O Risco Humano nas Empresas Brasileiras: Um Desafio em Tempos de Avanço Tecnológico
O Cenário Atual da Cibersegurança
O mundo da tecnologia avança a passos largos, mas o que continua sendo um grande desafio para as empresas brasileiras é o fator humano. À medida que nos aproximamos do final de 2025, ataques cibernéticos continuam a surgir, muitas vezes devido a falhas simples que impactam resultados, previsibilidade e o valor de mercado. Para investidores, esses riscos transcendem o aspecto técnico; eles são indiscutivelmente financeiros.
Um relatório da TLD revela que o custo médio de uma violação de dados no Brasil atingiu alarmantes R$ 7,19 milhões. Esse montante pode comprometer margens de lucro, caixa e a implementação de estratégias. Globalmente, o prejuízo médio chega a impressionantes US$ 4,44 milhões, evidenciando que esses ataques estão atingindo empresas de todos os portes e setores.
A Falta de Governança em Inteligência Artificial
Outro dado preocupante é que 63% das empresas afetadas pelas violações não têm políticas consolidadas de governança em Inteligência Artificial (IA). Isso aumenta as chances de erros operacionais em tecnologias que deveriam, teoricamente, reduzir os riscos. Para investidores, isso implica a presença de empresas mais vulneráveis a interrupções, multas e incidentes que podem gerar impactos significativos.
Rafael Dantas, Head de Cibersegurança da TLD, destaca que as falhas humanas não são mais um problema secundário. Ele afirma: “A tecnologia pode ter evoluído, mas o ponto de falha mais explorado ainda é o comportamento das pessoas. Ignorar treinamento, governança e orientação contínua só aumenta o risco de que um erro cotidiano se torne um incidente custoso.”
Como Pequenos Erros Podem Geração Grandes Problemas
Neste contexto, é importante entender que as vulnerabilidades mais exploradas estão relacionadas a:
- Permissões incorretas na nuvem
- Identidades mal definidas
- Uso de senhas padrão
- Chaves expostas
Essas falhas, muitas vezes associadas ao comportamento humano, tornam as empresas alvos mais fáceis para ataques cibernéticos. Para piorar, houve um aumento impressionante de 500% na circulação de credenciais corporativas roubadas, um reflexo dos hábitos inseguros adotados por muitos colaboradores.
Mesmo com ataques cada vez mais sofisticados, o início de muitos incidentes é frequentemente simples. Um clique em um link suspeito, um procedimento ignorado ou uma credencial exposta são frequentemente o que desencadeia crises operacionais. Dantas complementa: “Grande parte dos incidentes ainda se origina do básico. Segurança não está apenas nas ferramentas, mas no comportamento, na cultura e na repetição diária.”
A Conexão com Investidores e o Impacto nos Negócios
Para investidores, a mensagem é clara: empresas com baixa maturidade em segurança podem enfrentar maiores chances de paralisações inesperadas, custos imprevistos e danos à imagem. Esses fatores pressionam o valuation, aumentam a volatilidade e afetam os retornos a longo prazo.
Investir em educação contínua, revisões de permissões e uma governança estruturada pode reduzir drasticamente o risco de ataques cibernéticos. Esses esforços não só fortalecem as equipes, como também diminuem vulnerabilidades e agilizam as respostas a incidentes.
Isso se traduz em empresas mais resilientes e com menor probabilidade de perdas inesperadas. Logo, o investimento em segurança não é apenas uma questão de conformidade regulatória ou proteção de dados; é, acima de tudo, um investimento em continuidade e, consequentemente, em valor para os acionistas.
O Porquê de Investir em Segurança Cibernética
Diante de um cenário de ameaças em crescimento e ataques cibernéticos cada vez mais comuns, a pergunta se torna clara: Por que investir em segurança é tão crucial?
Proteção de Ativos: Empresas que adotam práticas proativas reduzem a probabilidade de sofrer violações de dados que podem comprometer suas informações críticas.
Estabilidade Financeira: Reduzir os riscos associados a ataques permite que as empresas mantenham suas operações mais estáveis e eficientes.
Imagem Corporativa: Empresas com uma forte postura de segurança geram maior confiança entre clientes e investidores, aumentando sua competitividade no mercado.
Conformidade Regulatória: Garantir que a empresa esteja em conformidade com as normas de segurança cibernética evita multas pesadas e repercussões negativas.
Cultura de Segurança: Investir em segurança cibernética significa promover uma cultura organizacional que valoriza a proteção de dados e a conscientização dos colaboradores.
Por fim, a reflexão que fica é: como sua empresa está se preparando para enfrentar os desafios da cibersegurança? As ações tomadas hoje podem ser a diferença entre garantir a continuidade dos negócios ou enfrentar crises que podem ser devastadoras.
Vamos Conversar!
Se você é um investidor ou um profissional da área, que tal compartilhar suas experiências e insights sobre cibersegurança? Vamos fomentar essa discussão e encontrar maneiras de, juntos, construirmos um ambiente empresarial mais seguro e resiliente. O futuro da segurança cibernética depende de nossa disposição de aprender e melhorar continuamente.
Invista em segurança, e você não só protege sua empresa, mas também assegura um futuro mais promissor para todos.
