quarta-feira, junho 25, 2025

Klabin Revela Expectativa de Crescimento: 200 Mil Toneladas a Mais em 2025!


Unidade da Klabin Rio Negro - Divulgação - Klabin

A Klabin e Suas Expectativas para 2025

É com grande expectativa que a Klabin planeja aumentar sua produção em 200 mil toneladas até 2025, impulsionada por uma série de melhorias operacionais e a retomada de atividades em suas fábricas. Entre os principais fatores, a empresa destaca a implementação de novas máquinas nos últimos anos e a reativação de instalações essenciais.

Crescimento Através da Eficiência

Um dos motores desse crescimento será o aumento da produção das máquinas 27 e 28, localizadas em Orlândia, Paraná, que deverão somar cerca de 86 mil toneladas. Além disso, a previsão é de que a fábrica de reciclados em Paulínia, São Paulo, retome suas atividades no segundo trimestre de 2025, conforme revelado pelo diretor financeiro da Klabin, Marcos Ivo, durante uma apresentação a investidores.

Outro aspecto relevante é a fábrica de Monte Alegre (PR), que deverá operar sem interrupções para manutenção em 2025. Essa continuidade é estimada para gerar uma produção adicional de cerca de 30 mil toneladas em comparação a 2024.

“Com todas essas ações, esperamos uma produção incremental que ultrapasse as 200 mil toneladas em 2025 em relação ao ano anterior”, afirmou Ivo, demonstrando otimismo nas projeções da empresa.

Desafios e Endividamento

Esse aumento na produção será fundamental para a Klabin durante um período de redução de endividamento que está por vir. O presidente executivo da empresa, Cristiano Teixeira, destacou que o cenário atual é de incertezas que exigem uma abordagem mais conservadora. “Pretendemos mostrar, nos próximos anos, nossa capacidade de geração de caixa”, disse Teixeira.

Nos últimos anos, a Klabin investiu bilhões de reais para expandir sua capacidade produtiva. “Estamos vivendo um momento de colheita”, complementou o executivo. A estratégia inclui foco em tornar os lucros disponíveis para o desalavancamento da empresa.

Reavaliação da Política de Endividamento

Recentemente, a Klabin ajustou sua política financeira, reduzindo a relação entre dívida líquida e Ebitda de 4,5 vezes para até 3,9 vezes durante os ciclos de investimento. Adicionalmente, o prazo máximo para essa relação foi encurtado de 24 meses para 12 meses, e a distribuição de dividendos também foi revisada, passando de 15%-25% do Ebitda ajustado para 10%-20%.

Neste contexto, é relevante destacar que as units da Klabin enfrentavam uma queda de 1,45% no meio da tarde, enquanto o Ibovespa mostrava uma alta de 0,6%. Esses números refletem a volatilidade do mercado e a necessidade de adaptações contínuas.

Internacionalização e Oportunidades de Crescimento

Durante uma apresentação que contou com a presença de um dos maiores investidores do Brasil, Luiz Barsi, Cristiano Teixeira comentou sobre o potencial de crescimento da Klabin em um cenário repleto de incertezas. Ele enfatizou que o Brasil ainda oferece diversas oportunidades, principalmente nas áreas de plantio de eucalipto e pinus, acompanhadas pelo aumento no consumo de embalagens de papel, que ainda está aquém dos padrões europeus.

Teixeira garantiu que não há planos para internacionalizar a operação de maneira que comprometa a competitividade da empresa. “Todo nosso investimento em fibra e papel será realizado no Brasil”, afirmou, descartando qualquer grande aquisição nos próximos cinco a seis anos.

Após a desvalorização da dívida, a Klabin deverá focar em áreas de alta rentabilidade, como a produção de celulose fluff, matéria-prima essencial para produtos como fraldas. Teixeira mencionou que, caso a empresa decida investir nesse segmento nos próximos dois a três anos, a nova fábrica deve ter capacidade entre 600 mil e 800 mil toneladas.

Considerações sobre o Câmbio

Recentemente, a Klabin informou que suas projeções de investimentos e custos de produção devem se manter estáveis em 2025, com investimentos totalizando R$ 3 bilhões e custos de produção situados entre R$ 3,1 mil e R$ 3,2 mil por tonelada.

Em relação à oscilação do dólar, que atualmente se encontra acima de R$ 6, o diretor financeiro manifestou que 15% dos custos totais da Klabin estão dolarizados, e 25% do investimento em manutenção é impactado por essa flutuação cambial. “Uma variação de 10 centavos no câmbio representa um impacto de R$ 160 milhões no Ebitda”, complementou Marcos Ivo, ressaltando que a Klabin é uma exportadora.

Além disso, a empresa espera a entrada de recursos advindos da monetização de terras excedentes, parte do Projeto Platô, estimados em R$ 1,8 bilhão. Esse montante será essencial para acelerar ainda mais o processo de desalavancagem, que se encerrou no último setembro com uma alavancagem de 3,9 vezes em dólar.

Perspectivas do Mercado de Celulose

Orientando-se sobre o cenário do mercado de celulose, Alexandre Nicolini, diretor comercial, projetou uma estabilização nos preços para o primeiro trimestre de 2025 em comparação aos níveis do final deste ano. O fenômeno deve-se à entrada em operação de novas fábricas, como a da Suzano em Mato Grosso do Sul, o que torna o mercado desafiador.

Embora a recuperação da demanda por celulose na China tenha superado as expectativas, os preços nessas regiões se mantêm estáveis em torno de US$ 540 a US$ 550 nos últimos meses. Nicolini ainda observou uma correção nos preços na Europa, indicando que o piso de preços foi alcançado nessas geografias.

“Esperamos que os preços se mantenham estáveis pelo menos até o primeiro trimestre”, finalizou Nicolini.

Oportunidades para o Setor de Embalagens

Dentro do âmbito das embalagens, Douglas Dalmasi, diretor do setor, elogiou o cenário favorável para a indústria de papel no Brasil. Ele acredita que, se a economia continuar avançando com baixo desemprego e crescimento de renda, as perspectivas permanecem otimistas. Isso sugere um espaço significativo para inovação e sustentabilidade no futuro da Klabin e de todo o setor de embalagens.

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