quinta-feira, novembro 13, 2025

72% dos Cariocas Veem Facções como Terroristas: O Que Isso Revela sobre a Segurança no Rio?


A Opinião dos Cariocas sobre Facções Criminosas e Segurança Pública

Recentemente, uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest trouxe à tona um assunto que tem gerado intensos debates: a relação entre facções criminosas e terrorismo no Brasil. O levantamento, divulgado no dia 3 de outubro, revela que 72% dos moradores do Rio de Janeiro apoiam a ideia de tratar facções como organizações terroristas. Este dado ressoa em meio a uma tragédia que reabriu discussões sobre segurança pública, após uma operação policial nos complexos da Penha e do Alemão, em outubro, que resultou na morte de 117 pessoas.

Detalhes da Pesquisa

A pesquisa foi conduzida entre os dias 30 e 31 de outubro e contou com a participação de 1.500 eleitores fluminenses. Com uma margem de erro de 3 pontos percentuais e um nível de confiança de 95%, os resultados mostram que:

  • Apoio a equiparação com terrorismo: 72%
  • Contrários à proposta: 23%
  • Não souberam ou não responderam: 5%

Esses números indicam uma clara preocupação da população com a criminalidade, levando em conta a recente ação policial que chocou a sociedade.

Apoio Político e Ideologia

Um dos pontos mais marcantes da pesquisa é o suporte à proposta de equiparar facções criminosas a terroristas, que é mais forte entre determinados grupos políticos. Entre os entrevistados que se identificam como “direita não bolsonarista”, o apoio chega a impressionantes 95%. O apoio é significativo também entre:

  • Bolsonaristas: 91%
  • Independentes: 74%
  • Eleitores do PT (Lula): 49%
  • Esquerda não lulista: 36%

Esses dados instigam a reflexão sobre como diferentes ideologias percebem a segurança pública e o crescimento das ações violentas das facções.

Consequências da Violência

Além da equiparação das facções a grupos terroristas, os cariocas também expressaram sua opinião sobre outras questões cruciais. De acordo com a pesquisa,:

  • 85% dos respondents são a favor de aumentar as penas para homicídios a mando de facções.
  • 72% se opõem à flexibilização do acesso a armas de fogo.

Esses dados refletem uma demanda da população por medidas mais rigorosas contra o crime organizado, especialmente considerando que 82% acreditam que líderes de facções têm influência nas eleições de deputados, o que tornaria sua prisão rara. É notável, também, que 80% percebam que o verdadeiro poder dessas organizações reside nos bairros ricos e não nas favelas, um aspecto que merece reflexão.

Confiança na Segurança

Em meio a esse cenário alarmante, a confiança dos fluminenses na Polícia Militar aumentou de 65% em 2023 para 72% em 2025, o que é um sinal positivo. Por outro lado, as Forças Armadas continuam sendo as mais bem avaliadas, com 83% de aprovação, enquanto o Poder Judiciário está enfrentando um momento difícil, caindo de 67% para 61%.

Esse aumento na confiança na Polícia Militar é mais forte entre os eleitores de direita e independentes. Por sua vez, o Judiciário recebe melhor avaliação entre os segmentos da esquerda, o que pode indicar um descompasso nas expectativas da população em relação às instituições.

Movimento Antifacção no Congresso

Esses resultados surgem em um momento crucial, em que a pauta antifacção avança no Congresso. O governo federal tem apresentado um projeto de lei para aumentar as penas contra o crime organizado, mas se opõe à ideia de classificar facções como grupos terroristas. Essa oposição é alimentada pelo receio de que tal mudança poderia abrir espaço para sanções internacionais ou interferências externas nas ações de segurança pública, semelhante ao que já ocorre em outros países.

Reflexões Finais

À medida que a sociedade carioca debate questões tão complexas e urgentes, o papel das autoridades e instituições se torna mais relevante do que nunca. O desejo por segurança e justiça parece unificar vozes diversas, independentemente de filiações políticas. Agora, é importante que os cidadãos, as autoridades e os legisladores trabalhem juntos para enfrentar a realidade do crime organizado com soluções eficazes e respeitosas aos direitos humanos.

Neste ambiente de incertezas, convidamos você a refletir sobre como a segurança pública pode ser aprimorada em nosso país. Quais medidas você acredita que seriam mais eficazes? A discussão está apenas começando.

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