sexta-feira, junho 27, 2025

Revolução à Vista: CEO Revela Avanços Surpreendentes na Transformação das Casas Bahia!


A Transformação das Casas Bahia: A Jornada de Renato Franklin como CEO

Um Desafio Aceito

Dois anos atrás, Renato Franklin recebeu um convite que mudaria sua trajetória profissional: tornar-se o CEO do Grupo Casas Bahia (BAHI3). Para ele, essa não foi apenas uma honra, mas um dos maiores desafios de sua carreira. A Casas Bahia, uma marca amplamente reconhecida no Brasil, enfrentava sérios problemas financeiros, incluindo altos níveis de endividamento e dificuldades de caixa, resultado de uma série de operações que não se alinhavam com sua especialidade. “Vender móveis, eletrônicos e eletrodomésticos é o que sabemos fazer de melhor”, afirma Franklin durante sua participação no programa InfoMoney Entrevista.

Como outras empresas, a Casas Bahia tentou diversificar suas operações em um mundo pós-pandemia, explorando áreas como fintechs e marketplaces. Entretanto, com as taxas de juros em alta, a missão de Franklin se tornou mais clara: implementar disciplina na alocação de recursos, avaliando o retorno de cada investimento feito.

Reestruturando Dívidas e Buscando Eficiência

Após reestruturar R$ 4 bilhões em dívidas e trabalhar para melhorar o fluxo de caixa da empresa, Franklin ressalta que a transformação ainda está em andamento. Ele afirma que a companhia precisa continuar a melhorar sua eficiência operacional e a estrutura do capital. “Estamos quase na metade do caminho desta transformação, que deverá se concluir até o final do ano. O objetivo é reduzir a dívida pela metade e voltar à lucratividade”, explica.

Para saber mais sobre essa trajetória, assista à entrevista completa no vídeo acima ou confira os principais trechos a seguir.

O Desempenho como CEO: Reflexões e Desafios

InfoMoney: O senhor completou dois anos no cargo. Qual é sua avaliação desse período?

Renato Franklin: Estou satisfeito com a evolução, mas ainda temos desafios pela frente. Estamos quase na metade da transformação, que se estenderá até o fim deste ano. É um privilégio trabalhar em uma empresa com uma marca forte e uma infraestrutura logística única, mas a tentativa de diversificação pós-pandemia mostrou-se complicada.

Franklin reflete sobre a pressão que as grandes empresas enfrentam para atender todas as necessidades dos clientes, especialmente em tempos de crise. No entanto, ele entende que essa estratégia consome muitos recursos financeiros e que a empresa deve retornar ao que faz melhor.

“As grandes empresas enxergaram a oportunidade de diversificar, mas isso pode ser arriscado e custoso.”

A Nova Estratégia: Foco e Disciplina

Diante do cenário econômico desafiador e da necessidade de reestruturação, Franklin adotou uma abordagem mais disciplinada em relação à alocação de capital. A empresa começou a se concentrar em seus principais produtos — móveis, eletrodomésticos, celulares e televisores — áreas onde a Casas Bahia já tem uma forte presença no mercado.

“O e-commerce é importante, mas nossas lojas físicas garantem rentabilidade. Acreditamos que esse foco será o caminho para a recuperação e crescimento”.

Mudanças Estruturais e Sustentabilidade

Franklin também implementou mudanças significativas na estrutura organizacional, resultando na redução de quase 50% dos cargos de liderança. Essa estratégia visa tornar a empresa mais ágil e eficiente.

“O primeiro ano foi voltado para a redução de custos. Depois, começamos a fazer apostas mais seletivas, o que nos permitiu renegociar nossas dívidas com maior segurança”.

Sobre a reestruturação da dívida de R$ 4 bilhões, Franklin menciona que conseguiram manter a confiança dos credores e melhorar as operações, culminando em um fluxo de caixa mais positivo do que o esperado até o final de 2023.

Olhando para o Futuro

Com um desempenho econômico melhorando, as vendas de lojas físicas subiram 17% e o crediário cresceu mais de 30%. A margem EBITDA alcançou os melhores níveis em anos. Contudo, os altos juros ainda impactam significativamente os resultados.

InfoMoney: Quando a Casas Bahia espera voltar a ser lucrativa?

Renato Franklin: Embora tenhamos uma data para nosso plano de negócios, não posso divulgá-la. O cenário macroeconômico apresenta desafios, mas estamos focando em gerar fluxo de caixa positivo em 2025. A expectativa é que, após a reestruturação e um gerenciamento mais eficiente, possamos discutir lucros no futuro, especialmente em 2026.

O Caminho para uma Capitalização Sólida

Franklin enfatiza que para garantir a solidez da estrutura de capital, é necessário uma combinação de crescimento operacional e uma abordagem rigorosa na gestão de passivos. Ele destaca três alavancas principais:

  1. Melhoria Operacional: Gerar caixa sustentável é fundamental.
  2. Resolução de Passivos: Uma gestão mais controlada das despesas trabalhistas.
  3. Monitoramento de Créditos Fiscais: Monetizando quase R$ 100 milhões por mês, essa prática promete aliviar a pressão financeira.

Além disso, a possibilidade de conversão da dívida em ações para os credores a partir de outubro de 2025 poderia ser uma solução vantajosa, tanto para a companhia quanto para os bancos.

Conclusão: Uma Novela em Andamento

A jornada de Renato Franklin à frente das Casas Bahia ilustra como a disciplina financeira e um foco renovado em operações-chave podem direcionar uma empresa tradicional para um futuro mais saudável. A transformação é um processo contínuo e, como afirma Franklin, “não haverá uma mágica de uma hora para outra”. Em vez disso, é necessário um trabalho constante de adaptação, eficiência e, principalmente, uma visão de longo prazo.

Convidamos você, leitor, a acompanhar a trajetória das Casas Bahia e a continuar a discussão sobre como transformações no varejo podem impactar o consumidor e o mercado como um todo. Compartilhe suas opiniões e experiências nos comentários.

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