No início de 2024, as ações de bancos têm despertado o interesse dos investidores, especialmente agora que estamos na temporada de divulgação de resultados do quarto trimestre. Na quarta-feira (6), os olhos estavam voltados para os balanços do Itaú Unibanco (ITUB4) e do Santander (SANB11), enquanto na sexta-feira (7) o Bradesco (BBDC4) conta sua história.
Após um terceiro trimestre robusto para os principais bancos brasileiros, mesmo em um contexto desafiador, as expectativas para os resultados dos últimos meses de 2024 eram otimistas. O desempenho financeiro que veio a público mantém a linha do que se esperava, sem grandes surpresas.
O Itaú Unibanco apresentou um lucro recorrente gerencial de R$ 10,884 bilhões no quarto trimestre, um aumento de 15,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado confirmou as previsões do mercado, que aguardava um lucro próximo de R$ 10,89 bilhões, conforme dados da LSEG.
O Santander, por sua vez, reportou um lucro líquido gerencial de R$ 3,855 bilhões no último trimestre, marcando um crescimento impressionante de 74,9% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior e um aumento de 5,2% em comparação ao terceiro trimestre.
Perspectivas para 2025: O que podemos esperar das ações dos grandes bancos?
O panorama para o setor bancário em 2025 promete ser tanto desafiador quanto repleto de oportunidades. De acordo com Matheus Lima, analista de investimentos e sócio da Top Gain, as instituições financeiras têm conseguido manter seus lucros elevados, mesmo com a alta das taxas de juros. Contudo, é prudente ficar atento aos riscos que podem surgir.
Ele alerta: “O tempo que os juros permanecerem elevados é uma preocupação crescente. Juros altos podem ser um grande obstáculo para os empreendedores, resultando no fechamento de empresas e, potencialmente, numa nova onda de recuperações judiciais que impactaria os bancos credores.”
Apesar dessas preocupações, Lima mantém uma visão otimista para o setor, classificando-o como um dos mais resilientes da economia brasileira. “É um setor fundamental e que se adapta bem a crises”, enfatiza.
Entretanto, o ambiente de juros elevados representa um conjunto de desafios adicionais. As projeções apontam para uma possível alta na taxa Selic, que pode atingir até 15% ao ano em 2025. Isso pode afetar tanto a demanda por crédito quanto os níveis de inadimplência.
“À medida que os juros sobem, o esperado é que a economia desacelere, resultando em uma diminuição na busca por empréstimos e dificultando a manutenção daqueles já existentes, o que pode provocar um aumento nas inadimplências e na necessidade de renegociações de dívidas”, pondera Lima.
Apesar de todos esses desafios, o especialista acredita que os grandes bancos brasileiros estão bem preparados para enfrentar a situação. Isso pode não só minimizar os impactos negativos como também abrir novas oportunidades para as ações dos bancos nos próximos meses. “Essa é uma situação que não é nova para a economia brasileira; os bancos já têm experiências com esses cenários e devem estar prontos para adaptação frente a este novo contexto de juros altos”, conclui.
Portanto, se você está considerando investir em ações de bancos, é importante acompanhar os desdobramentos e entender como essas instituições estão se posicionando. Agora, mais do que nunca, preparar-se e se informar pode ser o diferencial para quem deseja aproveitar as oportunidades que surgem no mercado financeiro.
Olhando para o futuro, é essencial refletir sobre qual será sua estratégia de investimento e como as mudanças nas taxas de juros poderão impactar o cenário econômico e suas decisões financeiras. Você está pronto para surfar essa onda?
Essas informações não são apenas dados: elas são convites para que você entenda mais sobre o que acontece no mundo financeiro. Compartilhe suas opiniões, faça suas perguntas nos comentários e não hesite em buscar cada vez mais conhecimento sobre o universo bancário e suas possibilidades!
