Agenda Econômica: Destaques do Dia
Nesta terça-feira, 1º de agosto, o Brasil e os Estados Unidos terão divulgações econômicas cruciais. O dia começa às 10h com a apresentação do Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial no Brasil, que fornece uma visão geral da atividade no setor manufatureiro. Além disso, o governo brasileiro vai ao Supremo Tribunal Federal (STF) em busca de anular a decisão do Congresso que rejeitou o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Eventos nos Estados Unidos
Em solo americano, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, fará um discurso às 10h30 que pode ser um indicativo do futuro da política monetária dos EUA. Aqui está um cronograma de atividades que devem chamar a atenção:
- 10h45: PMI final da indústria, referente a junho.
- 11h: Publicação de dados relevantes como gastos com construção de maio e o índice ISM da indústria. Também serão divulgados os dados sobre vagas de emprego abertas e desligamentos, conhecidos como Jolts.
Às 17h30, aguarde o relatório semanal de estoques de petróleo da American Petroleum Institute (API), que pode impactar os preços do petróleo de forma global.
Agenda Brasileira
O calendário político também está cheio nesta terça-feira. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá a apresentação de cartas credenciais do embaixador da Índia, Dinesh Bhatia, no Palácio do Planalto às 9h30. Outros compromissos incluem:
- 10h: Reunião com Marcos Rogério de Souza, secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil.
- 11h: Lançamento do Plano Safra 2025/2026.
Por sua vez, Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, se reunirá com representantes da Times Brasil e membros da Receita Federal. À tarde, ele terá encontros com o embaixador da Índia e representantes de órgãos governamentais às 14h e 17h, respectivamente.
Mercado Global e Expectativas Econômicas
Impacto das Tarifas Comerciais
Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, informou que tarifas comerciais podem ser elevadas entre 11% e 50% a partir de 9 de julho, caso as negociações atuais não avancem como esperado. Isso gerou nervosismo nos mercados globais, principalmente entre os países que estão sob condições “recalcitrantes”.
Além disso, os Estados Unidos irão retomar as negociações comerciais com o Canadá, após a revogação de um imposto que afetava companhias de tecnologia norte-americanas. Esse desenvolvimento é visto como um movimento positivo para diminuir as tensões comerciais na região.
Cenário Econômico Brasileiro
Dólar e Expectativas de Mercado
No final de junho, o dólar comercial sofreu uma queda de 0,91%, fechando a R$ 5,433, o que representa seu menor valor desde setembro de 2023. A moeda americana registrou uma desvalorização de 12,08% no semestre, impulsionada por novas perspectivas de acordos comerciais e dados fracos sobre o mercado de trabalho.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indicam uma desaceleração na criação de empregos. Isso pode resultar em uma pressão inflacionária mais moderada e beneficiar ainda mais o real.
Dívida Pública e Políticas Governamentais
O programa Voa Brasil, que visava oferecer passagens aéreas a preços acessíveis, ainda luta para decolar. Até maio, foram vendidas apenas 41.165 passagens, representando apenas 1,37% do prometido. As razões para essa baixa adesão incluem a limitação de voos e dificuldades de acesso à plataforma.
Além disso, o Ministério da Fazenda ainda busca maneiras de estender o programa a estudantes do Prouni, mas uma data para essa extensão ainda não foi definida.
Desafios Políticos e Diálogo com o Congresso
Questões sobre o IOF
Em um contexto político conturbado, o governo decidiu questionar judicialmente a derrubada do aumento do IOF. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou que a política de justiça social continuará, pressupõe-se que isso envolve fechar brechas que beneficiam os ricos.
“Haverá um trabalho contínuo para redistribuir renda, e isso não vai mudar”, disse ele, desafiando os críticos e colocando a responsabilidade sobre o Congresso.
O Clamor por Justiça Fiscal
Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria de Relações Institucionais, enfatizou a necessidade de taxar os super-ricos como uma solução para equilibrar as contas públicas. Para ela, as recentes medidas de cortes orçamentários têm pesado desproporcionalmente nos aposentados e nos mais pobres, aumentando a desigualdade social no Brasil.
O Impasse Legislativo e as Consequências
As tensões entre o Congresso e o Executivo se intensificaram após a derrubada do decreto do IOF. O presidente da Câmara, Hugo Motta, negou ter traído o governo e criticou o clima de polarização, afirmando que o presidente deveria atender ao país em vez de um partido político.
"Estamos em um momento onde precisamos de diálogo", destacou Motta. Entretanto, o governo está considerando judicializar a questão, criando expectativas de um embate que pode impactar a agenda governamental e as futuras eleições.
O Caminho a Seguir
Expectativas para o Futuro
A disputa pela derrubada do decreto do IOF não afeta apenas as finanças públicas, mas também reflete uma polarização crescente na sociedade brasileira. Com as eleições se aproximando, a situação certamente se tornará mais intensificada, colocando pressão sobre os candidatos e suas plataformas.
Lula tem reafirmado sua confiança em Gabriel Galípolo, o atual presidente do Banco Central, e acredita que ajustes nas políticas econômicas trarão melhores resultados no futuro.
Considerações Finais
O panorama econômico e político do Brasil e dos Estados Unidos está em constante evolução, e a atenção deve ser mantida nas próximas divulgações de dados e nas reações do mercado. À medida que o governo busca formas de equilibrar fins sociais e econômicos, o diálogo com o Congresso será mais essencial do que nunca.
Ao longo do dia, informações cruciais serão reveladas e que podem fazer toda a diferença nas direções que as políticas seguirão. Sejamos pacientes e observadores atentos, pois todos nós, de alguma forma, somos afetados pelas decisões que estão sendo tomadas.
E você, o que pensa sobre as políticas atuais? Como acredita que elas afetarão o futuro econômico do Brasil? Deixe suas opiniões nos comentários!