quinta-feira, março 13, 2025

Desvendando a Mobilidade Sustentável: Como o Mercado Livre Pode Transformar Nossas Cidades e Reduzir Emissões


A recente possibilidade de escolher o fornecedor de energia elétrica está transformando o cenário para concessionárias que administram ativos de mobilidade no Brasil, como aeroportos e rodoviárias. Cada vez mais, essas instituições estão aderindo ao mercado livre de energia.

Esse movimento tem ganhado força especialmente na área de aeroportos, impulsionado pela busca por energia renovável, uma resposta importante às metas globais de descarbonização do setor aéreo.

Lucas Harb, gerente comercial da Echoenergia, destaca que um dos aspectos que torna esse cliente peculiar são seus padrões de consumo. Enquanto aeroportos de grande porte operam continuamente, aqueles menores apresentam flutuações significativas na demanda por energia, o que requer uma abordagem diferenciada na gestão de seu fornecimento.

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Como sua empresa pode tirar proveito do mercado livre de energia

Para entender a real dinâmica de consumo e atender às necessidades específicas de cada aeroporto, é essencial uma análise detalhada da unidade consumidora. “Compreender a fundo o comportamento de consumo é fundamental para oferecer produtos e soluções adequadas”, explica Harb.

Exemplos Práticos: Belém e Macapá

A Echoenergia firmou um contrato de fornecimento de energia renovável no mercado livre com a Norte da Amazônia Airports, responsável pelos aeroportos internacionais de Belém (Val-de-Cans) e Macapá (Alberto Alcolumbre).

Juntos, esses aeroportos têm uma demanda de 1,64 megawatts médios (MWm). Ambos migraram para o mercado livre em outubro de 2023 e agora utilizam energia proveniente de fontes solares. A Echoenergia estima que essa migração permitirá que os terminais evitem a emissão de aproximadamente 4.245 toneladas de carbono anualmente.

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Marco Antônio Migliorini, diretor-presidente da Norte da Amazônia Airports, ressalta que o interesse na aquisição de energia renovável está alinhado aos preparativos para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30), que será realizada na região. Ele afirma: “O setor aeroportuário deve evoluir continuamente, integrando práticas e tecnologias que promovam a sustentabilidade”.

Iniciativas em Outros Aeroportos

A mesma abordagem tem sido implementada em aeroportos de Florianópolis (SC) e Vitória (ES), sob administração da Zurich Airport Brazil. Em maio de 2024, foi introduzido um sistema que possibilita a compra de eletricidade no mercado livre, assegurada por certificados de fontes renováveis, especificamente para abastecer aeronaves em solo. Essa inovação resultará na redução do uso de querosene e de geradores a diesel.

Estimativas apontam que essa iniciativa poderá evitar a emissão de cerca de 1.300 toneladas de carbono anualmente no aeroporto de Florianópolis e aproximadamente 1.200 toneladas em Vitória.

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O desenvolvimento dessa iniciativa teve o apoio da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear) e da Associação Brasileira de Aeroportos (ABR). Como destacou a presidente da Abear, Jurema Monteiro, “a jornada rumo à descarbonização no setor aéreo é um compromisso amplo, envolvendo tanto companhias aéreas quanto aeroportos”.

Além disso, projetos semelhantes estão em andamento no Aeroporto Internacional de São Paulo (Guarulhos), além de outras cidades como Brasília, Porto Alegre e Fortaleza, todos atendidos pela Engie. É importante frisar que a busca por descarbonização não se restringe apenas aos aeroportos sob concessão privada, mas também se estende às unidades operadas pela Infraero.

Oportunidades nas Rodoviárias

O executivo da Echoenergia aponta que existe um enorme potencial de migração para o mercado livre de energia entre as rodoviárias do Brasil. De acordo com Harb, muitos terminais rodoviários terão a capacidade de migrar para esse ambiente a partir de janeiro de 2024, quando a liberação para todos os consumidores de alta tensão (grupo A) estiver em vigor.

“Há oportunidades reais, e vários terminais rodoviários poderiam já estar se beneficiando dessa mudança”, afirma.

Portanto, a transição para o mercado livre de energia não está apenas repleta de benefícios econômicos e ambientais, mas também representa uma evolução significativa na forma como os aeroportos e rodoviárias operam, buscando soluções sustentáveis e eficazes.

A adesão a fontes renováveis e a migração para o mercado livre de energia abre um novo horizonte, não só para a redução de custos operacionais, mas também para a contribuição a um futuro mais sustentável. A pergunta que fica é: sua empresa está pronta para embarcar nessa jornada de transformação?

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