segunda-feira, junho 23, 2025

Sobrevivendo à Tempestade: 6 Táticas Infalíveis para Prosperar em Meio a uma Guerra Comercial


Diante do cenário tumultuado e incerto provocado pela guerra comercial, as empresas que operam em cadeias globais de suprimentos enfrentam desafios quase intransponíveis para desenvolver estratégias de médio prazo. Para entender como elas estão se adaptando em tempos de crise, entrevistamos líderes de cadeia de suprimentos de diversos fabricantes e varejistas, tanto nos Estados Unidos quanto em outros lugares. As conversas revelaram uma série de ações que as empresas têm implementado para minimizar os impactos negativos em seus negócios e no bem-estar de seus colaboradores. A seguir, apresentamos seis medidas-chave que se destacaram nas entrevistas.

Comunicação Clara e Transparente

No contexto de tamanha incerteza, a comunicação honesta é fundamental. Lideranças que se mostram abertas sobre as mudanças na cadeia de suprimentos contribuem para reduzir o medo e a angústia entre os funcionários e parceiros. Algumas empresas têm optado por realizar reuniões gerais para discutir abertamente a situação, enquanto outras promovem diálogos diretos com fornecedores chave. Essa transparência ajuda não apenas a construir confiança, mas também a alinhar esforços em prol de um objetivo comum.

Reorganização da Estrutura Operacional

Uma das estratégias mais eficazes tem sido reativar uma “sala de guerra”, um espaço criado durante a pandemia de Covid-19, onde especialistas de diferentes áreas como finanças, marketing e engenharia se reúnem para analisar os custos e sua relação com as tarifas importadas. Esse olhar detalhado permite que as empresas compreendam melhor como as tarifas impactam produtos específicos e locais. Ao se prepararem para essas mudanças, como fez um fabricante de alimentos que aumentou seu pedido de ingredientes sensíveis a tarifas, elas se colocam um passo à frente.

Ajustes nas Formulações de Produtos

Outra alternativa encontrada pelas empresas foi a revisão dos materiais utilizados em seus produtos. Analisando o custo de cada insumo à luz das tarifas, foi possível identificar opções que pudessem gerar economia. Um exemplo curioso vem de um fabricante de médio porte que modificou a composição de um produto, aumentando o alumínio em detrimento do aço. Dessa forma, ele conseguiu reclassificar o item, reduzindo significativamente a carga tributária, já que algumas especificações de produtos são isentas de tarifas.

Novas Localizações de Produção

A troca de localização dos centros de produção também se mostrou uma estratégia viável. Vários fabricantes estão se movendo para assegurar operações em locais estratégicos que evitem tarifas mais elevadas. Um exemplo é a importação de produtos semiacabados para montagem e embalagem em armazéns próximos ao consumidor final. Além disso, uma empresa abriu instalações em ambos os lados da fronteira EUA-México, garantindo agilidade para lidar com as flutuações tarifárias.

Aproveitando o Agrupamento de Produtos

A estratégia de agrupar produtos pode ser uma solução criativa. A classificação tarifária de itens embalados juntos pode ser um terreno fértil para economizar. Um fornecedor de varejo conseguiu reclassificar um item ao transformá-lo em um pacote de presente com a adição de um cartão comemorativo. Isso permitiu que o produto fosse taxado menos severamente do que individualmente, mostrando que a criatividade pode ser uma chave para a redução de custos.

Foco em Parcerias Locais

Um fabricante consolidou uma parceria com fornecedores locais, uma estratégia que começou antes da guerra comercial, mas se mostrou extremamente valiosa. Com o objetivo de diminuir a dependência de fornecedores chineses, a empresa ofereceu apoio a um fornecedor americano com capital e espaço operacional. O resultado foi uma capacidade de atender à demanda e à produção de forma mais ágil e eficiente, sem os problemas de fornecimento enfrentados por muitos concorrentes.

Reinventar uma cadeia de suprimentos inteira em tempos de incerteza não é uma tarefa simples. É importante que as empresas se lembrem de que não estão sozinhas enfrentando essa tempestade. As decisões devem ser prudentes e alinhadas com o contexto atual — aqueles que se movimentarem de maneira moderada e focada, ao invés de esperar passivamente, terão mais chances de prosperar quando a turbulência diminuir. Com o olhar no futuro, é fundamental desenvolver ações que sejam sustentáveis, buscando não apenas sobrevivência, mas também crescimento real em um cenário de constante mudança.

Como as empresas têm se adaptado às adversidades da guerra comercial? Quais estratégias você acredita que são mais eficazes? Adoraríamos ouvir suas opiniões e experiências sobre esse assunto!

c.2025 Harvard Business Review Distribuído pela New York Times Licensing.

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