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Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times
Por muitos anos, o “Projeto 981” foi mantido nas sombras, conhecido apenas por elite em Pequim e por alguns investigadores ocidentais que estudavam os aspectos obscuros da medicina chinesa. Agora, seu nome ecoa cada vez mais nas conversas sobre saúde e longevidade, especialmente entre os altos escalões do Partido Comunista Chinês (PCC).
O Projeto 981 e Suas Implicações
Este projeto secreto, que abrange uma rede de médicos renomados, é visto como o caminho para a longevidade. Ele se insere em uma longa tradição de práticas de saúde que atendem às necessidades da elite política do país e agora se tornou um tema de debate após comentários feitos em uma reunião entre líderes nacionais.
Recentemente, Xi Jinping, presidente da China, em uma conversa informal com Vladimir Putin, mencionou como a medicina poderia permitir que as pessoas vivessem até 150 anos, gerando preocupação e curiosidade. Essa conversa levou a questionamentos sobre as práticas médicas que sustentam tais promessas de longevidade, trazendo à tona o Projeto 981.
Combatendo a Morte: Os Frutos do Projeto
Durante um desfile militar em setembro, Xi expressou que, enquanto antes poucos chegavam a 70 anos, atualmente essa idade é apenas o começo da vida. Ao longo da conversa, Putin aludiu aos transplantes de órgãos como um caminho para alcançar essa juventude eterna que eles vislumbram.
Em um comercial de 2019, promovendo as práticas do Hospital 301 em Pequim, o mantra de “longo tempo de vida” se tornou uma chamada de vendas. Os anúncios descreviam o projeto como um esforço para “combater a morte”, combinando conhecimentos da medicina tradicional chinesa com tecnologias ocidentais.
Órgãos Sob Demanda
A pergunta crucial que o Projeto 981 aborda é: como eles pretendem realizar isso? Desde 2005, o projeto tem buscado soluções médicas que podem incluir transplantes, terapias com células-tronco e medicamentos inovadores. Contudo, em um país com um histórico problemático em relação à extração de órgãos, essa menção acende alarmes éticos.
O projeto, que nasceu sob a responsabilidade das autoridades de saúde militar, é um “programa piloto”. Ele prescreve cuidados médicos rigorosos, oferecendo exames especializados e um mapeamento dos melhores recursos disponíveis. Contudo, o que está em jogo é mais do que apenas medicina; é a ética por trás de práticas que podem envolver a extração forçada de órgãos.
A Sombria História da Extração de Órgãos
As preocupações com a extração forçada de órgãos começaram a ser levantadas em 2006, logo após o surgimento do Projeto 981. Denunciantes revelaram práticas perturbadoras, com testemunhos sobre a remoção de órgãos de praticantes de Falun Gong detidos. Um tribunal independente no Reino Unido confirmou essa prática em todo o país, evidenciando a opressão deliberada sobre esse grupo.
O Falun Gong, uma prática espiritual que atraiu milhões, tornou-se alvo de perseguição desde 1999. O que era uma busca pela saúde se transformou em uma questão de vida e morte, já que muitos de seus praticantes eram forçados a se tornarem “doadores” em um comércio ilegal de órgãos.
Histórias e Testemunhos
Um ex-funcionário do setor de saúde, Bai Shuzhong, revelou como a extração de órgãos estava arraigada nas ordens do governo. Essa prática não só continua, mas é reforçada por um sistema que prioriza a vida da elite em relação à dos cidadãos comuns. Entre os líderes que passaram por operações delicadas estão figuras reconhecidas da política chinesa, como o ex-ministro das Finanças, Jin Renqing, que teve sucesso em sua recuperação interna.
O Papel do Hospital 301
O Hospital 301, o maior hospital militar da China, tem estado sob os holofotes por seu envolvimento com o Projeto 981. Embora detalhes sobre sua operação sejam escassos, o que se sabe é que ele é um ponto de referência para as elites e um centro de práticas questionáveis.
Com um alcance que se expande por centenas de hospitais parceiros, o Projeto 981 aproveita sua vasta rede para garantir que os desejos da elite sejam atendidos em tempo hábil. O hospital tornou-se sinônimo de tratamento privado que não é acessível ao público em geral, reforçando desigualdades profundas na prestação de cuidados à saúde.
A Busca pela Longevidade
A busca por uma vida longa e saudável não é nova. Desde os tempos antigos, as elites têm procurado métodos para prolongar a vida, e, assim como no passado, essa busca é marcada por desigualdade. O ditado de que “proteger a liderança é uma prioridade nacional” ressoa em toda a estrutura de saúde chinesa. Essa mentalidade leva a um sistema onde uma minoria privilegiada tem acesso a recursos médicos que estão além do alcance da população em geral.
Relatos mostram que, apesar das promessas de ciência e medicina, essa busca incessante pela longevidade é carregada de riscos e imoralidades. Enquanto líderes do PCC subvertem a vida humana em seu caminho para a eternidade, a pergunta permanece: até onde eles estão dispostos a ir para garantir sua sobrevivência?
Segredos e Opacidade
O lançamento do Projeto 981 foi fortalecido pela construção de uma rede que valoriza segredo e discrição. Embora proclamem oferecer cuidados médicos avançados, o silêncio sobre os processos e práticas que realmente ocorrem torna a realidade cada vez mais obscura. Censura e silenciamento têm sido mecanismos para manter essa opacidade.
Denunciantes e especialistas continuam a lançar luz sobre essas práticas, expondo o que muitos tentam esconder. O medo da morte impulsiona esses indivíduos a buscar soluções extremas, demonstrando uma mentalidade quase utilitarista sobre a vida humana.
Enquanto as autoridades tentam calar vozes que questionam as práticas de transplante e a extração forçada de órgãos, a pressão por transparência e accountability se torna mais urgente. A vida humana não deve ser tratada como um bem a ser comercializado ou um recurso descartável.
A busca incessante por longevidade e saúde é uma realidade fascinante, mas ao mesmo tempo perturbadora, que levanta questões éticas cruciais. E você, o que pensa sobre os limites que se deve ultrapassar para garantir a saúde e a longevidade?
Este artigo foi elaborado em colaboração com Luo Ya, Jan Jekielek e Xu Xiuhui.
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