Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
Desinformação como Estratégia: A Lavagem de Informação do PCCh
Segundo informações recentes do FBI, o Partido Comunista Chinês (PCCh) tem feito uso de técnicas sofisticadas para disseminar informações falsas nos Estados Unidos, um processo que se tornou alarmantemente comum. A essa prática, o FBI dá o nome de “lavagem de informação”.
Esse fenômeno se caracteriza pela propagação de informações inverídicas pela internet até que sejam aceitas por veículos de comunicação de maior prestígio, como explicou um porta-voz do escritório do FBI em Los Angeles ao Epoch Times. “É um mecanismo que temos observado com frequência”, relatou.
Desinformação: O Mecanismo se Revela
De acordo com Ronald Rychlak, professor de Direito na Universidade do Mississippi e especialista em táticas soviéticas de desinformação, a lavagem de informações é uma componente crítica da desinformação. “Esses métodos são fundamentados na credibilidade. A desinformação não é válida se for proveniente do governo comunista chinês”, afirmou.
Rychlak enfatiza que, para ser eficaz, a desinformação deve ser divulgada através de múltiplas fontes, em vez de surgir diretamente de um único ponto. “Você não pode simplesmente enviar uma história para grandes jornais e esperar que ela seja publicada. É necessário que a informação apareça em várias plataformas”, destacou ele.
Construção da Narrativa
A antiga tática soviética para espalhar informações enganadoras envolvia a utilização de publicações do setor, revistas locais e jornais norte-americanos que buscavam conteúdo. O resultado é que, em pouco tempo, a informação pode ser repetida por fontes consideradas confiáveis, passando a ser vista como válida.
“As narrativas iniciais podem não ter status de desinformação, mas servem para preparar o cenário”, explicou Rychlak. Uma vez que a história se instala, gradualmente, jornalistas podem se ver predispostos a considerar essa narrativa falsa como verdadeira.
“O repórter pode acreditar que está apenas atuando como um bom jornalista, enquanto na verdade está sendo guiado por informações manipuladas.”
, professor de Direito da Universidade do Mississippi
A infiltração da narrativa enganosa nas redações se torna um desafio para a integridade do jornalismo.
A Guerra da Informação: Táticas do PCCh
Nicholas Eftimiades, um veteran da CIA e especialista em operações internacionais do PCCh, refere que a lavagem de informações é parte de um conjunto de “operações secretas de influência”. Ele sublinha a relevância dessas táticas, que visam instalar autoridades que adotem políticas favoráveis ao regime chinês.
“A manipulação é uma prática comum, sempre discreta, refletindo a abordagem astuta e paciente do Partido”, observou Eftimiades. Enquanto autoridades americanas visitam a China, as operações de influência se tornam mais sofisticadas, criando uma impressão de que tudo parece natural.
Construindo Influência a Longo Prazo
A técnica de influência começa com o design de visitas cuidadosamente orquestradas, envolvendo encontros que moldam a percepção dos visitantes. Eftimiades comentou que essas interações acumuladas podem ser decisivas para uma mudança de opinião.
Os indivíduos influenciados pelo PCCh frequentemente se tornam peças involuntárias em um jogo maior, sem perceber que estão ajudando a reforçar a propaganda do regime. Este é um processo meticuloso que exige tempo e paciência.
A Internet: Um Canal de Propagação Rápido
A era digital tornou a lavagem de informações muito mais fácil. Rychlak observa que “com o uso de mídias sociais, se pode facilmente criar múltiplas fontes falsas, lançando informações manipulativas que são rapidamente disseminadas.”
Esta astúcia nas estratégias permite que a desinformação se propague antes que qualquer investigação ética possa ser feita.
Objetivos Estratégicos do PCCh
O objetivo primordial das operações do PCCh é desestabilizar os Estados Unidos por meio de desinformação, com impactos claros em questões políticas e econômicas. As prioridades do Partido incluem garantir fluxos de investimentos para a China e lidar com questões geoestratégicas, como a situação de Taiwan.
Os alvos preferenciais do PCCh incluem ativistas da democracia, tibetanos, uigures, cristãos clandestinos e praticantes do Falun Gong, principalmente em solo americano.
“O Falun Gong tem sido eficaz em evitar a infiltração do PCCh, e por isso, o Partido os persegue de forma cada vez mais agressiva.”
, CEO da BlackOps Partners
Desde que o PCCh lançou uma campanha em 1999 para erradicar o Falun Gong, a perseguição e abusos em massa têm sido uma realidade alarmante, muitas vezes resultando em prisões e até mesmo em assassinatos para extração de órgãos.
Resistência e Resiliência
No meio de tanta pressão, os praticantes do Falun Gong têm se mobilizado para aumentar a conscientização sobre as violações de direitos humanos, utilizando arte e cultura através da companhia Shen Yun. Entretanto, eles enfrentam ataques incessantes, incluindo ameaças físicas e campanhas de difamação.
Operações Globalizadas e Desafios Futuros
A crescente conscientização sobre as atividades do PCCh também acende um alerta nas autoridades. O FBI, ao mencionar a lavagem de informações do PCCh, destaca a urgência de agir contra essas operações. “Estamos começando a entender a profundidade e a complexidade das táticas utilizadas”, ressaltou Eftimiades.
É evidente que uma mudança de paradigma é necessária para lidar com a desinformação. Rychlak adverte que “o verdadeiro problema sempre foi a implantação de informações falsas”, e que as agências precisam se equipar melhor para combater essa ameaça.
Cooperação e Retaliação Necessárias
A resposta ao PCCh deve ser coordenada, envolvendo aliados globais e um entendimento profundo das operações do Partido. Eftimiades aponta que os membros do governo precisam de suporte ao avaliar com quem estão interagindo, especialmente no contexto da comunidade sino-americana, que pode ser influenciada pela Frente Unida do PCCh.
A legislação também deve evoluir para acompanhar as novas dinâmicas no espaço informacional, conforme indicado por Eftimiades, de modo que os canais de influência sejam reconhecidos e tratados adequadamente.
“Se você aceitar influência estrangeira, isso pode ser considerado traição”, concluiu Fleming, lembrando que estamos, de fato, enfrentando uma guerra em múltiplos níveis.
Portanto, a luta contra a desinformação do PCCh se torna um pacto coletivo, onde a educação, a retaliação e a estratégia precisam ser aprimoradas para proteger os interesses americanos e garantir um futuro mais seguro.