sexta-feira, março 14, 2025

Revelações de Ex-Engenheiro Militar Chinês: Como a China Depende de Imitadores da Tecnologia Ocidental


Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

Desvendando a Indústria Militar Chinesa: O Que um Ex-Engenheiro Revela

Recentemente, um ex-engenheiro da indústria militar da China expôs um lado pouco falado dos processos de produção e dos designs de armamentos do país. Zhao Jie, que conta com mais de uma década de experiência na fabricação de produtos militares, afirmou que o complexo militar-industrial da China não é tão imponente quanto muitos imaginam e que, em caso de conflito com Taiwan, o Ocidente poderia interromper suas fontes de suprimento rapidamente.

Quem é Zhao Jie?

Zhao, hoje com 34 anos, imigrou para os Estados Unidos em 2023. Sua jornada começou em 2006, quando estudou programação de máquinas-ferramenta com controle numérico computadorizado (CNC) no Luoyang Locomotive Technician College. Desde sua graduação, em 2009, atuou na cidade de Luoyang, um importante centro industrial na província de Henan, dedicado ao processamento mecânico de produtos militares.

Luoyang, com sua rica história em indústrias pesadas, abriga diversas fábricas militares renomadas, como a Primeira Fábrica de Fabricação de Tratores e a Academia de Mísseis Aerotransportados da China, entre outras. Zhao trabalhou diretamente com produtos da Força Aérea Chinesa e participou de projetos significativos, como o helicóptero Z-10 e o jato de combate J-20.

O Que Motivou a Evolução da Indústria Militar Chinesa?

Uma das revelações mais impactantes de Zhao envolve a dependência da China em tecnologias importadas e a imitação de designs anteriores. Segundo ele, grande parte do progresso da indústria militar após o colapso da União Soviética se baseou na cópia de equipamentos soviéticos e ucranianos.

“A indústria militar chinesa realmente ganhou impulso após o colapso da União Soviética. Muitos equipamentos, como o caça Su-27 e submarinos da classe Kilo, foram adquiridos para fins de reprodução”, explicou Zhao, detalhando que sua antiga empresa foi incumbida de várias tarefas de reprodução.

Por exemplo, ele destacou como o Su-27 foi reproduzido como J-11, seguindo um processo de réplica 1:1, e sua equipe trabalhou em diversos componentes cruciais para o helicóptero Z-10.

A Realidade da Inovação na Indústria Militar Chinesa

Zhao mencionou sua surpresa ao encontrar compatriotas na diáspora que se orgulhavam das capacidades do exército chinês. “A tecnologia militar do PCCh é predominantemente fruto da imitação e da adaptação, com pouca inovação genuína. O que vemos como desenvolvimento é, em grande parte, resultado de importações e negócios no mercado negro”, comentou.

  • Dependência de Equipamentos Importados: 80% das ferramentas utilizadas são importadas do Ocidente.
  • Corrupção Estrutural: Desvios orçamentários comprometem a qualidade dos produtos militares.

A Corrupção e seus Efeitos

Outro aspecto alarmante abordado por Zhao foi a corrupção. Ele explicou que as verbas destinadas a pesquisa e desenvolvimento muitas vezes são desviadas, resultando em produtos que não atendem aos padrões necessários. Zhao relatou um incidente onde um helicóptero Z-10 caiu devido à utilização de um parafuso de baixa qualidade produzido por um fornecedor não qualificado, que não seguiu os processos de segurança adequados.

O Potencial de Golpes no Fornecedor Militar

Zhao também fez uma analogia contundente ao afirmar que a força militar do PCCh pode ser comparada a um “balão inflado”, impressionante à primeira vista, mas que facilmente pode se desfazer sob pressão. Ele observou que o sistema militar chinês é homogêneo e rígido, semelhante ao da antiga União Soviética, onde a concentração de recursos na força militar esconde deficiências fundamentais.

Implicações Futuras

Em um cenário de conflito, como uma eventual guerra contra Taiwan, Zhao acredita que o Ocidente possui a capacidade de cortar rapidamente as linhas de fornecimento à China, resultando em consequências catastróficas para sua indústria militar. “A maioria das máquinas-ferramentas avançadas, essenciais para a produção militar, vem do Ocidente. Se o fornecimento for interrompido, a capacidade militar da China sofrerá um duro golpe”, afirmou.

Considerações Finais

Zhao conclui que, para que a China se torne realmente competitiva no cenário militar, será necessário um investimento significativo em inovação real e não apenas em imitações. Ele ainda faz um apelo ao mundo ocidental para implementar estratégias mais rigorosas que limitem a transferência de tecnologia e materiais críticos para o PCCh.

“O PCCh pode sobreviver por um tempo, mas eventualmente, sem os suprimentos e a tecnologia ocidentais, terá dificuldade em manter sua atual capacidade militar”, finalizou Zhao, sugerindo que a corrupção, aliada à dependência tecnológica, pode muito bem acelerar o colapso do regime.

Na reflexão final, a perspectiva de Zhao Jie traz à tona a necessidade de uma discussão mais profunda sobre a verdadeira força militar da China e os mecanismos pelos quais ela depende contemporaneamente de tecnologias ocidentais, além de levantar questões sobre as consequências globais desse cenário. Como você vê a relação entre a China e suas capacidades militares frente à comunidade internacional?

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