. A valorização das marcas e a concorrência acirrada agora estão fazendo com que esses acordos sejam mais justos e proporcionais ao tamanho das agremiações.

Um Mercador em Ascensão

Essas movimentações no mercado são evidências claras de um setor em transformação. Com clubs brasileiros se tornando cada vez mais conscientes de seu valor comercial, 2026 pode muito bem ser o ano de uma nova era para os contratos de fornecimento de materiais esportivos.

É um momento de grande potencial. Embora a disparidade com a Europa ainda exista, a crescente competitividade indica que esses acordos estão se firmando como uma das principais fontes de receita dos clubes brasileiros.

Considerações Finais

Os próximos anos serão crucial para o desenvolvimento do mercado de materiais esportivos no Brasil. A busca por novos parceiros, acordos mais robustos e o crescente engajamento das torcidas dão bases para um futuro promissor.

A evolução do futebol brasileiro, refletida em suas marcas e contratos, pode provocar mudanças que beneficiarão não apenas os clubes, mas também os torcedores e o setor como um todo. Assim, ao olharmos para 2026, podemos nos perguntar: qual será a próxima grande mudança no cenário esportivo nacional? Com certeza, a história ainda está sendo escrita e as surpresas estão apenas começando.

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