segunda-feira, julho 21, 2025

Revolução à Vista: O Que os CEOs Prevêem para o Futuro das Bebidas Após 2025


Foto: Lucas Ninno/Getty

Transformações profundas no mercado de bebidas

O ditado diz que você pode levar um homem até a água, mas não pode forçá-lo a bebê-la — exceto, é claro, se a bebida tiver uma marca chamativa, nutrientes interessantes ou for livre de glúten, aparentemente.

A Revolução no Setor de Bebidas

A indústria de bebidas passou por uma revolução significativa na última década. O que antes era dominado por gigantes como Coca-Cola e Pepsi agora abriga novos players que estão redefinindo as expectativas dos consumidores em relação a sabor e experiência.

No passado, inovações eram tão simples quanto adicionar um toque de essência a uma bebida ou lançar uma versão exclusiva para um mercado específico. Mas o tempo se mostrou um grande aliado para a criatividade. O que observamos agora é um mercado repleto de alternativas vibrantes e criativas, que vão muito além das opções tradicionais.

Marcas como Liquid Death, Olipop e Poppi estão trazendo um colorido novo às prateleiras, com consumidores ávidos por experimentar alternativas aos refrigerantes tradicionais, gerando empresas bilionárias no processo. O corredor de bebidas hoje é quase irreconhecível quando comparado a uma década atrás.

As marcas estabelecidas agora competem lado a lado com bebidas funcionais, opções não alcoólicas e produtos voltados para o bem-estar — categorias que nem existiam há alguns anos e que hoje fazem parte do nosso cotidiano.

A Ascensão das Bebidas Não Alcoólicas

Durante muito tempo, o setor de bebidas não alcoólicas foi visto como um periférico — quase um incômodo para bartenders ao redor do mundo. Se você não consumia álcool, quais eram suas opções? Água, refrigerante ou algo ainda menos inspirador, como uma versão diluída dos drinks tradicionais.

Essa realidade, no entanto, mudou drasticamente. As cervejas artesanais sem álcool e as águas gaseificadas com lúpulo estão agora prosperando, muito além das expectativas de uma década atrás, quando discutíamos se as cervejas light seriam aceitas em um mercado tão competitivo.

Jordan Bass, CEO da HOPWTR, testemunhou essa evolução e fez parte dela. Sua empresa lançou uma água com gás infusionada com lúpulo, capaz de capturar a refrescância de uma cerveja, mas sem o teor alcoólico. “80% dos consumidores buscam funcionalidade em suas bebidas diárias, e um número crescente procura sabores que não os façam sentir pesados,” explica Bass.

Os números reforçam essa tendência: segundo a Grand View Research, o setor de bebidas não alcoólicas crescerá a uma taxa de 7,4% ao ano até 2030, quase equivalente aos 9,3% esperados para as bebidas alcoólicas.

Tendências como “sober curious” entre os jovens adicionam uma nova perspectiva ao consumo, sugerindo que a moderação está se tornando um estilo de vida — e alguns especialistas acreditam que as bebidas alcoólicas podem seguir o mesmo caminho que o tabaco.

Essa mudança gerou uma nova categoria de bebidas não alcoólicas que inclui desde águas saborizadas até destilados artesanais sem álcool. Lojas especializadas surgiram, como a Minus Moonshine em Williamsburg, Nova York.

O Futuro do Vinho e Seus Desafios

Mesmo com o crescimento das bebidas não alcoólicas, as categorias tradicionais de álcool, como o vinho, ainda exercem influência significativa, mas enfrentam desafios únicos — que vão desde tarifas a uma demanda em queda.

Previsões indicam que o mercado de vinhos pode ter enfrentado uma redução de até 5% em volume em 2024, após uma queda de 3% em 2023. A estabilidade é esperada, mas a pressão para inovar nunca foi tão forte.

Roger Nabedian, ex-vice-presidente da E&J Gallo Winery, vê uma transformação no setor vinícola, impulsionada pela mudança no comportamento do consumidor. Um dos principais elementos é a distribuição.

O modelo tradicional de três camadas de distribuição nos Estados Unidos (produtor, distribuidor e varejista) está se tornando um obstáculo, especialmente para vinícolas menores. Inovações como a venda direta ao consumidor (DTC) estão se consolidando como uma necessidade.

Além disso, a tecnologia, como a inteligência artificial, está revolucionando a viticultura, promovendo métodos de agricultura de precisão que otimizam a sustentabilidade e eficiência das vinícolas.

Bebidas Funcionais: O Novo Ponto de Virada

Recentemente, a preocupação dos consumidores com a saúde está moldando a indústria de bebidas, levando à ascensão de produtos inovadores e funcionais.

Exemplos como a marca Brez estão na vanguarda de bebidas que não apenas estimulam a cognição, mas também oferecem alternativas saudáveis ao álcool. Aaron Nosbisch, CEO da Brez, aponta que, mais do que uma postura “anti-alcool”, as marcas devem comunicar claramente os benefícios de suas propostas.

  • Acessibilidade: Essas bebidas, antes restritas a lojas especializadas, agora estão em supermercados e até postos de gasolina.
  • Variedade: Os consumidores estão em busca de alternativas que não apenas substituam o álcool, mas que também ofereçam experiências únicas e melhores.

À medida que 2025 se aproxima, o setor de bebidas está em uma encruzilhada. O foco nas opções “melhores para você” se tornará a norma, criando um leque de escolhas mais amplo e variado para os consumidores. As marcas que melhor compreenderem e se adaptarem a essa nova realidade estarão em melhores posições no mercado futuro.

Imaginemos como será o futuro das bebidas: um espaço onde a escolha do consumidor prevalecerá, e as marcas respondam a essa demanda de forma ágil e criativa. O domínio do duopólio de refrigerantes está dando espaço a uma ampla gama de alternativas, com cada segmento evoluindo rápida e eficazmente.

Está claro que estamos em um momento de transformação. O que espera por nós na próxima década? Vamos continuar a observar como esse cenário se desenvolve e como as preferências dos consumidores moldam o futuro das bebidas que consumimos.

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