Explorando as Profundezas: A Influência da Filantropia na Ciência Marinha
Uma Descoberta Inesperada
Recentemente, uma expedição em águas profundas, na costa da Argentina, revelou florestas de corais exóticos, estrelas-do-mar em cores vibrantes e diversas espécies até então desconhecidas. Este marco científico não se deu apenas pela tecnologia avançada ou pelas condições climáticas favoráveis, mas, sobretudo, pelo apoio de Wendy Schmidt e do Instituto Oceânico Schmidt (SOI).
O Papel Transformador de Wendy Schmidt
Martín Brogger, um biólogo marinho que participou da missão, destaca que “essa expedição seria impossível sem o Instituto Oceânico Schmidt”. Ele estima que o tempo de viagem, a equipe, os equipamentos e a tecnologia fornecidos pelo SOI representem um valor em torno de 1,5 milhão de dólares. Para uma pesquisa de tal magnitude, o suporte privado é inestimável, especialmente em um cenário onde o financiamento público é escasso.
Como Funciona o Modelo do SOI
- Colaboração Aberta: Os cientistas têm sua pesquisa compartilhada com o público, promovendo um intercâmbio transparente de conhecimentos.
- Apoio Sustentável: O instituto permite que a ciência seja realizada em grande escala, algo raro na Argentina devido à infraestrutura limitada nesse setor.
“É sobre ciência à serviço de todos,” afirma Schmidt. A iniciativa do SOI não apenas abre portas para novos conhecimentos, mas também solidifica um caminho na filantropia climática global.
A Filantropa e Seu Compromisso com o Clima
Wendy e seu marido, Eric Schmidt, ex-CEO do Google, têm direcionado parte significativa de sua fortuna bilionária para iniciativas ambientais. Com mais de 450 milhões de dólares investidos no SOI, ela está na linha de frente da luta contra os desafios climáticos, especialmente em tempos políticos adversos.
Ela afirma: “Estamos fazendo o que sempre fizemos, mas a urgência é maior agora.” Com a série de retrocessos no financiamento científico, o papel de filantropos como Wendy se torna ainda mais vital.
Ampliando Horizontes
Em resposta às crescentes adversidades, Wendy adota uma abordagem pró-ativa. Em vez de reduzir suas iniciativas, ela prolonga os programas existentes e acelera cronogramas. Isso se reflete em sua inclusão na lista de Líderes em Sustentabilidade da Forbes 2025, um reconhecimento a 50 indivíduos que fazem a diferença na luta contra a mudança climática.
Dra. Gretchen Goldman, presidente da Union of Concerned Scientists, ressalta que a contribuição de Wendy “mantém áreas inteiras vivas.” O suporte ao monitoramento climático e à comunicação científica é um exemplo claro de como a filantropia pode preencher lacunas deixadas pelo financiamento público.
O Impacto das Expedições
Desde a fundação do SOI em 2009, Wendy tem sido uma força motriz em pesquisas oceânicas. Foram cerca de 50 novas espécies descobertas, mais de 1.400 cientistas apoiados e milhares de horas de transmissões ao vivo de expedições. Um destaque foi a recente missão na Argentina, que viralizou nas redes sociais, alcançando mais de 19 milhões de visualizações. O entusiasmo gerado permitiu que muitos jovens argentinos vissem, pela primeira vez, a riqueza marinha de seu próprio país.
“Essa visibilidade é rara. Faz a ciência parecer real e relevante,” afirma Brogger, destacando o impacto emocional e educativo que essas expedições podem ter.
A Necessidade de Financiar a Pesquisa Marinha
A pesquisa marinha frequentemente enfrenta dificuldades em captar recursos. Contudo, por meio de diversas iniciativas — como o SOI, Schmidt Futures, e outras — Wendy desempenha um papel essencial em garantir que projetos relevantes não sejam abandonados. Suas doações contribuem para a modelagem climática, monitoramento da biodiversidade e ferramentas para coleta aberta de dados.
Por que o Oceano é Vital?
Wendy entende a importância do oceano para o equilíbrio climático e a biodiversidade global. Segundo ela, “o oceano controla nosso tempo e clima” e, embora fundamental, ainda é um dos aspectos menos compreendidos do nosso planeta. “Precisamos entender todo o sistema para protegê-lo.”
Apoio à Ciência de Forma Sustentável
A singularidade do apoio de Wendy Schmidt reside na sua abordagem holística. Dr. Frederik Richards, um dos primeiros beneficiários de sua bolsa, destaca como o financiamento e o ambiente encorajador a permitiram expandir seus horizontes científicos. Ele enfatiza: “Essa bolsa mudou tudo. Me deu permissão para correr riscos.”
Com valores que chegam a 110 mil dólares, a bolsa para ciência estimula a colaboração interdisciplinar, gerando avanços significativos. Além disso, a Fundação da Família Schmidt tem investido em iniciativas que antes contavam com financiamento governamental, como a Curva de Keeling, responsável pelo monitoramento de CO₂.
A Necessidade de Colaboração entre Filantropia e Setor Público
No entanto, Wendy é clara ao apontar os limites do investimento privado. “Podemos financiar o trabalho, mas não podemos fazer isso sozinhos,” ela afirma. Para que a ciência tenha um impacto duradouro, é crucial que os governos se reengajem em políticas de apoio à pesquisa e à sustentabilidade.
Um Chamado à Ação
Wendy destaca que é vital ajudar as pessoas a compreenderem a importância do que está em jogo: “As pessoas protegem o que entendem.” Através do investimento em narrativas investigativas e educação científica, ela vislumbra um futuro onde o compromisso com a sustentabilidade seja uma prioridade coletiva.
Criando um Futuro Sustentável
A visão de Wendy para a filantropia não se limita a financiar projetos isolados, mas busca construir uma infraestrutura sólida que promova a colaboração e a ciência. Com este propósito, a expedição na Argentina se tornou um símbolo de esperança, mostrando que, mesmo em tempos difíceis, a união entre ciência e filantropia pode transformar realidades.
O que você acha do papel da filantropia na ciência atual? Você vê outras formas de contribuir para a conservação e pesquisa ambiental? Compartilhe seus pensamentos!




