quinta-feira, junho 26, 2025

Descubra as Decisões Cruciais do Federal Reserve na Reunião de Março: Impactos e Perspectivas Econômicas!


Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

O Federal Reserve (Fed) finalizou sua reunião de política monetária em 19 de março, optando por manter as taxas de juros inalteradas pela segunda vez consecutiva. Para muitos investidores, essa decisão de manter a taxa de política entre 4,25% e 4,5% já era esperada.

No entanto, o que realmente chamou a atenção dos mercados financeiros foram as projeções econômicas e os comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, durante a coletiva de imprensa que se seguiu à reunião. Charlie Ripley, estrategista sênior de investimentos da Allianz Investment Management, comentou que, enquanto a reunião trouxe algumas percepções sobre a visão do Fed em relação à economia, não houve grandes mudanças nas estratégias de abordagem.

Visão Geral das Projeções Econômicas

Durante a reunião, foi apresentado o Resumo das Projeções Econômicas, uma pesquisa trimestral que revela as expectativas dos membros do Conselho do Federal Reserve e dos presidentes dos bancos do Fed. Nesse resumo, as autoridades mantiveram suas previsões para a taxa de juros e indicaram que dois cortes nas taxas ainda são esperados este ano, reduzindo a taxa referencial dos fundos federais para uma mediana de 3,9%. Além disso, há a previsão de mais dois cortes em 2026 e 2027, com a taxa de política de longo prazo caindo para 3,1%.

Jerome Powell reafirmou que o Fed não hesitará em manter as taxas elevadas por mais tempo, se a economia dos Estados Unidos continuar a apresentar um bom desempenho. Ele destacou: “Se a economia continuar forte e a inflação não se aproximar de 2% de maneira sustentável, poderemos manter essa restrição ainda mais.”

Por outro lado, caso o mercado de trabalho enfrente uma desaceleração inesperada ou a inflação caia mais rapidamente que o previsto, o Fed está pronto para ajustar sua política. Contudo, embora a instituição tenha sugerido que a redução das taxas poderia ser retomada este ano, as projeções apontam para uma inflação superior à inicialmente estimada.

O índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE), que é o preferido do Fed, foi revisado de 2,5% para 2,7%, enquanto o núcleo do PCE, que exclui os preços de energia e alimentos, passou de 2,5% para 2,8%.

Powell ressaltou a falta de progresso no núcleo da inflação e destacou que o cenário é volátil, refletindo a influência das tarifas sobre os preços. Ele afirmou: “Estamos um pouco estagnados, sem progresso claro.”

Além disso, as expectativas de crescimento econômico foram reavaliadas, com a previsão de crescimento real do PIB sendo ajustada para 1,7%, abaixo da projeção de dezembro, que era de 2,1%. As previsões para 2026 e 2027 também foram revisadas para baixo, indo para 1,8%, 1% e 1,9%, respectivamente.

O Impacto das Tarifas e da Inflação

Um dos assuntos que dominaram a coletiva de 19 de março foi o impacto das tarifas na economia americana. Recentemente, pesquisas indicaram um aumento dos temores de inflação entre consumidores e empresas, e Powell afirmou que as tarifas são uma parte significativa dessas preocupações.

“Uma boa parte disso vem das tarifas”, comentou Powell, destacando a necessidade de distinguir entre a inflação decorrente de tarifas e a inflação geral. Ele também indicou que, embora o Fed esteja se aproximando de sua meta de inflação de 2%, as tarifas podem retardar o progresso.

O presidente do Fed acredita que, se a inflação persistir em 2025, não seria razoável esperar que os altos índices continuassem em 2026 ou 2027. “É importante considerar a possibilidade de que a inflação tarifária possa ser transitória, dependendo da expectativa de inflação”, disse ele, enfatizando que as previsões de inflação de longo prazo permanecem bem ancoradas.

Reflexões sobre a Recessão

À medida que as preocupações com a desaceleração econômica aumentam entre investidores e analistas, a situação está se tornando um tema recorrente em Wall Street. Recentemente, a Escola de Administração da UCLA Anderson lançou um “Relógio da Recessão”, e o Fed de Atlanta previu uma contração no primeiro trimestre. O Goldman Sachs, por sua vez, elevou suas estimativas sobre a possibilidade de recessão.

No entanto, Powell acredita que uma recessão é improvável. Ele afirmou: “Nós não fazemos previsões sobre isso, mas as análises externas geralmente indicam um pequeno aumento na possibilidade de uma recessão em um nível moderado.” Ele também lembrou que, com o passar dos anos, há uma chance histórica de uma em quatro que uma recessão prevista não ocorra.

Quando indagado sobre o risco de uma estagflação reminiscentes dos anos 70 — marcada por alta inflação, aumento do desemprego e estagnação econômica — Powell refutou essa comparação. “Não acredito que estejamos em uma situação remotamente comparável a essa”, garantiu.

Ajustes no Balanço Patrimonial

Em breve, o Federal Reserve iniciará uma mudança significativa na sua abordagem de redução do balanço patrimonial. O comitê anunciou que permitirá a retirada de apenas US$ 5 bilhões em títulos do Tesouro do balanço a cada mês, em vez dos US$ 25 bilhões anteriormente estabelecidos. Enquanto isso, as reduções dos títulos garantidos por hipotecas continuarão em US$ 85 bilhões mensalmente.

Powell esclareceu que essa decisão representa uma evolutiva mudança de estratégia, enfatizando que era um bom momento para essa alteração. O governador do Fed, Christopher Waller, apesar de apoiar a manutenção das taxas de juros, foi o único que se opôs à redução do balanço patrimonial.

Com a expansão do balanço patrimonial do Fed atingindo quase US$ 9 trilhões no auge da pandemia, a instituição já reduziu suas participações em cerca de US$ 2 trilhões desde março de 2022.

Expectativas para o Futuro

O grande desafio agora é saber se o Fed acionará o botão do corte nas taxas em maio. Powell reiterou que não há pressa para tomar uma decisão, pois o Fed está aguardando mais clareza em suas diretrizes políticas. Essa abordagem contrasta com declarações anteriores, nas quais descreveu que ainda não haviam discutido futuras reuniões.

Os mercados de futuros estão apostando que a flexibilização iniciada em setembro será suspensa novamente em maio, com os traders prevendo o próximo corte de um quarto de ponto na taxa em junho. “A reunião de março ilustra claramente o dilema que o Fed enfrenta em equilibrar as expectativas de crescimento e inflação”, observou Ripley.

Este ambiente de “sentar e esperar” demonstra as dificuldades que a instituição enfrenta para decidir em tempos de incerteza, reconhecendo que, em alguns casos, a melhor opção pode ser a inação.

A próxima reunião do FOMC ocorrerá em 6 e 7 de maio, e acompanharemos de perto como as decisões tomadas influenciarão a economia e o mercado.

Como sempre, é essencial que você, leitor, reflita sobre essas informações e considere como elas podem impactar suas decisões financeiras. O que você pensa sobre as políticas do Fed? Deixe seus comentários e compartilhe suas opiniões!

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